Capítulo 75: PASTA

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SAMMY

Passei um bom tempo olhando para a porta que ele passou e ainda não estava acreditando na maneira como ele me tratou! Ele estava tão frio... será que ele está com raiva de mim? Com raiva por eu ter ido pra casa domingo? Mas ele falou que estava tudo bem!

Senti uma tristeza horrível dentro de mim! Uma lágrima solitária desse pela minha bochecha e a enxugo de imediato. Eu sabia que deveria ter mais confiança em mim mesmo, mas a verdade era que isso não era tão fácil.

Vou para o balcão desanimado, tentando não ficar abalado pelo que aconteceu, eu precisava me recompor antes do meu funcionário chegar, ele não podia me ver assim.

Então tentei pensar que talvez ele realmente tivesse uma reunião importante e foi por isso que ele ágio assim. Quando sento no banco vejo que tem uma pasta no balcão.

Tinha o nome dele completo e a palavra importante. Sem pensar, acabo ligando pra ele. Ele atende de imediato e explico a ele da pasta que ele esqueceu aqui. Ele pediu pra que eu fosse deixar até ele, porque ele não podia descer novamente.

Quando estou dizendo que só posso quando Paolo chegar, o mesmo chega. Então digo que posso ir, ele me explica como devo fazer para que posso chegar em sua sala e que ele deixará avisado para que meu acesso seja liberado.

Deixo meu funcionário encarregado em meu lugar. Na verdade eu não viria hoje, mas como tivemos duas pessoas querendo fazer tatuagem grande e única, desenhado por nós, isso me deixou muito animado em vim. Nunca mais tinha desenhado uma tatuagem nova.

Quando saio do elevador, dou de cara com uma porta grande que era guardada por um homem que me cumprimentou com a cabeça e abriu a porta em seguida para mim, permitindo que passasse por ela e assim fiz.

Precisei passar por outra porta para chegar à recepção e logo uma mulher muito linda, que estava sentada a uma mesa, se levantou confusa. Ela dá uma avaliada em minhas vestes que como sempre era desleixada!

Meus cabelos estavam em um coque desajeitado, como eu gostava. Até que deixava meu rosto bonito esse tipo de penteado. A mulher de cabelos pretos e longos fala de um jeito antipático.

— Como conseguiu entrar aqui? Essa área é privada... vou chamar o segurança! – Sua voz carregava um certo desprezo. Tive que falar rápido pra poder me explicar.
— Foi o Yan que me deu permissão, ele esqueceu essa pasta no meu estúdio, foi ele mesmo que me mandou vir até aqui deixá-la.  – Ela franziu as sobrancelhas, relaxando um pouco. Mas sua postura rude se manteve!
— Pois pode me entregar que eu mesmo entregarei a ele. – Ela fala de modo frio esticando a mão para alcançá-la. Eu que estava abraçando a pasta, pensei um pouco se simplesmente entregaria a ela.

Mas acabei cedendo e quando estiquei a pasta para dá a mulher desagradável, uma porta que tinha o nome do meu namorado foi aberta de repente. Ele sai de dentro e não demora a dar um sorriso em minha direção, aquele sorriso que abala todo meu ser.

— Vem aqui.. – Ele me chama olhando para mim. Obedeço e vou até seu encontro, que está com a mão esticada para que eu possa pegar e assim faço. Ele passa a outra mão pelo meu rosto de forma carinhosa e me pergunta se eu gostaria de conhecer a sala dele. Afirmo com a cabeça.

— Não quero que nada e nem ninguém nos incomodem! – Ele fala de um modo frio e grosso para a secretária que diz sim senhor. Olho para ela antes de passar pela porta e dou um sorriso, mas não foi um sorriso qualquer, foi um de deboche pela maneira que ela me tratou. A mesma estava de boca aberta, com certeza ela jamais esperaria por isso.

Sim, eu queria colocá-la em seu lugar, mostrar que apesar das minhas roupas, eu não era uma pessoa qualquer. Ela me julgou pela maneira que eu estava vestido e eu a julguei pela sua grosseria. A propósito quem era ela, comparado ao namorado do futuro CEO?

Entro dentro da sala e de cara meus olhos se prendem no quadro que eu desenhei! Ele estava em um canto na parede, acima de um luxuoso sofá. Abro um sorriso de contentamento em ver que ele realmente tinha o pendurado na parede.

Adentro ainda mais na sala prestando atenção em cada detalhe. O lugar era amplo com uma mesa e cadeiras. A iluminação era perfeita por causa de uma janela enorme, que ia do teto ao chão.

Quando me dei conta, eu já estava de frente para ela, subindo em um degrau que fazia parte da janela. Me apoiei no vidro, vendo a paisagem linda que se estendia adiante, realmente de tirar o fôlego.

— Lindo não é? – Yan pergunta atrás de mim, ele estava tão perto que senti sua respiração quente em meu pescoço e um arrepio já toma conta do meu corpo quase que instantaneamente! Mas consegui responder.

— Sim... de tirar o fôlego. – Mesmo com dificuldade, consigo responder. Porque sua mão já estava em volta do meu pescoço e sua boca em minha orelha!
— Nem acredito que meu plano deu certo! – Eu já não conseguia raciocinar, me encontrava em estado de excitação.

Mas não deixo esse sentimento me consumir por muito tempo e me afasto. Como ele ousa me tratar dessa forma depois de me tratar de modo frio? Me viro, lhe afastando de mim, achando seu olhar, que estava em chamas, mas ignorei.

— Como assim plano? – Ele não precisava explicar, eu já entendi que tudo foi uma forma de me trazer até aqui, mas tinha uma coisa que não fazia sentido, então apenas perguntei, não dando chance dele responder a primeira pergunta.

— Se você me queria aqui, porque me tratou daquela forma?
— Porque tive medo de perder o controle com você lá, afinal lá tem câmeras e seu amigo tem acesso! – Ele fala como se não conseguisse realmente se conter.

— Ele não tem mais acesso, chegamos a conclusão de que já bastava eu... – Ele mostrou uma certa surpresa ao que falei, mas ele disse em seguida.
— Mesmo assim, lá não tem a privacidade que eu quero ter com você! – Foi impossível não engolir em seco.

— Eu necessito de você Sammy, eu não quero e nem vou me conter aqui! Mas também não quero que você  se sinta forçado a nada. – Ele fala de forma que não escondesse sua real intenção! Ele me puxa de encontro ao seu corpo nos unido e já pude sentir seu membro duro, enquanto sua boca captura meus lábios com destreza.

— Yan, Alguém pode bater! – Falo quando me afastei procurando seus olhos que estava escuro de desejo!
— Ninguém vai, só se permita, eu realmente preciso de você. – A forma como ele falou, quebra a barreira que eu tentei criar. Porque eu também precisava dele, eu o realmente queria, ali e agora.

Dei adeus a qualquer sanidade que eu tivesse. Mesmo assim, tinha uma voz na minha cabeça dizendo pra eu não fazer isso. Eu sabia que era a minha razão. Mas a empurrei para um lugar distante, onde não pudesse escutá-la e me entreguei a esse homem que talvez tinha perdido sua razão também.

Traumas do passado +18Onde histórias criam vida. Descubra agora