Capítulo 59

3.2K 337 43
                                    

Por gentileza, toque no icon de música, não leia até começar.

              -Natasha Harris-

   -Calma! Estou indo. -Pedia para Arthur, que batia incansavelmente na porta.

-Você ficará! Dou mais dez minutos.

-Estou fechando a mala!

-Nove. -Gritou, enquanto se distanciava da porta.

Fechei a mala, peguei meu casaco nas mãos e corri pelo corredor.

-Vocês já vão? -Esbarrei em Ohana.

-Não enche! -Arfei.

Desci às escadas puxando minha única mala, Arthur saudava a família Bolt.

-Então é isso... Até a próxima!

-Vamos! -Passei por ele fazendo risinho forçado.

-Se despeça! -Arthur ordenou.

-Até mais. -Sorri e então segui na direção de Mit, Nicole, e a loira que nos acompanhou durante os poucos dias aqui, e uns pares de seguranças locais.

-Entre! -A majestade abriu a porta do carro para mim.

Todos entramos nos carros idênticos, trocamos o local de embarque, o que é de praxe, por questões de segurança, e então novamente, estávamos entrando no avião particular.

-Alguém pode explicar o porquê dessa volta, dessa pressa? -Nicole se irritou com Arthur que não saia do aparelho celular.

-Tenha paciência, senhorita. -Mit lembrou. -Algo de errado está acontecendo? Isso não é preocupação para vocês.

-Arthur? Estou falando com você. -Ela gritou já irritada com a falta de explicação.

-Me da um tempo, Nicole. Eu estou ao telefone. Fique calada, só dessa vez. -Ele gritou enquanto tapava o fone do celular com uma das mãos, sua expressão era de raiva.

-Tudo bem. -Nicole falou em tom baixo e se ajeitou na poltrona. Mit olhava no relógio a todo tempo, e ela que estava ao seu lado, encostara a cabeça no vidro da janela.

Eu não fazia ideia do que se tratava, do que havia acontecido, mas nem me importava, estávamos todos juntos e bem.

Segurei minha curiosidade para não perguntar nada, já que a missão de Nicole foi um fracasso e eu já recebera um berrão por hoje.

Todos estávamos havidos, esperando por algo que ninguém sabia o que era, ninguém eram somente eu e Nicole.

Andei até a poltrona de Arthur e sentei-me ao lado dele.

-Natasha! -Ele esticou a mão como se tivesse me repreendendo, e voltou a olhar o celular.

-Não irei incomomodar. Só quero ficar aqui. -Passei a mão em seu ombro e me aconcheguei em seu braço. Ouvi quando ele suspirou. Algo muito errado estava acontecendo, Arthur não saia do celular, e embora já estivéssemos mais perto de chegar, ele não saia da pose de tensão.

-Lian? Estou com as meninas, Mit e quatro guardas, irei deixá-las fora do continente. -Ele nos olhou. Continuei calada, tentando decifrar sobre o que ele falava. -Sairemos da Asia em... -Olhou o relógio. -Mas ou menos em uma hora. Preciso de um helicóptero com selo em Amsterdã em uma hora e vinte minutos. -Falou. Lian disse algo do outro lado e Arthur desligou o celular.

Queria perguntar. Nicole também olhava, estávamos à par da mesma situação, a nenhuma. Mit continuava frio, olhava para frente sem demonstrar absolutamente nada.

A noite já chegava, eu me sentia protegida ao lado de Arthur, e sabia que nada aconteceria comigo.

Ele estava impaciente, e hora ou outra olhava o celular. Percebi que ele se arrependera de ter feito essa viagem, seja lá o que tivesse acontecendo.

Fechei os olhos em seu ombro. E me entreguei ao resto da viagem.

∞∞∞∞∞∞

-Desça, Natasha! Precisamos ir! -Arthur chamava de fora do avião, pelo vidro vi Mit pôr Nicole no carro preto e dizer algo em seu ouvido, os guardas estavam atentos a algo que eu não sabia o que era. -Venha! Depressa! -Arthur chamou outra vez, tirando minha atenção da janela.

-O que há? -Perguntei.

-Logo saberemos. -Ele ajudou-me a descer os degraus no avião.

-Vocês seguirão para esse hotel. -Ele deu-me um pedaço de papel enquanto íamos em direção ao carro.

-Tudo bem.

-Não abram para ninguém até que esse número ligue para o quarto. -Ele anotou algo no papel sobre sua mão. -O segundo número só ligue caso precisem. Prometa-me que irá seguir as instruções. -Olhou-me, entregando o último bilhete.

-Prometo. Mas...

-Preciso ir. -Ajeitou meu vestido para dentro do outro carro preto e bateu a porta. Mais dois segurança entraram. Arthur susurrou algo para quem estava no volante. Mit falava no celular ainda do lado de fora do carro. Percebi que ambos não iriam conosco. Meu noivo beijou o rosto de sua prima pela janela do outro móvel, que em seguida saiu.

Meu carro arrancou como pantera de mata fechada. Olhei para trás ao ponto de ver um helicóptero com selo real Scaëfer pousar. Mas... Longe de mais. Saiamos do ponto de pouso.

Apertei os dois pedaços de papeis que Arthur me dara um minuto atrás. Era tudo que tinha agora.

-O que disse senhora?

-O endereço. -Entreguei ao motorista.

Senti uma pontada horrível no peito, uma sensação de sofrimento por antecedência. A cena de meu pai anunciando a morte do rei da América do Norte ecoava por toda parte. Apertei mais uma vez os papeis e desejei com toda força que nada acontecesse.

∞∞∞∞∞∞

ImpérioOnde histórias criam vida. Descubra agora