Sam, Heng, Yuki, Nop e senhora Dang estavam esperando o término da cirurgia. Claro bem apreensivos, principalmente Sam que sabia ser necessário a retirada de pelo menos 98% do tumor para que Mon pudesse ter uma sobrevida maior, pois mesmo assim, o pouco de células cancerígenas que ficassem, cresciam muito rápido e se infiltraram em locais cada vez menos acessíveis. O chefe participava da cirurgia para se certificar que as funções de Mon fossem preservadas.
Após quatro horas de cirurgia o chefe se aproxima e todos se levantam.
- Bem, foi feito. A boa notícia é que todas as funções dela foram preservadas. Conversou, respondeu perguntas e até disse como era uma petição inicial.
- E qual a má notícia? - diz Sam já conhecendo o chefe suficiente para ver em suas feições que algo não tinha saído como planejado.
- Sam, só conseguimos tirar 90% do tumor. Tentamos de todas as formas, mas do jeito que ele se espalhou, foi o máximo que conseguimos. O ideal seria pelo menos 98%, eu sinto muito.
- E como ela está, doutor? - pergunta a senhora Dang.
- Ela está bem, vai se recuperar e em pouco tempo poderá ir para casa, aguardar algumas semanas e continuar o tratamento.
- Ouviu Sam? Ela... Sam? - procura senhora Dang.
- Onde ela foi? - procura Yuki.
- Eu acho que sei onde ela está, pode deixar comigo - diz Heng.
Sam estava no terraço agachada num canto e seus cabelos caindo sobre o rosto.
- Sam, vamos. Vem comigo - diz Heng.
- Heng, por que? Alguém tem que me explicar por que? Você sabe que isso significa que ela terá menos tempo ainda? Heng, eu vou perder o meu amor! Mon é a minha vida e eu não posso fazer nada! De que adianta eu estudar tanto, fazer outra faculdade, para que?
- Sam minha amiga. Eu queria ter todas as respostas para você, mas não tenho. Só o que posso te dar é meu ombro e minha amizade para sempre. Vamos, estão preocupados com você.
Duas semanas depois
Mon teve alta quatro dias após a cirurgia e em duas semanas iniciará a radioterapia em conjunto com a quimio.
- Princesa, cheguei. Onde você está?
- Oi Sam, estamos aqui na sala - disse Yuki.
- Oi amiga. Oi amor, como está hoje? - pergunta Sam.
- Oi baby. Os remédios estão ajudando com a dor de cabeça e os enjoos, mas me sinto sem ânimo para nada. E você o que fez hoje?
- Ah, isso é surpresa e você só vai saber daqui a três dias, até lá está proibida de ir lá fora - diz Sam sorrindo.
- Sam! Você sabe que eu adoro ficar lá fora!
- Vai valer a pena, acredite na sua mulher.
- Me conta? Posso ver? - pergunta Yuki.
- Óbvio que não. Não vou correr o risco de estragar a surpresa, por isso hoje você sai pelos fundos Yuki.
Depois que Yuki saiu, Sam tomou seu banho e foi lá fora falar com algumas pessoas que contratada por ela estavam fazendo a surpresa para Mon. Voltou e perguntou:
- O que a senhora minha esposa quer comer hoje?
- Baby, estou sem fome.
- Ah, não. Tem que comer alguma coisa, só um pouquinho, por favor.
- Tá bem então. Quero omelete de queijo - diz Mon.
- Omelete? Jura que vai se arriscar a comer de novo a que eu faço?
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O vôo das borboletas
FanfictionKhun Sam Anuntrakul, 27, anos fez toda sua residência em neurologia no Hospital Phyathai 2 e dedica seu tempo à profissão e mais nada. Apenas raras saídas com amigos, alguns flertes e relações relâmpagos para aliviar a tensão do dia a dia, mas nada...