O vôo das borboletas

Capítulo 3 - O Hospital Phyathai 2

Oi pessoas! Essa história tem vários gatilhos e emoções fortes. Votem e pf comentem, critiquem! Eh mto importante para o autor, conto com vcs 💓
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Já passavam das 14h quando Sam conseguiu parar para comer alguma coisa. No refeitório encontrou os companheiros de sempre:

Heng - Cirurgião pediátrico

Jim - Enfermeira

Yuki - Enfermeira

Todos estudaram na mesma faculdade e fizeram residência ali mesmo no Hospital Phyathai 2. Claro que o fato de Heng ser filho do diretor que também era o chefe da cirurgia geral ajudou e muito para conseguirem entrar no Phyathai, um dos melhores hospitais de Bangkok.

- Sam, pensei que nem viesse mais.

- O que? Sam não comer? Isso não aconteceria nem com todo treino mental que existe, Heng. Essa garota parece que tem uma tênia - diz Jim.

- Ah, vocês me amam tanto que não suportam a ideia de ficar longe de mim, confessem - diz Sam rindo e puxando a cadeira.

- Claro amiga, eu já estava em prantos com sua ausência - diz Yuki revirando os olhos.

- Muitos hoje Sam?

- Muitos Heng. Me sinto sugada, exausta, quase sem vida.

- Ah, então está explicado esse seu sorriso estampado no rosto. Você é um caso de estudo Sam, sério - diz Jim.

- Se você comesse mais, talvez melhorasse esse humor contagiante Jim - diz Sam rindo para a amiga.

- Não enche Sam!

Era uma turma diversificada. Yuki era de boas com tudo e com todos. Prestativa, atenciosa, eficiente e amiga para qualquer hora. Só uma coisa poderia tirar ela do sério: Desarrumarem o estoque de medicação e itens de uso do hospital. Aí nem o chefe Thahan segurava sua raiva.

Heng era o sonho de toda mãe para ter como genro: educado, simpático, inteligente, talentoso e rico. Porém o fato de ter nascido em berço de ouro nunca influenciou seu comportamento e ele na verdade se sentia melhor com a turma sem dinheiro do que com os que andavam de nariz em pé.

Na faculdade, enquanto a turma dos endinheirados vivia num seleto grupo com aparelhos de última geração, Heng era facilmente localizado na pista de skate, no muro de concreto ou esparramado na grama com seus amigos.

Sam era a independente da turma e de certa forma a líder de tudo. As ideias, métodos de estudo e as besteiras que aprontavam. Sam nunca teve dinheiro, todo seu estudo foi como bolsista e o que tinha na época vinha de serviços extras (lanchonete, baby sitter, passeadora de cães) e o pouco que seus tios mandavam. Tudo gasto para pagar um pequeno quarto e a infinidade de livros e apostilas de estudo, nessa parte Heng sempre fazia questão de ajudar mesmo com ela protestando. Ela e Heng sempre se destacavam em qualquer matéria, por isso já sabiam o que queriam fazer por toda vida: Salvar vidas com a medicina.

Jim era diferente. No começo foi complicado para toda a turma se acostumar com seu mau humor constante, suas grosserias gratuitas e não gostar de contato físico com ninguém. Depois de um tempo após conhecer a mãe de Jim todos entenderam. A mulher era viciada e alcoolotra. Às vezes aparecia do nada na faculdade embriagada, exigindo dinheiro para a filha.

Ninguém tocava no assunto, mas Jim sabia que todos souberam de onde ela veio. Ela nunca falava sobre sua vida e só sabia lidar com as pessoas de forma áspera e um tanto maldosa, mas ela era da turma e não iriam deixá-la de lado por nada.

- Sam, vamos? - pergunta Heng.

- Sim! Gente nos vemos mais tarde.

Foram conversando pelo corredor, Sam passou em sua sala antes e pegaram o elevador para o quinto andar, a ala pediátrica.