Capítulo 64 - Alguns sinais

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Sam

- E então doutor, tudo bem com ele? - pergunta Sam ao veterinário.

- Sim, está tudo certo. Não teve perfuração, só está um pouco mais sensível, mas ele se recupera rápido. Procure por duas semanas dar ração pastosa, só para ele ficar mais confortável. Houve socorro imediato, não é?

- Sim, uma estudante de veterinária.

- Dê meus parabéns a ela, fez um ótimo trabalho.

- Ah, sim, falarei com ela. Obrigada. Vamos filho.

Aliviada, Sam entra no carro e coloca Dog no cinto de segurança. Antes de dar partida, liga para a creche canina avisando que Dog não irá naquela semana. Em seguida liga para senhora Dang:

Alô, senhora Dang?

- Oi Sam, como está meu menino?

- Ele está bem. Estamos saindo do veterinário agora, mas eu não queria deixar ele na creche nenhum dia dessa semana. A senhora poderia ficar com ele? Eu não tenho plantões. Deixaria ele aí de manhã e pegaria à noite.

- Claro que fico, nem precisa perguntar não é? Então ele já vem hoje?

- Sim, chego em meia hora - diz Sam.

Nop

Nitta e Nop estavam no escritório discutindo um caso quando Kath bateu na porta.

- Oi gente, atrapalho?

- Oi Kath, entra. Tudo bem?

- Sim, tudo. Só estou um pouco entediada... Eu trabalhava o dia inteiro lá em casa e aqui fico de bobeira. Estava olhando do lado de fora. O que vocês acham de uma nova pintura? Dar uma renovada? Posso também aparar a grama e alguns trabalhos em madeira aqui na entrada. Posso?

- Sério que você sabe fazer isso tudo?

- Ah, sim. Lá em casa tanto eu quanto meus pais trabalhamos muito. Meu pai me ensinou a fazer de tudo, sem frescuras. Até no trato da terra para plantio eu ajudava.

- Nossa, tão nova e já faz tudo isso. Claro que topamos, não é Nop?

- Com certeza, aqui está precisando realmente de uma cara nova. Kath, você vai ajudar muito fazendo isso pra gente.

- Ah, que bom! Só preciso do material e começo logo. Vou fazer a lista - Kath sai animada.

- Essa menina é uma graça, não é amigo? Está sendo boa toda essa juventude em casa, principalmente para a mãe - diz Nitta.

- Verdade. Depois que Mon se foi tudo ficou meio cinza, mesmo que cada um de nós tenhamos seguido em frente. A falta que ela faz...

- Sim, muita falta.

Sam

Assim que o carro se aproximou da casa, Dog começou a ficar agitado, choramingando e arranhando a porta para descer.

- Dog, sossega! Que agonia é essa, já está caducando é? Olha não vai aprontar de engasgar com nada hoje, se comporte com a sua avó - diz Sam.

Desceu do carro e colocou a guia em Dog, andando em direção a casa. Dog de novo dá um puxão forte e sai correndo para a entrada da casa. Sam olhou e sentada na escada com um caderno fazendo anotações, estava Kath. A jovem se assustou com a chegada do peludo que pulou direto em seu colo.

- Mas olha quem está aqui! Como você está docinho? - disse Kath recebendo muitas lambidas por todo rosto.

Sam parou por um momento recostada em seu carro e observou. Dog agia de forma diferente com a jovem, como se a conhecesse a tempos e fossem íntimos como ele era com... Sem conseguir evitar, viu que Kath estava de bermuda e camiseta. As pernas torneadas, um colo bonito e aqueles longos cabelos rebeldes dava a ela um ar meio selvagem, mas Kath era doce, sim, muito doce. Compondo toda essa beleza, tinham os olhos azuis.

O vôo das borboletasOnde histórias criam vida. Descubra agora