-Natasha? -Chamei. Ela dormia nua, coberta com os lençóis brancos. 5h da manhã.
-Arthur! -Ela sentou-se na cama, segurando o lençol, a vergonha em seu rosto era contraditória à Natasha da noite passada.
-Você pode ir para seu quarto? Às 8h conversamos. É melhor que não a vejam aqui.
-Como quiser!
-Vou para o banheiro, para que você possa vestir-se.
-Obrigada! -Saí deixando-a só. Banhei e escovei os dentes. Tive tempo o bastante para pensar.
Não me arrependia, mas senti que perdi de vez a moral para com Aliça. Eu faria tudo de novo, não culpo Natasha, e sim a mim mesmo. Minhas fraquezas. Minhas carências. De qualquer forma, eu teria que aceitar ela como esposa. Principalmente nas circunstâncias em que se encontramos.
Perto das 8h, fui ao quarto de Natasha, Ama estava a fazia companhia, pedi para que nos deixasse conversar.
-Obrigado! -Agradeci quando ela fechou a porta.
-Esqueça tudo que falei sobre uma semana de convivência.
-Como assim? Você não casará comigo?
-Sim. Não posso impor nada, não depois de termos quebrado um protocolo tão grave.
-Certo! -Ela sentou-se na cama. -Obrigada!
-Minhas obrigações. -Sorri.
-Eu sei. -Ela respondeu. Saí do quarto e encostei a porta.
-O que fazia? -Nicole estava no corredor.
-Vim comunicar minha decisão para Natasha.
-E o que aconteceu com a semana drive?
-Já decidi o que quero.
-Rápido assim? Onde está a aversão à Natasha e todo amor por Aliça?
-Nick? Não torne isso mais difícil.
-Tudo bem! -Ela deu de ombros e desceu á minha frente.
-O café da manhã está posto, senhor.
-Obrigado, Mariah. -A funcionaria tinha minha altura, aproximadamente vinte e cinco anos e uma boa aparência. Sentei na mesa com Nicole e Mit.
-Como foi a noite. -Mit iniciou a conversa matinal.
-Normal. Por que a pergunta? -O ladrão vê em cada sombra um policial. Eu me sentia uma criança que acabara de fazer algo grave. Todo cuidado não era por mim, mas sim por Natasha. Se todos soubessem que passamos a noite juntos, não demoraria muito para que o mundo soubesse.
-Porque ele não pode perguntar?
-Claro que pode Nicole. Só foi uma pergunta de minha parte.
-Estranho. -Ela erguei a sobrancelha.
-Não comece! -Repreendi.
Nicole parecia saber de tudo, as vezes ela era insuportável. Eu não pretendia descontar meus erros se estressando com ela.
-Desculpem a demora. -Natasha chegou acompanhada de Ama.
-Sente-se! -Convidei. Ama saiu e ele sentou-se próxima de mim.
-Como dormiu? -Nicole perguntou.
-Muito bem! -Natasha sorriu para mim.
-Certo! -Nick terminou o pouco de café em sua xícara.
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Império
RandomPara provar que sua classe social não conta o que o futuro lhe reserva. Em um século XX onde o mundo é dividido em quatro. O livro começa com a morte do rei, deixando o país e todo povo em estado de choque, mas nada comparado com o estado de Arthur...