YAN
Dei espaço suficiente para ele passar por mim.
— Estou faminto... – Ele fala depois de ter se afastado.
— Quer que eu peça alguma coisa para a gente comer? – Pergunto.— Não, eu gosto de fazer a minha própria comida, só em pensa em esperar... não tenho paciência. – Ele declara passando por mim, indo em direção a uma pequena cozinha americana.
Ele lava as mãos e em seguida vejo ele abrindo o armário e pegando um saco de pão. Abre a geladeira e tira queijo e presunto.
Ele era eficiente ao montar os sanduíches, os colocando na sanduicheira.
Enquanto isso, ele pega dois maracujá médios e parte ao meio ambos, colocando em um liquidificador, ligando o objeto.
Em seguida, ele pega um prato e tira os dois sanduíches e coloca mais dois no lugar e tira o objeto da tomada.
Segundos depois, ele pega o copo do liquidificador, pega uma peneira e uma jarra de vidro e coa o suco, em seguida enchendo dois copos que coloca na nossa frente.
— Você não é daqueles tipos de cara que precisa de garfo e faca para comer um sanduíche de presunto e queijo não né? – Ele me alfineta pegando um dos sanduíche o levando a boca, mordendo com vontade.
Ia fazer a mesma coisa que ele, só que antes que eu pudesse pegar o sanduíche ele bate na minha mão e fala.
— Vai lavar a mão! – Ele me repreende como se eu fosse uma criança de cinco anos.
Acho que nem Mary nunca tinha feito isso comigo. Por quê até isso me encantava? Seguro a vontade de rir.
Atravesso a cozinha indo em direção a pia, lavo minhas mãos, secando em papel toalha e volto para o meu lugar.
Pego o sanduíche e começo a comer. Ou eu estava com muita fome ou esse sanduíche estava delicioso!
Logo comemos os primeiros sanduíches e ele tira os dois últimos da sanduicheira. Ele revira os olhos a dar uma boa mordida no seu. Me controlo pra não pensar besteira!
O suco era forte e tinha pouco açúcar, como eu gostava.
— Tá tarde, você quer dormir aqui? – Me surpreendo pelo convite inesperado! Mas ele continua a falar.
— Você dorme no meu quarto e eu no quarto do Dan... – Ele fala rápido, mostrando um certo nervosismo! Mas acaba falando sem pensar.
— Se eu for dormir aqui, quero dormir no mesmo quarto que o seu. – Ele parecia arrependido pelo convite.Seria a primeira vez que passaríamos a noite no mesmo teto, não iria querer que fosse em quartos separados.
— É que eu... – Ele tenta argumentar.
— Você sabe que jamais faria algo sem sua permissão né? Se essa é sua preocupação, eu prefiro dormir em casa. – Não consegui disfarçar minha frustração ao falar.— Eu realmente confio em você, é só que... – Me senti mal por fazer ele se sentir acuado! Pego uma de suas mãos e ela estava tão gelada! Como ele estava nervoso, só queria tranquilizá-lo.
— Tá tudo bem San, não fique assim, eu vou dormir em casa... – Ele me interrompe.
— Nós dormiremos juntos então! – Ele fala por fim. Concordo com a cabeça, mas com receio de está sendo invasivo.A propósito, acho que ele só queria ser educado.
Com eficiência ele arruma toda a cozinha, parecendo que não tinha feito nada ali!
O sigo até o quarto que era sufocante e pequeno, mas muito bem organizado.
— Você pode me ajudar a tirar essas asas? Elas já estão me matando! – Agora que me toquei que ele ainda estava fantasiado, de máscara e tudo!
— Claro que posso... – Digo, me apressando para tirar.
— Cuidado para não quebrar, eu quero pendurar na parede.
— Tudo bem... – Tiro com dificuldade, mas intacta.Coloco as asas em um canto, em cima de uma cadeira e ele caminha para o guarda-roupa, tirando a máscara do rosto e colocando em uma penteadeira próxima. De dentro ele tira duas peças de roupas brancas.
— Eu posso tomar banho primeiro? Aí depois é você. – Concordo com a cabeça e o vejo passar na porta que levava ao banheiro.
Tento me distrair, olhando algumas fotos espalhadas pelo seu quarto. Tinha fotos nas paredes, acima da sua escrivaninha, acima da cama e até no guarda-roupa.
Fui olhando uma por uma fascinado, tinha várias expressões no seu rosto, felicidade, pensativo, tímido e por aí vai...
Mas não demora muito para ele sair do banheiro, enxugando seus cabelos molhados, com os fios caídos na testa.
Ele não estava muito diferente do que estava momentos atrás, pois ele continuava de branco, não saindo muito do personagem de anjo.
Só que seu rosto estava um pouco vermelho e não havia mais nenhum traço da maquiagem.
E eu preferia assim, natural. Mesmo que parecesse uma criança!
Ele me entrega a toalha e diz que vai procurar uma roupa para mim enquanto tomo um banho.
Ele parecia tão exausto que não iria perde mais tempo.
Entro no banheiro minúsculo, tirando as minhas roupas, a pendurando em um suspensório e vou para o chuveiro, o ligo e de lá sai uma água gelada!
Olho em uma prateleira e vejo um sabonete de bebê! Porque que eu não estava impressionado? Desligando o chuveiro pegando uma quantidade generosa do líquido.
Esfrego o na mão e em pouco tempo, estou passando na nuca, pescoço, ombro, costa, peitoral, e abdômen.
Tento não me trair e pensar em coisas que eu não deveria pensar, mas é inevitável!
Já me encontrava duro, nego com a cabeça, não queria fazer isso, não queria me tocar, não aqui!
Mas nessas últimas semanas, essa era a minha única fonte de prazer.
Apoio minhas mãos na parede tentando desesperadamente me controlar.
Mas momentos depois, minha mão direita está no meu membro e a outra se apoiando na parede, me dando equilíbrio.
Fecho os olhos mordendo os lábios com força para evitar um gemido, que estava querendo passar por minha garganta quando eu simplesmente chego lá.
Depois de limpar qualquer rastro do meu mau comportamento, me enrolo na toalha e paro em frente ao espelho.
— Você é patético sabia? – Sussurro a mim mesmo completamente frustrado.
Jogo algumas mechas dos meus cabelos para trás, que caíam na minha testa.
Visto pelo menos a cueca antes de sair do banheiro.
Ele já estava dormindo, agarrado ao um travesseiro, alheio em sua inocência angelical.
Uma roupa estava separada na ponta da cama, pego apenas a calça fina e a visto. Me surpreendendo pelo fato de ter me vestido bem! Ele realmente usava roupas muito largas pra ele.
Decidi não vestir a blusa, achando o lugar quente! Como ele conseguia dormir com tanta facilidade? Até cheguei a sentir inveja dele.
Com cuidado vou para o lado vazio da cama, o envolvendo com meus braços. Crente que não iria conseguir dormir como tadas as noites.
Mas sou arrastado em um sono profundo e antes de adormecer, respiro profundamente, absorvendo seu cheiro maravilhoso de bebê.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Traumas do passado +18
RomanceYan e Sammy são pessoas distintas, que carregam traumas horríveis dos seus passados! Sam um tatuador, que sofreu homofobia por parte de sua família, foi expulso de casa com 15 anos! Passou anos em um relacionamento tóxico, até o preço de sair dessa...