Capítulo 61

2.9K 323 49
                                    

-Nicole... -Falei entre prantos. Eu já sabia o que havia acontecido. Eu acabará de perder meu chão.

-Setenta alunos da UW foram mortos. Não gaste suas lagrimas! Sei que não se importa com ninguém além de Arthur. -Nick abandonou a sacada, me deixando só com as enfermeiras e a auto piedade.

-O que você está fazendo? -Andei até ela.

-Arrumando as malas. Você quer ficar? Eu não dou a mínima! -Deu de ombros, fechando o zíper da mala preta.

-Não podemos sair sem...

- Cale a boca, Natasha! Apenas venha. -Ela ordenou. Percebi que em momentos de extremo desconforto, não existe sangue real, não existe títulos, ou eu estaria mandando em Nicole.

  Peguei minhas poucas coisas que havia tirado, joguei na mala.

-A mesa está posta! -Alguém gritou na porta. Nicole fez sinal para os guardas que a abriram.

-O helicóptero, senhoras. Podemos ir?

-Sim! -Foi tudo que Nick disse, e todos seguimos.

-E agora? O que Arthur irá fazer?? Terá muito trabalho. -Disse enquanto pensava. Arthur quase não tinha tempo para mim, e agora...

-Pare de ser estúpida! Você pode apenas se calar? Já que não consegue pensar nas vidas perdidas e dores dos outros? -O piloto nos olhou, como quem repreendia-nos. Calei por toda a viagem, algumas horas até chegarmos. Quando conseguimos entrar no palácio, já era noite. O clima novamente era o mesmo. Wordsands parecia estar predestinada ao fracasso, à mortes seguidas, que nunca deixariam de acontecer. Lá fora... Jornalistas, pessoas... Muitas pessoas. O palácio estava mais uma vez aglomerado de agentes e pessoas importantes. Arthur nos deu uma breve conferida logo que entramos, e voltou ao trabalho. Ele estava transtornado.

Nicole deixou a mala na escada, nem mesmo pensou em tomar banho, e seguiu para onde Arthur estava, não sei em que ela tentaria ajudar, eu não me daria ao trabalho. Entrei no quarto, fechei a porta, pensei em ligar para meu pai, mas Arthur me condenaria por isso. Liguei a tv e botei um filme. Alguma coisa ali me tiraria da rota de tensão em que todos estavam metidos.

-Senhora?

-Mit?

-Posso entrar?

-Sim. -Abri a porta.

Ele olhou para a TV, e em seguida para os biscoitos que eu comia minutos antes na cama.

-Desça! -Ordenou. -Fique ao lado de Arthur, finja que se importa, se não pode ser nobre como alguém de sangue real... Finja!

-O que é? -Arfei.

-Fui o mais claro possível! Se não consegue crescer, volte para a casa de seu pai. -Ele se retirou, deixando a porta ainda aberta.

                          ∞∞∞∞∞∞

 

ImpérioOnde histórias criam vida. Descubra agora