Três homens fechavam o quadro de lideres continentais. Eu estava sentado na ponta da mesa. Ao meu lado esquerdo estava Colin, tenente que comandava a segurança e distribuição de recursos para o Canadá, ele era um senhor de quarenta anos e seus cabelos estavam totalmente grisalhos, e à esquerda Joaquin Weblen, descendente de família alemã, tenente responsável pelo Estado Mexicano.
Oito concelheiros fechavam a bancada do concelho. Quatro tinham mais poder sobre decisões, os outros quatro eram como acompanhantes de ideia.
Todos estavam à vontade, porque cada um já havia escolhido o que defender. De uma forma mais clara; o único que não pode chegar com opinião formada, é o rei, por não saber o que o concelho irá reivindicar.
O fato não é que o rei tenha que obedecer, mas sim que nem Sun Tzu trabalhou só. O concelho pensa no que o rei deixa de pensar, dessa forma, não é simples negar uma decisão, juntos eles formavam a coroa por trás do trono, e isso nunca foi problema para meu avô, para meu pai, e não poderá ser para mim.
Eu usava terno e gravata, trouxera alguns papeis para anotar o que iria ter que pensar e repensar toda a semana.
-Boa noite, senhores. -Intonei a voz. -Como todos sabem, vivi um momento de luto, o que me privou de tomar medidas necessárias, e isso nos levou à erros. -Deixei claro o plural, todo resultado que cai sobre o continente, aqui tem que ser tratado como culpa ou mérito de todos. Eles ouviam atentamente. -Sendo assim, sem mais delongas, todos, segundo a ordem, podem apresentar suas propostas. -Senhor Colin! -Gesticulei em sinal de passar a palavra.
-O exército precisa de um, digamos que "milagre." -Ele fechou aspas com os dedos e todos sorriram. -Uma multiplicação.
-Como isso será feito, segundo seu ponto de vista?
-Recrutar novos soldados. -Ele olhou-me. -Eu posso garantir todo o treinamento em menos de quatro meses e sob minha vigilância. No Canadá, é claro.
-Alguém é contra? -Questionei.
-Não! -Foi o que ouvimos em uníssono.
-Preciso que me garanta que nenhum adolescente será aceito, e que ninguém em fase de estudo, abaixo da faixa etária de dezessete anos será recrutado.
-Sim! Dou minha palavra.
-Tenente Weblen.
-Sugiro uma agência cede de espionagem em trafego aéreo, aqui na província estado. Que trabalhem apenas para isso, e não seja feita somente quando tragédias como... -Ele pigarreou. -Como essas acontecerem.
-Isso será realizado ainda essa semana. -Confirmei. -Agora só nos resta a palavra final. -Olhei para o grupo de oito homens à minha frente. -Concelho.
-Serei o porta voz. -Denny Tarriana tomou a palavra. -O que queremos frisar hoje, é a importância de sua posse oficial da coroa. Só isso nos dará estabilidade diante do mundo. O que agora temos no papel, não passa de um continente sem comando, sem direção assinada.
-Prossiga. -O encarei com as mãos dobradas em baixo de meu queixo.
-Como já foi tratado em uma conversa informal ao senhor, onde deixamos claro nossa primeira impressão sobre o futuro, quero comunicar nossa decisão.
-Qual a decisão final?
-Sua união com a família Harris.
-Por poder? -Indaguei.
-Por um bem maior. -Ele contestou. -Harris está na província desde que os últimos fatos ocorreram. Seria uma boa hora para uma primeira conversa.
-Quanto tempo tenho para formalizar... Ou não, minha decisão?
-Um mês.
-Então acabamos por hoje, senhores. -Fiquei de pé. -Nos vemos no fim de outubro. -Olhei cada um sair da sala em silêncio.
-Podemos ir?
-Sim, Mit. -Respondi enquanto andei até à porta. Entrei no carro, que não era o meu, e não seria eu a dirigir, o que no momento era oportuno, precisava pensar. Mit estava ao meu lado, tenho certeza que ele se segurava para não perguntar sobre as decisões tomadas hoje. As ruas estavam desertas, já estava tarde, em Wordsands não há muito movimento depois da meia noite.
-E então?
-Eu não sei Mit, dessa vez, eu realmente não sei. -Olhei pelo janela a gelataria onde San gostava de ir, a mesma onde... -Mas irei resolver. Acredite! -Confirmei.
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Império
RandomPara provar que sua classe social não conta o que o futuro lhe reserva. Em um século XX onde o mundo é dividido em quatro. O livro começa com a morte do rei, deixando o país e todo povo em estado de choque, mas nada comparado com o estado de Arthur...