Capítulo 32

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-Mamãe ficará com você está manhã. Não vou ficar para o café.

-Por que?

-Irei mais cedo para falar com Karolyne.

-Sim! Yan precisa vir agora mesmo.

-Ele virá. –Ela sorriu, pegou a bolsa  e saiu. A bolsa parecia ser herança de alguma tataravó. Realmente estava bem gasta.

Banhei e escovei os dentes, tomei café e voltei a ler Helena.

"Helena estava a concluir os estudos; semanas depois determinou a família que ela  viesse para a casa. D. Úrsula recusou a princípio ir buscá-la; convenceu-a disso o sobrinho, e a boa senhora aceitou a incumbência depois de alguma hesitação."

Parei de ler quando Lidsai veio chamar-me para falar com Yan. Já era quase hora do almoço. Aliça fez um ótimo trabalho falando com Karolyne.

-Bom dia Yan! –Saudei quando cheguei à sala.

-Princesa. Aliça disse que queria falar comigo. Há algum problema?

-Não! Não é isso.

-Do que se trata?

-Como você deve saber amanha faço dez anos.

-Sim! Eu sei. Arthur nos informou antes de viajar.

-Vamos dar uma festa aqui na casa de Aliça. E queria que vocês se programassem para vir, o máximo de vocês. Traga Karolyne também.

-Arthur ficará feliz em saber que você dará uma festa. E se todos nos estaremos aqui, não vejo perigo.

-Obrigada, Yan!

-Agora preciso ir! –Disse ele. –Temos que escalar algumas pessoas e liberar outras, então pode demorar algumas horas.

-Eu sei! Qualquer coisa, venha avisar. Até amanhã às 20h? –Perguntei.

-Até! –Ele usava terno e gravata em tom escuro, o cabelo era extremamente bem organizado e o porte físico o deixava ainda mais bonito. O deixei na porta e vi o carro sair. Yan é um bom rapaz, honesto e calmo. Ele será um bom marido para a noiva.

-Entre San! –Disse Lid.

-Você encontrou os colares havaianos e as flores para decoração?

-Sim! Estão juntos com tudo que vocês compraram na loja de artigos. Se quiser, pode ir olhar.

-Quando vamos planejar o buffer e entradas ?

-Amanhã cedo. A decoração podemos começar agora à tarde quando todos estiverem em casa.

-Mitchel virá ajudar. -Avisou Yan.

-Que bom! –Precisamos de homens aqui. E uma ajuda é sempre bem vinda.

-Mitchel não tem família?

-Sabe que nunca perguntei. Vejo-o desde que nasci, me acostumei com a ideia que somos sua família, mas ele tem férias. Deve passá-las na casa de familiares, com certeza.

-Entendo!

-Lembre-me de pedir que ele traga a mesa com aparelhos de músicas.

-Lembrarei.

-Podemos fazer um bolo? -Amo bolos.

-Claro, San! Eu já havia pensado nisso. Vou encomendar na doceira que fez o de Aliça.

-Ela não nos convidou. –Aleguei.

-Faz três anos ou mais. Foi em uma pequena comemoração.

-Havia muita gente? –Perguntei

-Apenas nós.

-E vocês não chamaram ninguém familiar?

-Não! –Ela respondeu.

-Estranho. –Pensei.

Ainda não tinha parado para analisar, como eles eram isolados. A única pessoa próxima é Jhon. E isso é realmente estranho.

-Vocês já moraram em outra cidade, Lidsai? –Perguntei

-Não! Desde que Aliça nasceu, moramos aqui. Outro dia conversamos sobre isso. Está bem?

-Como quiser! –Sorri gentilmente.

Enquanto preparávamos o almoço, Aliça chegou acompanhada do pai. Eles sorriam de algo que havia acontecido na loja mais cedo

-Você pode ir até o centro comprar algumas luzes, Joseph? –Perguntei.

-Claro, princesa!

-Espere um minuto! –Eu disse. –Fui até o quarto de Aliça e peguei uma parte do dinheiro. Arthur havia deixado mais do que precisaríamos.  Muito mais.

-Aqui está o dinheiro! –Disse quando voltei.

-Não precisa mocinha! Compro com o que tenho na carteira.

-Arthur deixou para festa, Josh! Então deve ser gastado na festa. –Eu disse rindo e em seguido coloquei o dinheiro na mão dele, que pegou a chave do carro e saiu.

-Podemos fazer os brigadeiros e beijinhos agora? –Perguntei.

-O que você acha  mãe? –Disse Aliça.

-É uma ótima ideia. Amanhã talvez não nos reste tempo para esses detalhes.

-Eu posso ajudar, Aliça!

-Mãe?  Você pode nos dar licença do fogão? –Aliça pediu atrás de Lidsai.

-Se vão fazer bagunça em minha cozinha é melhor almoçarmos logo. Espere seu pai chegar.

-Certo! –Disse Aliça.

-Você pode ir abrindo as formas e pondo na outra mesa, San!  –Comecei  fazer o que ela  indicou e em meia hora,  Josh voltou com luzes, cabos e fios.

-Vocês acham que esqueci alguma coisa? –Levantou os fios enrolados e sacolas plásticas.

-Claro que não, meu pai. Provavelmente eu me esqueceria da metade do que o senhor trouxe. –Rimos e Lidsai pôs a refeição na mesa.

-Você não frequenta nenhuma escola, não é, San?

-Não! Tenho aulas com quatro professores da WU.

-Qual foi a última aula?

-Três semanas atrás. Mas quando Arthur voltar, também voltarei à rotina.

-Estuda línguas, San? –Perguntoi Josh.

-Oui, monsieur! –Eu disse e todos riram.

-Vous parlez bien en français! –Aliça disse me surpreendendo.

-Você fala em Francês? –Questionei desacreditando.

-Oui princesse! –Ela disse.

-Moi aussi! –Disse Josh.

-Todos vocês falam? –Interroguei incrédula. Talvez um dos piores defeitos de alguém da realeza é a desconfiança. A família de Aliça não me parecia  mal, mas esconde algo, isso eu tenho certeza.

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"Nota da autora: O que será que a família Hamkins esconde? Mais dois capítulos à frente e o livro terá uma reviravolta de louco."

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