-Arthur Scarfer-
Joguei a caixa com as coisas de Aliça, Mit esperava-me com os braços cruzados encostado na porta do carro.
Atravessei a pista e fui até ele.
-Podemos ir! -Entrei no banco do passageiro, ele continuou la fora, não me importei, inclinei minha cabeça para trás e respirei fundo. As coisas tomaram outros rumos, e eu o seguiria.
-Vamos! -Ele deu um sorriso sutil, como quem tenta dar força a um amigo.
-Onde estava? -Interroguei.
-Olhando o mar la em baixo do despenhadeiro.
-Vamos para casa, não podemos se ausentar com um segundo rei no território. -Sorri.
-Muito menos quando ele é Erner. -Gargalhou. -Garoto. -O olhei. -Estamos juntos nessa. -Bateu em meu ombro.
-Eu sei que sim. Alguém tinha que sobreviver para contar a história dos Scaëfer. -Consenti.
Voltamos para o Palácio. O número de pessoas aqui fora havia triplicado.
Abriram caminho para que passássemos. Algumas coisas sendo levadas para a Catedral. Natasha podia optar em menos de trinta por cento na preparação da cerimônia, o resto eram protocolos.
-Arthur? -Ela sorriu da escada assim que entramos.
-Olá! -Fiz gracinha. Ela usava um vestido leve em tom turquesa.
-Nervoso?
-Com toda certeza não. -Pisquei.
-Irei na esteticista com Ama e Nicole.
-Programa muito divertido. -Minha prima forjou um sorriso atrás de minha noiva.
-Saiam pelas portas de fundo. -Me dirigi a Mit. -Peça para que os motoristas as acompanhe, e que deem à volta por trás do palácio, é lícito que não saibam em que carro estão. -Pedi. -Qual o fluxo de pessoas lá?
-Está fechado, não há perigo.
-Não saiam da rota. Nada de programas fora do esquema, e nada de nada, Nick. -Briguei com a pessoa que mais quebrou protocolos e regras na vida.
-Claro, senhor. -Bateu continência. -Já não era para a grande excelência do Império ter pisado em continente norte americano? -Olhou o relógio.
-Ouve alguns imprevistos de segurança, chegarão pouco antes da cerimônia. -Informei.
-Seria um palácio pequeno para o mundo, além do mais. -Erner falou do alto da escada, sua ironia nunca era valida.
Erner também era o segundo nome do governante Império, mas esse segundo homem já era digno de minha admiração. Ri sozinho ao pensar. -Tem razão, meu caro. -As meninas saíram, e teríamos a tarde livre para conversar.
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Império
RandomPara provar que sua classe social não conta o que o futuro lhe reserva. Em um século XX onde o mundo é dividido em quatro. O livro começa com a morte do rei, deixando o país e todo povo em estado de choque, mas nada comparado com o estado de Arthur...