Capítulo 72 - Todos os amores, todas as vidas

378 37 27
                                    

Olá leitores, finalmente chegamos ao fim dessa longa história. Todas as minhas fics tiveram no máximo 39 capítulos e essa foram 72! Ufa! 

Só este último capítulo tem 9.962 palavras, a fic toda tem no total 186 mil palavras e 576 páginas, então foi realmente uma longa, mas necessária história.

Vou parar com a escrita das fics pois sou escritora e preciso me dedicar aos meus romances, contos e crônicas. Eu adoro escrever fics, mas infelizmente elas não me dão visibilidade. Mas não descarto a possibilidade de voltar um dia, quem sabe?

Abordei aqui temas polêmicos, agradei alguns e outros nem tanto. Mas essa fic foi uma necessidade pessoal, eu precisava escrevê-la e falar sobre o que falei, como falei. Ainda vou postar uma carta aos leitores explicando o que me motivou a escrever O vôo das borboletas, por hora aproveitem a leitura e se quiserem, comentem. Um bjo!

****************************************

Depois das fortes emoções, a conversa fluiu leve com Sam de volta sorrindo, atenciosa e carinhosa com todos, como era antes. A senhora Dang estava feliz, mas sentia saudade de Mon. "Como é difícil, mas cada um tem seu tempo aqui. Querer que ela ficasse sofrendo como ela estava, seria muito egoísmo. Preciso focar nas boas lembranças da minha menina."

Após algumas horas, todos foram se despedindo e Sam disse a Nop:

- Nop, amanhã você pode ficar com a senhora Dang? Quero levar Kath para minha casa. Você sabe como é.

- Claro que fico. Amiga, você mais do que ninguém merece aproveitar cada minuto de felicidade. Amanhã pode levar sua namorada - respondeu Nop sorrindo.

Sam olhava de longe Kath conversando com a senhora Dang. Como era linda, graciosa. Lembrou dos momentos da noite passada e sentiu que seus olhos estavam marejados. Era impossível explicar a emoção de saber que Mon voltou para ela, voltou por ela. O amor nunca morreu, sempre esteve ali e agora Sam poderia vivê-lo mais uma vez com ela, sempre seria com ela.

- Amor, eu estou indo.

- Ah, já vai? - reclama Kath.

- Preciso amor, tenho que levar Dog para casa e arrumar a bagunça que fizemos, pois amanhã você vai dormir comigo de novo - sorriu Sam.

- Está bem. Preciso organizar minhas coisas aqui porque vou começar na faculdade e no canil e quero dar atenção para a senhora Dang, mas vou morrer de saudade.

- Eu já estou com muita saudade, mas vamos resolver isso mais rápido do que você imagina - diz Sam dando um abraço apertado em Kath. A jovem se afastou minimamente para olhar para sua mulher. Os olhos castanhos agora pareciam ainda mais belos, mais límpidos. Ah, como ela a amava!

Dentro do carro trocaram beijos e abraços e depois Sam foi para casa com Dog. Ela sabia que não poderia mais adiar uma tarefa que evitava há anos. Estacionou o carro e abriu a porta para Dog. Olhou o cão e disse:

- Você sabia o tempo todo não é? Meu filho, nosso filho. Claro que você a reconheceria. Vamos entrar querido.

Sam lavou a louça, ligou o aspirador de pó robô, arrumou o banheiro e foi para o quarto. Trocou a roupa de cama e o cheiro de alecrim invadiu suas narinas "Kath...". Colocou toda a roupa suja na máquina, menos o lençol. Ela dormiria agarrada a ele para amenizar a saudade de sua mulher.

Depois de tudo arrumado e limpo, Sam foi até a estante e retirou o livro. Ela sabia que Mon estava de novo com ela, mas no fundo do seu coração, sabia que precisava deixar outra pessoa partir. Peter. Sam decidiu que sua vida seria totalmente nova e para isso ela precisava entender e se perdoar. Colocou seu pijama e foi para a cama com o livro. A cada parte que lia, sentia seu coração doer, chorou várias vezes e chegou num trecho que a muitos anos ela leu, mas não aceitou, não entendeu: "Os cinco estágios da dor que o enlutado vive.

O vôo das borboletasOnde histórias criam vida. Descubra agora