Capítulo 42 - Intolerância

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A ambulância chega e logo imobilizam o corpo de Nop na maca, seguindo direto para o hospital. Mon em prantos vai junto e tenta falar com o amigo:

- Nop, amigo, fala comigo! Vai ficar tudo bem, tá? A Sam e o Heng vão cuidar de você e eu estarei ao seu lado o tempo todo.

- Moça, ele não vai responder agora. Se segure pois vamos correr - avisa o socorrista.

Mon pega o telefone e liga para a mãe:

- Mãe, tentaram matar o Nop! Ele levou uma facada, era um grupo, mas não deu pra ver direito, foi rápido e eles fugiram.

- Minha nossa senhora! Mon, qual hospital ele está? - pergunta a senhora Dang.

- Estamos indo de ambulância para o Hospital Phyathai 2, onde a Sam trabalha. Mãe, ele não acorda, não se mexe. Levou pancada na cabeça, costas ai meu Deus... Mãe... - Mon cai no choro, não sabia o que fazer.

- Mon, escute! Você tem que ficar firme pelo Nop. Estou indo para o hospital e nos vemos lá. Mantenha a calma, por favor filha. Beijo.

Mon respirou fundo e segurou a mão de Nop. Foi o caminho todo pedindo auxílio aos espíritos que ajudassem seu amigo.

Sam

Sam imediatamente avisa um dos médicos que está chegando um caso grave e procura Heng. Encontra o amigo risonho conversando com Yuki.

- Heng, amigo...

- Oi, Sam! Sobreviveu a ira da namorada? - diz Heng rindo.

- É, soube que sua advogada é invocada hein? - fala Yuki rindo junto.

- Heng, me escuta. Olha para mim.

- O que houve que você está com essa cara de pânico Sam?

- Heng, o Nop foi atacado na rua. Levou pancadas na cabeça, costas e uma facada. A ambulância deve estar chegando.

- Hein? Como assim atacado? SAM! O Nop, você tem certeza? - diz Heng.

- Sim amigo, a Mon acabou de me ligar.

- Meu Deus, mas ele está consciente Sam? - pergunta Yuki.

- Não. O pior de tudo. O ferimento não está sangrando, só muito pouco.

- Ah não, não! Isso não pode estar acontecendo! Eu pedi ele em namoro ontem e... não! - se desespera Heng.

- Heng, me escuta! Você tem que colocar o médico no lugar do homem agora e ajudar no que for preciso. Você é cirurgião pediátrico então não será você que vai atendê-lo, provavelmente será o chefe, seu pai, então você tem q ue ficar calmo! - diz Sam.

- Isso Heng, toma aqui um pouco de água - diz Yuki.

- Eu não quero água! Eu quero ver o Nop! Estou indo esperar a ambulância - e Heng sai em disparada.

- Sam, vai também. Ele vai precisar de apoio - diz Yuki.

Após dez minutos a ambulância chega e os socorristas descem a maca de Nop e já entrando velozmente no hospital relatando:

- Homem, 27 anos. Nome Nop Sanouk. Foi atacado na rua. Concussão na cabeça, possíveis fraturas nas costelas e uma facada na região abdominal sem sangramento.

- Rápido, chamem o chefe! Encaminhem para o RX imediatamente - diz Sam.

Mon desce da ambulância. Estava pálida e seu rosto banhado em lágrimas.

- Mon! Amor, vem aqui - diz Sam abraçando-a.

- Ah, Sam foi horrível! Onde ele está? Ele vai ficar bem não vai? - pergunta Mon com agonia estampada nos olhos.

O vôo das borboletasOnde histórias criam vida. Descubra agora