Nop estava emburrado, pois foi recomendado pelo menos por algumas semanas ingerir sopa, logo ele um comilão.
- Quero isso não - disse Nop de braços cruzados.
- Ah, vai querer sim e agora mesmo. Pode comer tudo desse prato. Voltarei em meia hora e se não tiver comido, vou fazer aviãozinho e te dar na boca, ainda filmo e posto na internet - diz senhora Dang.
- A senhora não seria capaz de fazer isso comigo!
- Não? Então experimente não comer. Volto em meia hora.
- Droga, perdi. Meu Deus, ela não vai me dar trégua.
- Não vai mesmo, irmãozinho - fala Mon entrando no quarto sorrindo.
- Besta, para de rir - responde Nop, também sorrindo.
- Nop, eu conversei com a Nitta e finalmente acertamos tudo que houve no passado.
- Ah, que bom Mon.
- Melhor ainda, ela está me ajudando a procurar a gangue que fez isso com você. Ela conseguiu uma pista valiosa. Todos tem uma tatuagem na mão, olha essa foto - diz Mon mostrando para Nop.
- Nossa, é realmente uma boa pista. Mas como aproveitá-la?
- Esse é o problema, não sabemos. Você não lembra de nada amigo, nenhum detalhe por menor que seja? - pergunta Mon.
- Infelizmente não. Foi tudo muito rápido e já no primeiro soco me curvei de dor - lembra Nop.
- Tudo bem, vamos dar um jeito. Agora toma logo essa sopa se não quiser um vídeo seu no Instagram comendo de aviãozinho - ri Mon saindo do quarto.
Tee
Tee andava mais pensativa que o habitual. Yuki. Ela era o motivo de tudo agora. Da sua tentativa de mudar, tentativa de ser minimamente simpática, de pensar cada vez mais na cirurgia e de conseguir pedir desculpas a alguém pela primeira vez. Jamais imaginou uma situação em que se ficasse de frente a outra pessoa se desculpando, mesmo com o medo que sentia de ficar vulnerável. Mas Yuki disse uma frase que a fez pensar "O que você chama de fraqueza é na verdade humildade".
Tee ficou chocada com o estado que Nop ficou, muito machucado,uma cirurgia que quase não sobreviveu e as marcas internas da intolerância e do preconceito, disso Tee entendia muito bem. De repente uma luz se acendeu em sua mente. Se levantou do sofá, ligou o Notebook e procurou um filme específico em seus arquivos. Olhou várias vezes os detalhes e decidiu: iria ajudar a capturar essa gangue!
- Alô, Mon?
- Sim, pois não?
- É a Tee.
- Oi Tee, como vai?
- Mon, eu posso, na verdade quero ajudar na busca dessa gangue que feriu Nop, você aceita minha ajuda? - pergunta Tee com medo que Mon recusasse pelo passado de desentendimentos que tiveram.
- Claro que aceito Tee! O que você tem em mente?
- Hum, posso passar no seu escritório mais tarde, daqui a umas duas horas?
- Combinado, te espero então - diz Mon.
Assim que terminou a ligação, trocou de roupa e saiu. Chegando no local, pergunta pelo proprietário e lhe indicam uma sala nos fundos.
- Pois não? - pergunta o senhor calvo para Tee.
- Sou a doutora Tee Masuk e gostaria de falar com o senhor Deng.
- Doutora Tee? Que honra recebê-la! Só nos falamos uma vez por telefone e depois disso a doutora procurou direto a ...
- Sim, eu sei. Mas não vim procurá-la, preciso falar como um homem chamado Deng, é possível? - diz Tee já sentindo irritação, mas conseguindo controlar seu impulso de ser arrogante.
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O vôo das borboletas
FanfictionKhun Sam Anuntrakul, 27, anos fez toda sua residência em neurologia no Hospital Phyathai 2 e dedica seu tempo à profissão e mais nada. Apenas raras saídas com amigos, alguns flertes e relações relâmpagos para aliviar a tensão do dia a dia, mas nada...