Kath
Apesar de ter ido dormir triste, pela manhã acordou um pouco mais animada: iria com Tee conhecer o canil e com sorte conseguir uma vaga. Tee chegou um pouco depois do café da manhã.
- Oi mãe, oi Kath. Pronta?
- Mais do que pronta - responde Kath.
- Então vamos, estou louca para você conhecer o canil. Um beijo mãe - se despede Tee.
- A senhora vai ficar bem? Fica descansando, quando eu chegar preparo o almoço - fala Kath para senhora Dang.
- Eu estou bem filha, vá tranquila. Vou passar o dia lendo e relaxando.
- Ok, mas qualquer coisa me ligue - diz Kath preocupada.
Dentro do carro Tee pergunta:
- A mãe está sentindo alguma coisa?
- Não, só estou achando ela mais cansada que o normal.
- Ah, mas ela tem quase oitenta anos, Kath. É normal que a pilha vá enfraquecendo. Eu nunca vi a mãe precisar ir ao médico, fica tranquila. Yuki me contou que conheceu o hospital ontem, gostou?
- Nossa, é enorme! Mas tudo aqui, por mais simples que seja, vai ser maior do que eu estou acostumada. Minha cidade é pequena e tudo de modernidade que aqui vocês usam normalmente, para pessoas do interior é uma novidade - explica Kate.
- Ela me falou também que a mocinha arrasou vários corações lá dentro. Pareciam um enxame de abelhas em sua volta até que Sam chegou com cara de assassina e espantou os internos - ri Tee.
- É, foi mais ou menos isso. A Sam parece que está sempre prestes a explodir, pelo menos é isso que vejo - fala Kath.
- É, a Sam precisa de ajuda, mas ela se recusa em sequer tocar no assunto. Acho que na cabeça dela, já que Mon morreu, ela não pode e nem deve sentir nenhum tipo de felicidade. A Mon foi minha funcionária, sabia?
- Sim você disse na festa.
- Mas era tudo muito diferente. Eu era o oposto do que sou hoje e eu e Mon chegamos a travar uma batalha judicial.
- Sério?
- Muito sério. Mon foi a advogada mais inteligente, feroz e competente que já conheci, ela não perdia um caso, era brilhante. Mas depois nos entendemos e de quebra conheci Yuki que é a mulher da minha vida. Mon era muito espiritualizada, sabe?Graças a isso ela percebeu seus excessos e tentou corrigir os erros que cometeu. Ela faz muita falta...
- Eu vi a foto dela e da Sam, a senhora Dang me mostrou. Sam nem parece a mesma pessoa - diz Kath pensativa.
- Sim, ela mudou. Mas eu tenho fé que ela vai conseguir sair da escuridão em que está, um dia quem sabe. Olhe Kath, o canil.
Tee estacionou e seu amigo, o proprietário logo apareceu:
- Tee, quanto tempo! Já tá na hora de escolher outro não é?
- Pierre, amigo! Sim, já até passou da hora. Uma casa sem cachorro não tem vida. Mas hoje vim te apresentar a Kath, a estudante de veterinária que te falei.
- Ah, sim, perdão senhorita. Me chamo Pierre Bertrand.
- Muito prazer, sou Kath.
- Tee falou que você é estudante de veterinária, certo?
- Sim. Além da faculdade cresci em meio a todo tipo de animais que o senhor pode imaginar.
- Veio de onde?
- Interior de Oklahoma.
- Ah, sim. Bem, você está acostumada a lidar com animais de porte grande então.
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O vôo das borboletas
FanficKhun Sam Anuntrakul, 27, anos fez toda sua residência em neurologia no Hospital Phyathai 2 e dedica seu tempo à profissão e mais nada. Apenas raras saídas com amigos, alguns flertes e relações relâmpagos para aliviar a tensão do dia a dia, mas nada...