Enquanto Mon aguardava Heng voltar, viu Nitta chegando no hospital. Pensou qual seria a melhor forma de abordá-la e fazê-la entender o passado, mas principalmente o presente. Mon precisaria de toda ajuda possível para descobrir os integrantes da gangue e apesar de Nitta ainda guardar mágoa por Charlote, algo dizia a Mon que no fundo Nitta sabia a verdade, mas a verdade a machucava demais para admitir, era mais fácil culpar Mon por tudo. Mas a prioridade era ver seu amigo.
- Oi, Mon, vamos? Desculpe a demora mas a menininha estava muito relutante para a coleta de sangue, tadinha.
Chegaram na ala da UTI e Mon caminhou até ao leito de Nop. Ela já tinha visto o efeito da surra, mas com ele acordado, parecia pior. Nop estava tentando se ajeitar na cama fazendo caretas de dor.
- Nop, amigo! - diz Mon se aproximando e segurando sua mão.
- Mon, amiga que bom te ver. Eu fiquei preocupado de eles tentarem atacar você também, mas depois só lembro que caí no chão e acordei nessa cama.
- Ah, Nop, eu sinto tanto, mas tanto! Você teve um ferimento a faca e passou por uma grande cirurgia. Só de pensar que quase perdemos você.
- Heng me contou os detalhes, mas graças a Deus a ao chefe de cirurgia, cá estou eu de novo para encher sua paciência. Você pensou que seria tão fácil se livrar de mim? - disse Nop chorando.
- Ah, garoto para. Vou borrar a minha maquiagem - diz Mon sorrindo e todos riem juntos.
- Amigo, preciso te contar. Minha mãe foi sozinha na casa de seus pais. Chamou seu pai de "covarde de merda" e mostrou fotos de como você ficou depois desse ataque.
- Ela o que? Meus pais? Meu Deus Mon, meu pai é violento. Sua mãe não podia ter ido sozinha - diz Nop.
- Sim, ela disse que se ele tentasse alguma coisa chamaria a polícia e a advogada dela - diz Mon sorrindo.
- A sua mãe é uma mulher incrível Mon, realmente ir assim sem pensar no que aquele homem poderia ter feito - diz Heng.
- Ah, outra coisa. Ela disse que eles estão proibidos de te procurar sem autorização porque agora você é filho dela - disse Mon.
- Meu Deus, eu queria muito ter visto a cara do meu pai, juro. Minha mãe é totalmente submissa e não tem força para reagir, sinto pena. Mas agora eu ganhei uma nova vida: Tenho um namorado lindo, uma mãe maravilhosa e a melhor irmã que eu poderia sonhar. Vem aqui irmã e me dá um abraço - Os dois se abraçam emocionados. Nop ficaria bem.
- Nop, preciso resolver uma coisa. Heng, onde fica o escritório da Nitta, a advogada?
- Nitta? Mon o que você... - diz Nop.
- No mesmo andar do chefe, sendo que duas portas antes da dele.
- Ok, meninos, já volto - diz Mon saindo da UTI.
Entra no elevador e automaticamente se lembra de Sam, das provocações, da irritação que causavam uma na outra, mal sabendo que já era o amor dando seus sinais.
- Ah, baby, eu estou sempre com saudade de você - pensou Mon.
Respirou fundo e se concentrou na conversa difícil que a aguardava. Encontrou a sala e bateu. Lá de dentro ouviu "Pode entrar" e entrou devagar. Nitta estava de cabeça baixa, examinando alguns papéis em cima da mesa, quando olhou e viu Mon, se levantou bruscamente.
- O que você está fazendo na minha sala? Você sabe que não é bem vinda - disse Nitta.
- Nitta, você poderia me ouvir antes de gritar? Só te peço dez minutos, só isso, depois vou embora.
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O vôo das borboletas
FanfictionKhun Sam Anuntrakul, 27, anos fez toda sua residência em neurologia no Hospital Phyathai 2 e dedica seu tempo à profissão e mais nada. Apenas raras saídas com amigos, alguns flertes e relações relâmpagos para aliviar a tensão do dia a dia, mas nada...