-Mamãe ficará com você está manhã. Não vou ficar para o café.
-Por que?
-Irei mais cedo para falar com Karolyne.
-Sim! Yan precisa vir agora mesmo.
-Ele virá. –Ela sorriu, pegou a bolsa e saiu. A bolsa parecia ser herança de alguma tataravó. Realmente estava bem gasta.
Banhei e escovei os dentes, tomei café e voltei a ler Helena.
"Helena estava a concluir os estudos; semanas depois determinou a família que ela viesse para a casa. D. Úrsula recusou a princípio ir buscá-la; convenceu-a disso o sobrinho, e a boa senhora aceitou a incumbência depois de alguma hesitação."
Parei de ler quando Lidsai veio chamar-me para falar com Yan. Já era quase hora do almoço. Aliça fez um ótimo trabalho falando com Karolyne.
-Bom dia Yan! –Saudei quando cheguei à sala.
-Princesa. Aliça disse que queria falar comigo. Há algum problema?
-Não! Não é isso.
-Do que se trata?
-Como você deve saber amanha faço dez anos.
-Sim! Eu sei. Arthur nos informou antes de viajar.
-Vamos dar uma festa aqui na casa de Aliça. E queria que vocês se programassem para vir, o máximo de vocês. Traga Karolyne também.
-Arthur ficará feliz em saber que você dará uma festa. E se todos nos estaremos aqui, não vejo perigo.
-Obrigada, Yan!
-Agora preciso ir! –Disse ele. –Temos que escalar algumas pessoas e liberar outras, então pode demorar algumas horas.
-Eu sei! Qualquer coisa, venha avisar. Até amanhã às 20h? –Perguntei.
-Até! –Ele usava terno e gravata em tom escuro, o cabelo era extremamente bem organizado e o porte físico o deixava ainda mais bonito. O deixei na porta e vi o carro sair. Yan é um bom rapaz, honesto e calmo. Ele será um bom marido para a noiva.
-Entre San! –Disse Lid.
-Você encontrou os colares havaianos e as flores para decoração?
-Sim! Estão juntos com tudo que vocês compraram na loja de artigos. Se quiser, pode ir olhar.
-Quando vamos planejar o buffer e entradas ?
-Amanhã cedo. A decoração podemos começar agora à tarde quando todos estiverem em casa.
-Mitchel virá ajudar. -Avisou Yan.
-Que bom! –Precisamos de homens aqui. E uma ajuda é sempre bem vinda.
-Mitchel não tem família?
-Sabe que nunca perguntei. Vejo-o desde que nasci, me acostumei com a ideia que somos sua família, mas ele tem férias. Deve passá-las na casa de familiares, com certeza.
-Entendo!
-Lembre-me de pedir que ele traga a mesa com aparelhos de músicas.
-Lembrarei.
-Podemos fazer um bolo? -Amo bolos.
-Claro, San! Eu já havia pensado nisso. Vou encomendar na doceira que fez o de Aliça.
-Ela não nos convidou. –Aleguei.
-Faz três anos ou mais. Foi em uma pequena comemoração.
-Havia muita gente? –Perguntei
-Apenas nós.
-E vocês não chamaram ninguém familiar?
-Não! –Ela respondeu.
-Estranho. –Pensei.
Ainda não tinha parado para analisar, como eles eram isolados. A única pessoa próxima é Jhon. E isso é realmente estranho.
-Vocês já moraram em outra cidade, Lidsai? –Perguntei
-Não! Desde que Aliça nasceu, moramos aqui. Outro dia conversamos sobre isso. Está bem?
-Como quiser! –Sorri gentilmente.
Enquanto preparávamos o almoço, Aliça chegou acompanhada do pai. Eles sorriam de algo que havia acontecido na loja mais cedo
-Você pode ir até o centro comprar algumas luzes, Joseph? –Perguntei.
-Claro, princesa!
-Espere um minuto! –Eu disse. –Fui até o quarto de Aliça e peguei uma parte do dinheiro. Arthur havia deixado mais do que precisaríamos. Muito mais.
-Aqui está o dinheiro! –Disse quando voltei.
-Não precisa mocinha! Compro com o que tenho na carteira.
-Arthur deixou para festa, Josh! Então deve ser gastado na festa. –Eu disse rindo e em seguido coloquei o dinheiro na mão dele, que pegou a chave do carro e saiu.
-Podemos fazer os brigadeiros e beijinhos agora? –Perguntei.
-O que você acha mãe? –Disse Aliça.
-É uma ótima ideia. Amanhã talvez não nos reste tempo para esses detalhes.
-Eu posso ajudar, Aliça!
-Mãe? Você pode nos dar licença do fogão? –Aliça pediu atrás de Lidsai.
-Se vão fazer bagunça em minha cozinha é melhor almoçarmos logo. Espere seu pai chegar.
-Certo! –Disse Aliça.
-Você pode ir abrindo as formas e pondo na outra mesa, San! –Comecei fazer o que ela indicou e em meia hora, Josh voltou com luzes, cabos e fios.
-Vocês acham que esqueci alguma coisa? –Levantou os fios enrolados e sacolas plásticas.
-Claro que não, meu pai. Provavelmente eu me esqueceria da metade do que o senhor trouxe. –Rimos e Lidsai pôs a refeição na mesa.
-Você não frequenta nenhuma escola, não é, San?
-Não! Tenho aulas com quatro professores da WU.
-Qual foi a última aula?
-Três semanas atrás. Mas quando Arthur voltar, também voltarei à rotina.
-Estuda línguas, San? –Perguntoi Josh.
-Oui, monsieur! –Eu disse e todos riram.
-Vous parlez bien en français! –Aliça disse me surpreendendo.
-Você fala em Francês? –Questionei desacreditando.
-Oui princesse! –Ela disse.
-Moi aussi! –Disse Josh.
-Todos vocês falam? –Interroguei incrédula. Talvez um dos piores defeitos de alguém da realeza é a desconfiança. A família de Aliça não me parecia mal, mas esconde algo, isso eu tenho certeza.
∞∞∞∞∞∞
"Nota da autora: O que será que a família Hamkins esconde? Mais dois capítulos à frente e o livro terá uma reviravolta de louco."
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Império
RandomPara provar que sua classe social não conta o que o futuro lhe reserva. Em um século XX onde o mundo é dividido em quatro. O livro começa com a morte do rei, deixando o país e todo povo em estado de choque, mas nada comparado com o estado de Arthur...