-Onde está Mit? -Perguntei para Mariah. Ainda estava cedo, entre sete e sete e meia.
-Acabou de sair, se correr, ainda pega ele no jardim.
-Mit? Chamei da porta principal.
-Sim? -Ele já havia entrado no carro.
-Recebemos algum objeto pessoal de Aliça? Documentos ou a pulseira de noivado?
-Não, eu me lembraria.
-Quero que vejo isso até amanhã.
-Sim. Irei atrás.
-Estarei esperando. -Ele consentiu e eu voltei para a sala.
Natasha estava prestes a chegar. Não preparei uma recepção de boas vindas. Eu estava mais cumprindo meus deveres do que tentando parecer cordial.
De qualquer forma, eu iria esforçar-me para conhecer ela em duas semanas e para isso precisaríamos de algum tempo juntos.
Subi para olhar se o quarto que ela ficaria hospedada já estava com outra decoração. Para minha surpresa estava feminino de mais, meus funcionários devem ter a mesma impressão que eu tinha de Natasha; uma mulher fútil.
Aliça com toda certeza iria gostar mais do quarto antes da decoração. Isso tiro pelo dela. Da janela vi quando os guardas bateram continência e o carro preto fosco entrou, minha futura mulher.
Quando desci às escadas, os funcionários já estavam todos na sala, agrupados para serem apresentados à nova hospede, Nick desceu atrás, Natasha e seu pai prontamente a encararam. Provavelmente eles não esperavam que a moça usando roupas modernas, fosse da realeza.
-Essa é a princesa de Loisve, filha de Erner Harris. -Apresentei. -Natasha Harris. -Todos seguiram reverência. Nicole estava ao meu lado. -E essa é minha prima Nicole Scaëfer. -Apresentei para o susto de pai e filha.
Conversei com Erner, pedi para que levassem as malas de Natasha e da Ama para seu quarto.
-Arthur? -Nich sussurrou.
-O que é? -Questionei. As hospedes já haviam subido e os funcionários já haviam voltado ao trabalho.
-Ainda vou dormir com você! -Ela sorriu irônica. Não seria de bom tom, Natasha certamente acharia errado.
-Veremos.
-Senhor?
-Sim. Falei para o agente Lians na porta.
-Aqui está. -Ele entregou-me a caixinha. O aparelho novo de Nicole.
-Nick? -Chamei-a de volta. -Agradeça a Lians! -Sorri.
-Oh my god! -Ela arrancou o celular da caixa. -Olha essa belezinha!
-Obrigado, Lians! -Disse ao mesmo tempo que sorriamos de Nicole.
-Até mais senhor! -Ele saiu. Nicole nem agradeceu, subiu com o aparelho tão feliz que nem olhava para a escada. Vi Ama sair para se instalar em seu quarto, fui até a porta de Natasha e bati.
-Entre!
-Natasha! -Entrei deixando a porta entre aberta.
-Enfim aqui! -Ela sorriu.
-Ama não ficará aqui com você?
-Não! Ela é mais confiável a mim do que a meu pai.
-Sinta-se em casa! -sorri. Ela usava um vestido azul, que realçavam seus olhos.
-Já estou! -Ela sorriu. -Acredite!
-Então é isso. Essa semana quero que ambos se esforcemos para se conhecermos.
-Sim! É pouco tempo, porém basta.
-Concordo. -Ela sentou na cama e pôs as mãos no vestido.
-Gostou da decoração?
-Sim! Está bem parecido com meu quarto. -Ela entregou.
-Que bom.
-Fico feliz em cogitar a ideia de casar-me com você. Está cada vez mais aceitável.
-Digo o mesmo. -Tentei ser gentil.
--Como você se sente?
-Bem! -Rebati na defensiva.
-Que bom. -Ela acreditou. Natasha parecia ser o tipo de mulher que não pega emoções no ar, e sim palavras, apenas.
Fomos avisados do almoço, desci com ela com a roupá que estava, Nick ainda estava feliz com o aparelho. Passei o resto da trade no gabinete estudando os planos de meta que o tenente enviou sobre os novos recrutamentos. Depois do jantar, aviseo Nicole que não poderíamos dormir juntos. Ela não se importou.
Fui para meu quarto e depois de um longo banho olhei a avenida pelo vidro. Por volta das 22h ouvi batidas na porta, eu ainda olhava a rua.
-Entre Nick!
-Natasha. -Ela corrigiu trancando a porta atrás dela. Eu já usava roupas de dormir, o que não fora tão agradável ao ver a princesa de Loisve.
-Natasha? -Levantei. -O que faz aqui à essa hora?
-Queria conversar.
-Seu pai não iria gostar.
-Ele não irá saber. E só quero conversar, não estou sentindo-me muito bem.
-O que há?
-Apenas preocupações. Nada de relevante. -Ela veio até o vidro e olhou a rua.
-Gosta? -A olhei.
-Muito bonito! -Ela respondeu. Mas não pareceu se importar. Reparei no vestido básico que ela usava.
-Venha até aqui! -Ela puxou em minha mão e sentou-se na cama. Sentei ao lado.
-Diga.
-Como é ter que se casar sem um pingo de desejo e muito amor encubado por outra pessoa?
-Ruim! -Entreguei. -Eu amo Aliça. E isso não é segredo.
-Arthur? -Ela pegou em minhas mãos e pôs em cima de suas pernas. -Estou aqui para ajudar, no que for preciso.
-Sim. Eu sei.
-Olhe para mim. -Virei de frente para ela ainda sentado na cama. -Confie! Como amiga. -Ela beijou meu rosto, eu sei que não foi impressão de câmera lenta, ela realmente estava demorando. O perfume era bom. -Você precisa saber que pode confiar em mim! -Disse em meu ouvido. Fiquei imóvel, ela chegou mais perto e pegou meu rosto entre suas mãos, beijou minhas bochechas e em seguida meu pescoço.
-Natasha! Pare!
-Arthur? -Ela ficou de pé. Acreditei que ela havia desistido, mas em um surto de tempo, ela tirou as alças do vestido que escorregou de seu corpo até o chão.
Não evitei, não havia nada, absolutamente nada por baixo do tecido que caíra segundos antes. Continuei imóvel, acompanhei o caminhar dela até a minha frente. Seus seios ficavam na altura de meu rosto. Vi quando recuou e depois veio para cima de mim, seus lábios tocaram os meus e seu corpo fazia pressão. Os cabelos de Natasha escorregavam das costas para meu rosto e então ela tirou minha blusa, não contestei, ela tirou o resto de minhas roupas e em segundos, nossos corpos estavam nús em fricção. Eu precisava daquilo, precisava sentir alguém, e isso não tinha nada haver com amor.
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Império
RandomPara provar que sua classe social não conta o que o futuro lhe reserva. Em um século XX onde o mundo é dividido em quatro. O livro começa com a morte do rei, deixando o país e todo povo em estado de choque, mas nada comparado com o estado de Arthur...