Capitulo 26: MAR

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YAN

O que eu tinha acabado de fazer? Até parecia que eu não tinha controle das minhas ações novamente! quando eu pensava e estava com ele, me deixava levar pelo desejo.

Sento ao seu lado na rocha, estava incrivelmente duro! Tinha que arrumar uma maneira de me distrair.

Esse brigadeiro estava horrível! – Início uma conversa.
Pelo valor que você pagou, podia ser melhor! – Ele fala rindo, sua risada se espalhou pelo local, me causando frio na barriga como sempre.
Por isso eu não gosto de comprar certos alimentos assim. – Falo tentando me controlar.
Se eu pegasse a metade desse dinheiro e tivesse comprado os ingredientes, eu teria feito um brigadeiro muito mais gostoso. Se tem uma coisa que eu odeio, é gastar dinheiro com comida ruim. – Ele fala meio decepcionado e isso me afeta.
Espero que pelo menos ele use o dinheiro em uma coisa útil. –  Mudo de assunto.
Eu também... no fim valeu apena. – Ele conclue.

Olho para ele e seu olhar estava perdido no mar.

Uma necessidade de saber o que ele estava pensando me invade.

Um beijo pelos seus pensamentos. – O provoco.
Vamos tomar banho de mar? – Ele fala com um sorriso no rosto.
Não, nem pensar... – Digo e ele sai da rocha e puxa minhas mãos.
Vamos, por favor! – Ele insiste e humor estava na sua voz. Ele continuava a puxar a minhas mãos, me arrastando para a direção do mar.

Quando estávamos perto do mar, eu paro. Impedindo ele de seguir em frente e o puxo para os meus braços.

Você não quer tomar banho de mar! Só tá querendo me provocar! acha que eu já não te conheço? – Ele sorrir com um semblante de inocente.

Como ele conseguia ser tão infantil assim? Como eu iria levá-lo a sério com esse rosto de neném? Como eu ousava pensar coisas impuras em relação a ele? Como ele me atraia tanto? Era várias perguntas!

Uma brisa forte me tira dos meus devaneios e mesmo nos meus braços, sentir seu corpo tremer.

ui, que frio! – Ele exclama e solto ele, tirando o meu casaco para poder agasalha-lo.
Tomar, veste isso, você vai se sentir melhor.
E você? – Ele parecia preocupado.
Eu não vesti isso pensando em mim... pensei que você pudesse precisar, pega logo, não quero que você fique doente por minha causa. – Falo simplesmente.

Ajudo ele a colocar o casaco em volta do seu corpo, que ficou muito maior do que sua camiseta.

Com certeza, ele estaria bem protegido do vento agora.

Vamos, já tá na hora da gente ir. – O chamo para ir embora.
Não, por favor! Só mais um pouquinho. – Sua voz era manhosa, como de uma criança fazendo birra.
Segurei a vontade de rir.

Se eu prometer te trazer outras vezes, você aceita ir embora agora? – O proponho.
Claro... tá prometido, não pode voltar a trás. – Ele concorda com um grande sorriso e passa por mim caminhando em direção as escadas, onde levava ao meu carro, que estava não muito longe da li.

E novamente ele se comporta como uma criança, que acabou de fazer um grande negócio.

Fico sorrindo feito um bobo, em quanto ele se afasta cada vez mais de mim.

Quando vejo que ele está distante, corro para tentar acompanhá-lo.

Mas ao perceber que eu estava correndo para acompanha-lo, ele corre me deixando para trás, logo sobe as escadas e fica me olhando do corrimão com um sorriso de vencedor.

Antes de chegar aonde ele estava, um cara se aproxima dele e parecia puxar papo.

Cheguei a tempo de ouvir quando ele dizia.

É lindo não é? – Mas Sammy não respondeu, se mantendo calado. Foi o tempo de eu chegar e abraçá-lo.

Vamos pra casa? – O pergunto, ele confirma com a cabeça e eu o aperto em meus braços.

Antes de ir, olho para o cara como se quisesse matá-lo.

Abro a porta do carro para que ele possa entrar, dando a volta, entrando em seguida.

Literalmente você não pode ficar 20 segundos sozinho – Falo colocando o cinto, vendo que ele já tinha colocado o seu.

Não gosto quando caras estranhos vem fala comigo... – Ele parecia muito incomodado ao falar.
Você tá bem? –  Pergunto, pois ele estava pálido.
Agora tô... – Ele responde soltando o ar.
Se você quiser, eu vou lá, dá uns tapas nele. – Falo sério, só que ele rir, achando que era brincadeira.
Bobo... – Sua voz estava mais relaxada agora.
Eu tô falando sério, como ele ousa dá em cima do que é meu? Quer dizer... desculpas. – Onde eu estava com a cabeça?

Como ele não fala nada, eu ligo o carro e faço um retorno pegando a pista principal. O trânsito de volta estava horrível!

Não demora muito para uma música preencher o meu carro. Sua voz era feminina e eu não sabia de quem se tratava. Mas gostei quando eu ouvi ele cantando baixinho com a cantora.

Depois de um bom tempo finalmente chego ao seu condomínio. Ficamos um bom tempo em silêncio, ele sem sair e eu sem querer que ele saia!

Mas o silêncio era perturbador, necessitava ouvir sua voz. Será que ele estava chateado por alguma coisa que fiz ou falei? Então sou eu, o primeiro a quebrar esse silêncio.

Traumas do passado +18Onde histórias criam vida. Descubra agora