Olá leitores, como estão?
Vamos entrar em uma parte com carga emocional forte.
Todos os personagens serão de alguma forma atingidos. Curiosos? Boa leitura! rs
PS: Meu povo, votem e comentem para que eu saiba o que estão achando ❤️.
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Sam
No dia e horário marcado, Sam chega na cafeteria, escolhe uma mesa e aguarda a assistente social, a senhora Bunloet. Sam estava nervosa e seu coração estava acelerado. Era a decisão mais importante que tomava na sua vida, mais até de quando escolheu a medicina. A medicina era seu destino, "talento nato" como diziam os professores. Mas Peter era a escolha do seu coração.
Após uns 10 minutos, a senhora Bunloet chega se desculpando pelo atraso.
- Me perdoe doutora Sam, mas tenho que dividir meu tempo no trabalho e cuidar da minha família e às vezes me enrolo - disse sorrindo.
- Imagina, não tem problema. Eu entendo.
Sam pede um café com creme e a senhora pede o mesmo. Após falarem sobre o clima e amenidades a senhora Bunloet pergunta:
- Mas então doutora Sam, o que quer falar sobre o Peter? Não me diga que vão suspender o tratamento? - perguntou nervosa.
- Não, não é isso, fique tranquila. Ele será mantido no hospital até que apareça um coração para ele e tenho certeza que vai aparecer.
- Então do que se trata? - pergunta a assistente social.
- Bem, então... Nossa, me desculpe, mas estou nervosa. Não pensei que ficaria tão tensa. Mas vamos lá sem rodeios. Eu quero adotar o Peter.
- A doutora quer... adotar?
- Me chame de Sam e sim, eu quero adotar o Peter. Sabe, quando chegou o momento que eu tinha que decidir em que área da medicina eu atuaria, quase escolhi pediatria. Sempre gostei de crianças, elas me dão vida e por pior que tenha sido meu dia, basta olhar para uma criança que todos os problemas parecem menores. Mas eu entendi que não saberia lidar bem com os casos que não conseguisse ajudar.
Eu sou neurologista, mas qualquer tempo livre que tenho no hospital, vou para a ala pediátrica com o doutor Heng, que é quem cuida do caso do Peter. Eu me apeguei muito ao menino e ele a mim, não me pergunte porque, mas eu tenho um amor tão grande por ele! É como se ele tivesse mesmo que estar comigo e eu com ele, a senhora entende?
A senhora Bunloet olha fixamente para Sam e diz:
- Sabe doutora, o Peter chegou para nós ainda um bebê. Foi deixado na porta do orfanato com no máximo quatro meses de vida, então todos nós, as pessoas do orfanato, assistentes sociais, enfim todos que tem contato com ele tem um grande carinho pelo Peter. Ele sempre foi doce, inteligente, prestativo, mesmo quando ficava cansado por conta da doença, ele procurava ajudar de alguma forma.
- Ele é um encanto de menino mesmo - diz Sam.
- Peter sabe das condições de saúde dele, tínhamos que contar e ele sabe também que as chances de ser adotado são quase nulas. Aí aparece a doutora querendo adotar um menino com uma doença, já com nove anos... Isso é algo muito raro de acontecer e tenho que confessar, estou extremamente emocionada!
- A senhora acha que eu tenho chances? Acha que consigo? - pergunta Sam, ansiosa.
- Tenho quase certeza que sim, principalmente sendo médica, saberá tratar qualquer problema que ele tenha. Sim, acho que consegue. Mas preciso comunicar meus superiores, explicar a situação. Vamos fazer uma coisa, me passe seu email que te mando os formulário para solicitação de adoção e a lista de documentação. Preencha tudo, separe os documentos que falarei com eles agora mesmo pela manhã.
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O vôo das borboletas
Hayran KurguKhun Sam Anuntrakul, 27, anos fez toda sua residência em neurologia no Hospital Phyathai 2 e dedica seu tempo à profissão e mais nada. Apenas raras saídas com amigos, alguns flertes e relações relâmpagos para aliviar a tensão do dia a dia, mas nada...