Capítulo 36: INDIFERENÇA

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YAN

Quando os aplausos cessam, logo uma música alegre se espalha no ar.

Posso ver o rosto do homem que comprou meu quadro? – Daniel pergunta a Elliot.

Ele cuidadosamente tira a máscara do rosto, mostrando sua face.

— Há Quanto tempo? – Meu amigo fala de forma fria. Olhei para Daniel que estava de boca aberta.

— Elliot? – Mas como sempre, Daniel era imprevisível e se joga nos braços do meu amigo, o agarrando pelo pescoço em um abraço!

Elliot fecha suas mãos em punho com receio no olhar, mas percebi que ele estava abalado pelo gesto do rapaz.

Por favor você pode me largar? – Ele o pega pelos ombros, o afastando de si, tentando recuperar a postura e a seriedade.

Você tá incrivelmente lindo, não que você não fosse, mas o tempo só te fez bem... – Daniel fala meio que encantado.
Pena que eu não posso falar o mesmo de você! – Os olhos do meu amigo foi descendo pelo corpo do rapaz, que estava vestido de forma extravagante e exagerada.

A frieza que meu amigo usou na voz, impressionou até a mim!

Mas estranhei sua constatação, minutos atrás ele tinha dito que o demônio era maravilhoso e parecia encantado também.

Daniel abre a boca para responder, mas meu amigo simplesmente vira as costa e sai andando.

Com licença eu tenho algo a fazer. Espero que vocês se divirtam. – Ele fala se afastando.

O que foi isso? – O anjo ao meu lado pergunta para seu amigo.
Uma longa história... – Ou ele realmente sabia fingir muito bem, ou as palavras duras do meu amigo não o machucou nenhum pouco.
Como é ser tratado com indiferença Daniel? – Tive uma necessidade de tirar minhas dúvidas.

Ele me olha com uma cara de deboche que me irritava profundamente.

Você acha que o quê seu amigo falou me afetou? Olha pra mim... se eu estalar os dedos aparece um gostoso que pensaria diferente dele. – Ele olha por cima do meu ombro e abre um sorriso malicioso.

Não demora muito tempo, um cara aparece do nada no meu campo de visão.

Desculpas por não ter conseguido comprar o quadro... realmente chegou ao um nível de preço que eu não podia pagar... – O filho de um empresário que eu conhecia muito bem fala. Ele que estava disputando com o Victor.

Sem problemas, mas você pode me chamar pra sair. – Daniel usa uma voz sensual, deixando ele mais encantado.
Podemos ir para um lugar reservado? – O cara pergunta para Daniel com segundas intenções.
Claro... – Reviro os olhos depois da resposta do Daniel.

Dan, você disse que... – Sammy parece chateado ao falar, mas foi interrompido pelo seu amigo.
Tá tudo bem San, vai ser só uma despedida. Eu prometo que depois disso eu me comporto.
Então o que eu vim fazer aqui?
Veio se divertir – Ele fala simplesmente, dando um beijo na testa do mesmo. Daniel pede para ele se cuidar e que qualquer coisa poderia ligar pra ele.

Sammy tenta argumentar, mas seu amigo dá as costa o deixando ali comigo.

Olho para Elliot que estava um pouco distante, mas vejo que ele segue Daniel com o olhar, até o demônio sumir porta fora do salão.

Poxa... ele é tão imprudente. – O anjo ao meu lado fala mordendo os lábios, completamente frustrado.

Você quer uma carona? – Pergunto, ele afirma com a cabeça bastante frustrado.

Entrelaço meus dedos nos seus, abrindo caminho até Elliot.

Vai precisar de ajuda? – Pergunto ao meu amigo, que estava conversando com um homem que sai logo em seguida.

Não, leve seu anjo tatuador em segurança para casa... eu cuido do resto aqui. Mas vai ficar me devendo uma. – Ele abre um breve sorriso, que eu sabia que era forçado.

Tudo bem, depois eu te compenso.
Acho que você vai pagar a tatuagem que eu tô pensando em fazer. – Ali estava ele novamente tentando me provocar.

Fico sério pela sua provocação, ele tinha um dom de me irritar como ninguém.

Não me irrite...
Calma... tô brincando. – Ele fala levantando as mãos, mas sua voz era zombeteira.
Vou sair desse lugar antes que eu faça uma besteira com você. – Falo revirando os olhos.

Elliot parecia um pouco animado, me irritar realmente o deixava contente.

Tchau anjo tatuador, a gente se ver por aí... – Ele fala para o lindo anjo, que da um singelo sorriso e um breve tchau.

Quando finalmente o elevador abre, tem um jovem casal heteroafetivo se pegando lá dentro, quando o casal percebe nossa presença, eles tem uma crise de risos! Mas tentam manter a postura.

Eu e Sammy ficamos em um canto, ficando de costas pra eles, ainda bem que o elevador abre em seguida e podemos sair dali.

Desde que entrelacei meus dedo no dele, ainda não tinha soltado.

A gente parecia um casal de namorados, não sei porquê, mas, essa sensação me deixa contente.

Olho para ele que estava sorrindo timidamente, até vermelho estava. Tive uma necessidade enorme de saber o que passava nessa cabecinha.

Um beijo pelo seus pensamentos...
Para, eu não vou falar... – Ele responde ficando mais vermelho. Finalmente chegamos em meu carro.

Como sempre abro a porta pra ele, mas dessa vez, ele entra com dificuldade por causa das asas.

E quando ele consegue entrar, bato a porta do carro, dou a volta e entro em seguida.

Pode me ajudar a colocar o cinto..? eu não consigo! – Me aproximo dele para pegar o cinto, mas acabo me prendendo no seu olhar e é inevitável não beijar sua boca.

Por favor... – Ele já se encontrava com falta de ar, depois do beijo que o dei.
Eu não consegui resistir a sua boca – Falo deixando ele vermelho.
hm... eu também não, mas você pode me ajudar? – depois de mantê-lo seguro em meu carro, seguimos ao seu apartamento.

Seu amigo parece um cara legal... porque ele tratou Dan daquela forma? – Ele parecia confuso e sonolento.

Acho melhor seu amigo explicar. – Respondo sutilmente.
Você tem razão... – Paro em um sinal vermelho e olho em sua direção. Ele estava com os olhos fechados. Parecia que estava exausto!

Ser amigo do Daniel deveria ser muito cansativo para ele.

Traumas do passado +18Onde histórias criam vida. Descubra agora