Olá leitores. Só temos mais dois capítulos para terminar essa longa jornada. Boa leitura!
*************************************
Kath
No dia seguinte Kath levantou cedo e fez bolo, cortou as fatias para as torradas, separou dois tipos de chá diferentes, preparou a massa para panqueca. O café seria coado na hora. Esticou uma toalha branca de renda e distribuiu tudo de forma harmoniosa. Estava ansiosa para ficar sozinha com Sam novamente. Kath tinha somente vinte anos, mas já tinha visto algumas amigas apaixonadas e não entendia como uma pessoa pode alterar as batidas do coração do outro sem precisar tocar.
Hoje ela sabia. Bastava Sam estar perto que seu corpo reagia imediatamente e ontem elas ficaram muito perto. Sentir o calor do corpo de Sam e sua respiração pesada em sussurros, foi algo que ela nunca pensou que fosse possível sentir.
Sam
Depois de tomar uma ducha, Sam se olhou no espelho. Estava com uma cara cansada e pequenas rugas da idade já se pronunciavam. Ficou durante um tempo lembrando do que quase aconteceu na noite anterior com Kate, quase... Sam ficou tanto tempo na escuridão, com a raiva do mundo, que se acostumou a elas. Eram suas companheiras.
Agora aparece Kath despertando coisas que estavam soterradas por tanto sofrimento e tanta dor. Era como se Sam fosse feliz, fosse quase uma ofensa ao amor que sentia por Mon. Mas ela não esperava que aqueles olhos azuis, de uma jovem de vinte anos fosse despertar a vida em seu corpo mais uma vez.
Escovou os cabelos com um creme hidratante até recuperar um pouco do brilho que há anos não tinham, se vestiu e passou um protetor labial. Era estranho, mas ela não estava mais conseguindo suportar e sim, estava se enfeitando para Kath.
- Vamos filho - chamou Sam e Dog a seguiu.
Kath
Havia colocado um vestido branco, simples, apenas com um singelo decote. Soltou os fartos cabelos castanhos ondulados e hidratou o corpo. Kath estava impaciente e andava de um lado para outro esfregando as mãos. Era só um café da manhã, mas depois de ontem, os sentimentos estavam mais intensos, potentes e só de lembrar do corpo de Sam junto ao seu, sentia um arrepio percorrer toda a espinha.
Será que Sam sentiu tanto quanto ela? Por que ela não continuou? E por que ela sentia que precisava urgentemente beijar aqueles lábios, sentir o corpo de Sam em suas mão e se entregar completamente aquela mulher de olhos castanhos?
Alguém bateu à porta e Kath sorriu, ela chegou!
Sam
Quando desceu do carro, Sam estava nervosa com tantas sensações misturadas no seu corpo e mente. Queria poder dar meia volta e fugir, mas ela simplesmente não conseguiu. Subiu os degraus da varanda e bateu na porta.
Kath abriu e Sam teve a linda visão de Kath com seu vestido branco, sorriso emocionado e aqueles olhos azuis brilhando. "Minha nossa...".
- Oi, bom dia Sam. Você está... linda hoje. Mas entra - diz Kath um pouco corada.
- Bom dia. Calma Dog! Deus, ele vê você e esquece do mundo - fala Sam quase sorrindo vendo Dog pulando pedindo colo para a jovem.
- Ah, ele é meu amorzinho. Passou a ser meu confidente, sabia? Conto cada coisa para ele... ainda bem que você não fala, não é docinho?
- Tem tantos segredos assim, tão nova? - pergunta Sam.
- Alguns, mas o suficiente para às vezes tirar meu sono - responde Kath olhando para a boca de Sam e sentindo o desejo aumentar.
VOCÊ ESTÁ LENDO
O vôo das borboletas
FanfictionKhun Sam Anuntrakul, 27, anos fez toda sua residência em neurologia no Hospital Phyathai 2 e dedica seu tempo à profissão e mais nada. Apenas raras saídas com amigos, alguns flertes e relações relâmpagos para aliviar a tensão do dia a dia, mas nada...