Capítulo 30

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-Acorde, jovem leitora! –Aliça puxou o travesseiro de meu rosto.

-Já é amanhã? –Perguntei sonolenta.

-Sim! Já é hoje, se é isso que quer saber. –Ela disse. Olhei para o teto e pareci estar de cabeça para baixo. Uma sensação estranha que sinto quando durmo em lugares diferentes. Acordo sem saber onde estou.

-Vá banhar e venha tomar café comigo e mamãe. E rápido, tenho apenas  dez minutos antes da hora de ir para Universidade. -Com pressa para não atrasar Aliça, apenas escovei os dentes e fui de camisola para a mesa.

-Bom dia, Lidsai!

-Bom dia menininha!

-Como está a leitura? –Perguntou Aliça enquanto passava manteiga em meu pão francês.

-Estou tão empolgada e apaixonada em ler isso. Parece um filme passando e passando.

-Bingo! -Aliça sorriu. -Um novo mundo em cada livro diferente. As paixões mais produtivas. -Brincou.

-Ah! É verdade. –Sorri ao lembrar. –Onde está Josh? –Perguntei

-Já foi para a loja. E eu estou indo. –Aliça levantou da cadeira. Beijou-me o rosto, ajeitou minha franja e saiu.

-Você acha que Mitchel virá, mesmo? –Perguntei à Lidsai.

-Claro San! –Disse ela tomando um pouco do café. Terminei de tomar meu leite e voltei ao quarto para banhar. Quando terminei, peguei o livro e fui para sala.

-Se precisar, me chame, Sandy! –Gritou ela da cozinha.

-Okay! –Exclamei. –Sentei no sofá e abri o livro na mesma pagina, que ainda não tinha concluído.

"A impressão de Estácio foi muito outra. Ele percebera a má vontade com que a tia recebera a notícia do reconhecimento de Helena, e não podia negar a si mesmo que semelhante fato criava para a família uma nova situação. Contudo, qualquer que ela fosse, uma vez que seu pai assim o ordenava, levado por sentimentos de equidade ou impulsos da natureza, ele a aceitava tal qual, sem pesar nem reserva.  A questão pecuniária pesou menos que tudo no espírito do moço; não pesou nada.  A ocasião era dolorosa demais para dar entrada a considerações de ordem inferior, e a elevação dos sentimentos de Estácio não lhe permitia inspirar-se delas. Quanto à camada social a que pertencia a mãe de Helena, não se preocupou muito com isso, certo de que eles saberiam levantar a filha até à classe a que ela ia subir."

-Lidsai? –Gritei.

-Oi San!  -Ela apareceu atrás do sofá.

-você sabe como é a Helena? –Perguntei sacudindo o livro.

-San? Uma das maneiras de descobrir é lendo. O autor sempre conta como é cada personagem, de uma maneira toda cheia de detalhes. Leia e logo você encontrara as respostas para tudo.

-Tudo bem! –Aceitei e continuei. Estácio deve ser mesmo um boy como diz Aliça, cheio de magia. –Eu ri.

-O que disse, San? –Lidsai perguntou da cozinha.

-Que o livro é cheio de magia, Lidsai! –Respondi. Um silêncio reinou. Ouvi um barulho de carro. Corri para a porta.

-Mitchel! –Falei saudosa.

-Sandy! –Ele gritou brincando. –Tirou algumas sacolas do carro e trouxe para dentro. Sentamos todos na sala enquanto o motorista de Mitchel esperava lá fora.

-Entre, Mitchel! –Disse Lidsai.

-Aqui estão as roupas simples, senhorita. -Ele me entregou as sacolas. Deveria ter uns 20 pares em tons coloridos e claros.

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