Acordamos com a voz de John chamando na mata, ela vinha com eco, ele nos achou e ajudou com os cavalos e com San, Arthur me pôs no animal e pareou com o dele, tinha o controle , já que minha perna ainda não tinha adquirido movimentos. Chegando à fazenda, John analisou a picada, disse que é um tipo especifico de aranha, não é mortal, porém paralisa o local picado por algumas horas.
Voltando a província, todos calados, Sandy me olhava uma vez ou outra e sorria, já Arthur parecia pensativo. Quando enfim chegamos, tivemos que explicar tudo a meu pai, ele não se preocupou muito, na verdade conhecia bem as terras da fazenda.
Arthur entrou no quarto junto a meu pai, San sentou de frente no banquinho do piano e passou os dedos nas, meus pais saíram e voltando, minha mãe chamou San alegando que ela precisava ver alguns brinquedos no fundo de nossa casa.
-Como você está? –Arthur falou enquanto sentava em minha cama.
-Estou bem! Como John afirmou, vai passar! –Dei um sorriso tentando ser convincente.
-Digo em relação a você, eu.
-Isso tudo é tão... Novo, foi rápido. Não encontraria alguém melhor que um príncipe, definitivamente não! –Disse piscando. –Podemos esquecer tudo que acontecera e tentar retomar as coisas por aqui.
-Que bom, Aliça, eu posso lhe afirmar que tudo isso é reciproco, deixarei você descansar. San precisa de descanso também, levo você para Universidade amanhã?
-Sim! Claro! –Abri um sorriso terno. –Um motorista real não é luxo de muitas pessoas. –Ele riu mais alto do que eu pensei que iria, deu-me um beijo nos cabelos e saiu. Eu precisava descansar.
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Como o caseiro disse, a dormência passou. Isso afirmava que eu deveria ir para Universidade. Fiz tudo como de costume, peguei a bolsa surrada e a chave do carro, quando abri a porta vi que não seria necessário. Joguei a chave sobre o sofá e entrei no carro de Arthur.
-Uma carona, senhorita? –Ele piscou.
-Claro! –Eu sorri.
-Como você está?
-Bem!
-Ao ponto de aguentar outra dessas noites?
-Não me subestime! –Eu sorri. –Pronta para qualquer aventura realeza!
Ele parou na frente da UW, os vidros escuros eram bons.
-Boas aulas!
-Obrigada! Se é que seja possível, vou ter. –Eu ri e abri a porta, ele puxou meu braço com firmeza e me beijou, meu pé escapuliu da porta e ele sorriu balançando a cabeça, o beijo não era como o primeiro, mas agora tendo certeza que eu queria tanto quanto ele.
-Muito bem príncipe! Hora de ir! –Ele sorriu e me esperou sair do estacionamento para arrancar.
No último horário sentei ao lado de Mary e botei os livros da matéria sobre a mesa.
-E ai? Quais as novidades? -Ela disse me cutucando.
-Nenhuma! – Eu sorri. –Está tudo normal como sempre.
-Que chato, Aliça! –Fez bico para mim. –Sua vida é tão monótona. Você não quer beijar um dos meninos? Pelo que escuto, o Noah te acha de uma beleza inigualável.
-An? –Disse não acreditando.
-Isso mesmo. –Disse ela. –Vou ver o que faço para empurrar isso. –Piscou.
-Mary... –Antes que eu terminasse de falar o sinal tocou e a garota sumiu entre os alunos. Peguei os livros e fui em direção ao estacionamento, logo vi o carro de Arthur ao lado de uma Ferrari vermelha, o meu carro era o único que custava menos de meio milhão, não sei qual o modelo, nunca nutri interesse em carros, são como futebol. Quando dei mais dois passos à frente alguém pulou em cima de mim.
-Hamkins! Eu nem tenho palavras para descrever o quanto fico feliz pelo seu convite, pego você às 19h. – Noah beijou-me o rosto segurando meus braços e saiu apressado. Céus! Essa Mary é mesmo pervertida. Lembrei que Arthur me esperava no carro e cortei os pensamentos em um segundo, caminhei, abri a porta e entrei.
-Desculpe a demora! –Ele continuou olhando fixo para o portão principal, sem me responder.
-Arthur? Há algo errado?
-Esse garoto gosta de você há quanto tempo? –Ele perguntou pressionando os lábios e batendo uma das mãos no volante. Eu o olhei e ele fixou os olhos em mim desta vez.
-Ele é só um...
-Há quanto tempo?
-Não sei se gosta. -Eu disse ficando irritada. - Só descobri hoje pela manhã, o que veio seguido desse encontro agora a pouco e um convite para sair às 19h. –O carro arrancou tão rápido que meu corpo grudou no banco, em questão de nove minutos estávamos na porta de minha casa.
-Obrigada! –Virei e abri a porta.
-Aliça hamkins! –Ele disse em voz de ordem, que pela primeira vez ouvi. Virei com um dos braços dele me puxando de volta para mais perto, isso era bom! Alias; era ótimo! O meu corpo não se defendeu. Perdi os sentidos e fiquei em movimentos automáticos, os que respondiam os dele.
-Pego você às 18h30. –Ele me soltou e ajeitou uma mecha bagunçada de meus cabelos, eu fiz que sim com a cabeça, tentando recuperar os sentidos e bati a porta.
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Império
RandomPara provar que sua classe social não conta o que o futuro lhe reserva. Em um século XX onde o mundo é dividido em quatro. O livro começa com a morte do rei, deixando o país e todo povo em estado de choque, mas nada comparado com o estado de Arthur...