Capítulo 23 - Músicas

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Olá leitores, perdão pela demora na atualização. Ouça a música no final do texto, vale a pena. Estou curiosa para saber como essas duas vão se resolver e vcs? rs

Comentem gente, podem criticar e opinar sem problemas. Bjo

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Mon

Mon entra no seu carro furiosa.

- Como assim "boas amigas"? Essa mulher é louca? Me chama pra lanchar, fica me olhando, me observando, pede bonequinho no curativo, no banheiro quase me beija e quer ser minha amiga? Ou ela tem problemas mentais ou eu confundi tudo. Ah, meu Deus... E se eu que entendi errado? Só porque eu me sinto atraída não quer dizer que ela também esteja. E se por isso, eu vi o que queria ver e não o que de fato era, absolutamente nada. Merda!

Foi o caminho todo pensando no quão estúpida ela poderia estar sendo fantasiando coisas. Carência causa problemas sérios e Mon já estava a algum tempo sozinha. Mas Sam parecia tão diferente. Cuidadosa, fez uma mesa linda, a forma que ela olhava com aqueles lindos olhos.

- Pode ser o jeito dela mesmo. Tem pessoas que gostam de olhar nos olhos, são carinhosas com todos e ela queria me agradecer, claro que ela faria de tudo para que eu me sentisse bem, pois fui eu quem a confortou no pior momento da sua vida, quando perdeu Peter.

Chegou em casa, conversou um pouco com sua mãe e Nop e foi para seu quarto. Se olhou no espelho e se sentiu ridícula em ter ficado tão nervosa para escolher uma roupa. Alguém bate na porta, Nop entra.

- Oi amiga, como foram as coisas?

- Não era nada do que pensei Nop. Seremos amigas, segundo palavras dela. Eu que confundi tudo, deve ser carência.

- Tem certeza amiga? Pelo que você me contou eu acho...

- Nop, eu te contei o que eu enxergava o que não quer dizer que era o que realmente estava acontecendo. Faz um favor amigo? Quero ficar sozinha. Amanhã a gente conversa, tá?

- Tudo bem, qualquer coisa estou no meu quarto.

Agora Mon não estava com raiva, só uma profunda tristeza no peito.

Sam

Sam se sentou no sofá e ela mesma não acreditava que tinha estragado tudo com uma frase no final "boas amigas". Desejou ardentemente ter o vira tempo da Hermione para voltar naquele momento e dizer... dizer... Aí é que está, ela não sabia o que dizer. Mon tinha o dom de fazer com que ela perdesse o raciocínio, as palavras estavam na sua mente, no seu corpo, no seu coração, mas na hora de falar saiam tortas e inversas.

Sam nunca teve problemas em flertar, ser direta e conseguir o que queria, mas com Mon... Ela era como um segredo a ser sussurrado, uma mulher para ser cuidada, mimada, protegida e muito amada. Era estranho sentir tudo isso. Sam nunca se envolveu romanticamente a este ponto com ninguém, na verdade só namorou sério uma vez, foi quando percebeu que sua profissão não combinava com relacionamentos sérios. Mas Mon, aqueles olhos, o nariz, as covinhas, seus lábios. O seu jeito atrevido e doce ao mesmo tempo deixava Sam sem saber o que fazer, pois o que sentia era forte e Sam fugia de tudo que não entendia, foi isso que ela fez, fugiu das sensações que ela não entendia, eram novas e intensas demais para ela.

Procurou suas muletas, tinha que tirar as coisas da mesa e arrumar a cozinha.

- Droga, chega dessa merda! - diz Sam arrancando a tala do pé sentindo um imenso alívio. Tentou ficar de pé. Tudo normal, sem dor nem desconforto. Tirou tudo da mesa e quando foi lavar a louça viu o curativo no dedo, aquele olhinho piscando.

O vôo das borboletasOnde histórias criam vida. Descubra agora