Capítulo 28

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San acordou cedo, escovamos os dentes e banhamos. Fomos para sala, onde meus pais já estavam. Meu pai tentava entender o que  Arthur poderia  ter ido fazer, mas nem eu mesma sabia, mamãe participava juntamente da conversa e San escrevia sentada no chão, encostada no sofá.

    DOURADO

02/08/1960

  Oi pai!

Não sou mais uma princesa, ao menos por um mês não, Arthur foi atrás de provas que o permitam casar-se com Aliça... Ops! Você não sabia de tudo isso, certo? Não brigue, ele está assumindo tantas responsabilidades, e não vejo ninguém melhor que Aliça Hamkins para acompanhá-lo. Vou ficar sob os olhares da família Hamkins por um tempo, aqui sou tão feliz, na verdade como nunca fui, agora entendo o porquê que ser plebeu é tão mais fácil, como você dizia,  porque a felicidade é instantânea. Preciso usar roupas simples e confortáveis, você adoraria me ver assim. Ganhei um balanço no jardim, foi o melhor presente depois da casa de boneca que ganhei de Arthur.

Sinto saudades!

Beijos de sua filha San.

"Família real"

-Venha San! Vamos tomar café.

-Acho que Mitchel vem aqui hoje. –San disse,

-Seu irmão me deixou à par de tudo. Ele é responsável por tudo dentro de sua casa. Vem ver se precisa de algo.

-Isso! Será bom vê-lo.

-Que bom, amor!

Terminamos o café, fui lavar louça enquanto mamãe já preparava o almoço, San e papai foram para o quintal.

-Você terá que se casar com Arthur, mesmo? Tão rápido assim?

-Sim mãe! Ou outra terá que fazer isso. O que ele não pode é abrir mão do que é dele, e do que o pai dele queria.

-E se você se arrepender, querida? Você mal o conhece. E mesmo sendo príncipe, deve ter defeitos.

-E eu mãe? Não tenho defeitos?

-É claro, mas você sabe quais são, você se conhece.

-Desculpe-me! Sem querer ouvi o que vocês diziam, não foi minha intenção. –San disse entrando na cozinha e nos pegando de surpresa. -Me perdoe senhora Lidsai! De forma alguma quero lhe contrariar, mas conheço meu irmão, e creio que não devemos julgar mal quem não conhecemos. Você pode me perguntar o que quiser sobre  Arthur, lhe responderei com verdade e sinceridade.

-Não precisa Sandy! E me perdoe também por falar de seu irmão.

-Não mamãe! Agora pergunte. Tire suas dúvidas.

-Já falei que sou sincera. Vou lhe responder a verdade. –San insistiu.

-Quantas garotas da província ou de fora do país, seu irmão namorou sem que a mídia soubesse?

-A verdade? –Comecei a duvidar que Arthur assim como eu não tivesse namorado ninguém.

-Em cada festa que dávamos, em cada viagem, e onde quer que nossa família ande, há garotas, na verdade muitas garotas que desejam ter algo com meu irmão. Eu não acredito que seja pelo título, porque geralmente algumas dessas meninas também são de famílias poderosas. Arthur sempre trata todas de forma educada, porém, nunca namorou, nem conheceu tão bem nenhuma delas. Meu pai foi um belo exemplo para meu irmão. A vida de meus pais desde o começo foi incrível.

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