Capítulo 65 - Diálogo silencioso

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Kah e Sam estavam confusas, quase não falaram durante o jantar. Sam pensava em ter tido sensações e vontades a muito tempo adormecidas e do transe que Kath provocou nela ao ponto de seu corpo puxar o corpo da outra mulher. Kath não entendia como aquelas visões foram parar em sua cabeça, não fazia nenhum sentido! E quando Sam a tocou... Kath sentiu o arrepio de novo. Quando a médica puxou seu corpo, Kath só queria continuar indo em frente até seus lábios tocarem da linda mulher de olhos castanhos.

- Vocês estão caladas hoje. Está tudo bem? - pergunta senhora Dang.

- Ah, sim. Só estou com fome - responde Sam dando várias garfadas na comida.

- E eu estou um pouco cansada. É que no interior dormimos cedo, sabe? - diz Kath.

- Ah, sim, entendo. Sam, Kath vai pintar a casa toda por fora e também o escritório, vai dar uma cara nova, não é?

- Sim, vai ficar lindo com certeza.

Após o cafezinho, Sam dá um beijo na senhora Dang, pega Dog e se despede de Kath:

- Obrigada por cuidar dele hoje.

- Não foi trabalho nenhum, a gente já se gosta muito.

Essa frase fez com que elas se olhassem com espanto. Elas sabiam que estavam falando sobre o cão, mas depois do que aconteceu poderia sim, ter duplo sentido.

- Ah, ok. Preciso ir, boa noite - Sam entra no carro querendo chegar em casa com urgência, precisava ficar sozinha.

Assim que chegou foi na gaveta do armário e pegou uma das fotos de Mon, se jogando na cama e dizendo:

- Amor, me desculpe! Eu quase traí você hoje, me deixei levar, me perdoa princesa! Você é a única e sempre será, me perdoa - fala Sam chorando abraçada à foto de Mon.

Kate já deitada não consegue esquecer aqueles minutos que sentiu a mão de Sam na sua cintura e o leve puxão. Seu corpo aqueceu imediatamente ao pensar que por muito pouco, ela teria beijado aqueles lábios sem se importar com mais nada, sim teria mesmo.

No dia seguinte Sam acordou decidida a evitar Kath a todo custo.

- Deve ser carência minha... tantos anos sozinha e ela é uma mulher bonita, não tem como negar. Mas nada é mais importante do que meu amor por "ela", só "ela" importa e vou honrar isso até o fim.

Sam chegou na senhora Dang dizendo rapidamente:

- Bom dia. Aqui está ele, à noite eu volto. Desculpem, mas estou atrasada. - e saiu praticamente correndo de volta ao seu carro e foi embora.

- Nossa, deve estar atrasada mesmo - diz Kath desapontada.

- Ela é muito responsável, se ela saiu correndo assim, tem um motivo. Vamos tomar café. Daqui a pouco Nop e Nitta chegam.

Kath

Estavam falando sobre amenidades durante o café quando o telefone da senhora Dang toca:

Alô?

- Oi mãe, é Tee.

- Oi meu amor, tudo bem?

- Tudo sim. Eu poderia falar com a Kath? Não tenho o número dela.

- Claro, um momento... "Kath, é o Tee. Quer falar com você".

Oi Tee - diz Kath.

Kath, você comentou que queria trabalhar, não é?

- Ah, sim, preciso. Não quero ficar só dando despesas.

- Então, eu tive uma ideia. Que tal irmos ao canil onde eu compro meus cães e ver se tem alguma vaga para você? Eu sei que ele tem equipe de veterinários porque ele tem três canis e são grandes.

O vôo das borboletasOnde histórias criam vida. Descubra agora