Capítulo 38

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Chegamos ao palácio em menos de meia hora, o que foi muito, já que as ruas estavam lotadas. Desci em silêncio e caminhei em direção a porta principal, subi os cinco degraus para porta e olhou para trás, o jardim onde San se entupia de sujeira. Parece injusto.

-Senhor!

-Diga Mitchel!

-Sinto muito em falar disso tão cedo, mas essa é sua vida.

-O que tem para dizer-me, Mitchel?

-Depois do ataque sofrido pela província, precisamos marcar uma reunião com o concelho continental, precisamos agir. Desde a morte de seu pai, nada foi resolvido, nada foi feito.

-Mitchel?

-Senhor? Perdoe-me a intromissão, mas se a província estado não é mais segura, se isso acontece debaixo dos olhos do dono de todo o continente... Como as pessoas confiarão suas vidas? -Entramos na sala. -De alguma forma, agir logo pode reduzir sua dor, por outro lado, se o senhor recuar, perderá além da família, o reino também.

-Você pode marcar o concelho para um dia à frente.

-Correto. Todos estarão no local marcado.

-W20?

-Sim. -Ele bateu em meu ombro e fui em direção à escada.

Talvez eu tenha abandonado a metade do mundo, tenha sido egoísta, mas na verdade, Aliça tinha mais importância para mim do que todo o continente.

Talvez eu eu tenha usado muito de talvez.

-Talvez não é uma certeza. -Falei em voz alta enquanto afrouxava a gravata.

A avenida real estava vazia, o tempo começava a se fechar, a parede de meu quarto que da para avenida, é totalmente de vidro, o que gera uma sensação de liberdade. 

Nunca prestará atenção em como o jardim, e o quadro palácio, avenida e céu, é perfeito.

Um trovão, e joguei-me na cama. Ser real é não ser real, é ser uma marionete.

A imagem da Aliça veio em minha mente: "Príncipes não podem ser felizes para sempre". Ela dizia.

-Eu amo os detalhes petulantes em sua expressão, eu amo cada detalhe de não submissão em você. -Eu deveria ter dito.

O tempo estava ficando noitesco, devido às nuvens carregadas.

-Toque toque!! -Alguém brincou na porta.

-Sim?

-Senhor? -Peide sorriu, ela trabalhava em minha casa há anos.

-Oi Peide! -Fiquei de pé.

-Tem duas surpresas esperando por você na sala principal.

-Peide? Não quero ver ninguém. Não agora. Você pode dizer que estou dormindo.

-Venha senhor! -Ela puxou em meu braço. Baguncei o cabelo e abotoei a blusa que já havia aberto.

Passamos pelo corredor. Um ponto de luz bloqueava minha visão da sala principal.

Minha prima Nicole.

-Céus! -A olhei. Não via ela há alguns longos anos.

-Primo! -Ela correu e abraçou-me. -Respondi ao abraço com a mesma intensidade. Os cabelos de Nicole eram castanhos claros, os olhos azuis, agora se não estou enganado, ela deve estar em seus vinte anos. Como sempre, não estava usando roupas reais, ela estuda direito fora da província.

-Senhor? -Peide chamou novamente.

-Sim!

-Também há essa caixa. O tenente deixou mais cedo, porém, com tudo que aconteceu mais cedo, não tive tempo de entregá-lo. -Peguei a caixa de suas mãos.

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