Capitulo 56: SAUDADES

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YAN

Entro no estúdio e como na maioria das vezes, minha chegada era anunciada pelo sino na porta.

Ele se encontrava sentado na poltrona com o celular na mão e se levanta rápido o guardando ao me ver e abriu um lindo sorriso.

Ele estava muito lindo de calção branco rasgado, uma blusa vermelha de mangas compridas e uma rasteira nos pés. Ele estava casual, mas estava realmente lindo aos olhos.

— Vou pegar minha mochila pra gente... – Não deixo ele terminar a frase e o peguei pelo braço e faço como dá outra vez, o pressionando em um canto nas prateleiras, só que eu não o beijo! pego no seu rosto o encarando... ele parecia confuso. 

Depois pego sua mão direita e coloco no meu coração em seguida, que estava muito acelerado, como se a qualquer momento pudesse explodir e pergunto. Precisava desesperadamente saber!

— Você sentiu minha falta? – Porque ele era tão controlado que às vezes questionava se ele sentia o mesmo que eu! Ele engole em seco e responde.
— Sim, como se tivesse faltando uma parte em mim! – Ele também pega a minha mão e o leva ao seu peito, mostrando que o que eu estava sentindo era recíproco.

Finalmente o beijo, unido nossos corpos por completo, não me importando pelo fato de estar completamente duro! Na verdade eu queria que ele soubesse.

Como todas as vezes ele geme correspondendo ao beijo. Como senti saudade dessa voz linda, do seu cheiro invadindo minhas narinas, da sua pele macia.

Tudo era tão inebriante que era difícil me controlar! Me aprofundo mais no beijo,  mordendo seu lábio inferior, tirando gemidos mais altos dele.

Ele estava ficando bom nisso, ou talvez poderia ser saudade também! A gente passa um bom tempo se beijando. E estava delicioso e muito excitante.

Não iria mais me conter. Meto minha mão dentro do seu calção e apertei com força sua bunda, fazendo ele rosnar, jogando  sua cabeça para trás em resposta! Esse som foi sexy demais.

Mas não demora muito para que ele me empurrasse para longe de si, quebrando o nosso contato como todas as vezes que eu passava dos limites.

— Você pode se controlar só mais um pouco..? Até chegar na sua casa? Aqui agora tem câmeras! – Ele está tão vermelho e nervoso que não sei como ele não gaguejou.

Dou uma rápida avaliação no lugar e realmente tinha duas câmeras, uma na entrada e uma acima do balcão.

Não sei porque eu fico ainda mais excitado. Inverto nossa posição ficando assim de costas para as prateleiras e ele de costas para câmera. Olho para a câmera e dou um sorriso malicioso.

O puxei para meus braços,  aperto sua bunda novamente quando passo minha língua no seu pescoço o mordendo em seguida, ele geme e se afasta de mim, procurando meu olhar.

— O que você... acha que... tá fazendo? – Ele realmente ficou nervoso ao perceber o que eu pretendia fazer.

— Queria muito saber como nós ficaríamos em um vídeo erótico... – Respondo e ele bate nos meus peitos em punhos fechados. Ele ficava tão fofo assim. Segurei a vontade de rir

— Não brinca... Dan tem acesso a essas imagens também! – Ele me avisa e isso foi um banho de água gelada e rapidamente me recomponho.

Estávamos do lado de fora e ele estava fechando o estúdio e fiquei chocado pelo fato dele fazer isso com agilidade e eficiência. Na outra vez eu ajudei, mas dessa vez ele disse que não precisava.

— Nossa você é muito bom nisso, não precisa de força para fechar? –  Pergunto ainda impressionado.

— Sim... mas é mais jeito. – Ele responde depois de terminar completamente, se virando para mim e continua falando.

— Não se engane com meu jeito, eu sou mais forte do que aparento...
— É mesmo..? – Eu o provoco mesmo sentindo uma confiança absurda no que ele falava.

Ele começa a andar de costa e eu o sigo então ele conclui.

— O pai do Dan faz defesa pessoal e ele ensinava a gente até perceber que eu já sabia, então eu e o  Dan sempre estamos praticando sozinhos... fora que desde o meu cinco anos eu fui treinado para entrar no exército, então não zombe de mim! – Ele rebateu de forma elegante e não sei porque fiquei encantado por essa informação.

— Entendi, me desculpe... – Falo quando chegamos ao elevador e ele aperta o botão e logo as portas se abrem e entramos dentro.

Como sempre ele se mantém afastado de mim, por receio que talvez alguém fale alguma coisa, não sei. Isso me incomoda, mas não tem nada o que posso fazer.

As portas se abrem e isso me distrai, mas gostaria que elas não tivessem aberto! Em seguida entra alguém que eu conhecia há muito tempo! O cara que eu fiquei pela primeira vez! O destino só pode tá querendo me testar!

Não, ele não era meu primeiro amor ou algo do tipo, foi graças a ele que eu preferi ficar com garotos de programa. Ele era um pé no saco.

Quando seus olhos caem sobre mim, ele demonstrou uma felicidade exagerada e me abraçou e não soube como agir! Ele passa sua mão direita no meu ombro até meu abdome de modo provocativo, mas foi muito rápido e fala.

— Eu não acredito! Yan? Quanto tempo? Depois a gente marca um encontro, estou morrendo de saudades de você! – Não deu nem tempo de dar um chega pra lá nele, as portas se abrem novamente e ele solta um beijo em minha direção e sai em seguida.

Olho para o Sammy que estava de boca aberta, mas não foi isso que me incomodou, foi o fato dele mostrar um desprezo enorme em minha direção.

E podia sentir ali que eu estava completamente ferrado! Queria me explicar, dizer que não era nada disso que ele estava pensando, mas não deu tempo para nada!

A porta se abre no estacionamento e ele sai rapidamente dali, não sei o que falar e só mostro onde meu carro está estacionado e seguimos em direção a ele em silêncio.

Quando chegamos ao carro ele é rápido ao entrar, não me dando chance de abrir a porta. Ele pede sua mochila de forma grosseira batendo a porta em seguida!

Porra! Ele estava pensando besteira, ele realmente estava tão zangado, muito mais do que naquele dia que falei mal do seu amigo!

Traumas do passado +18Onde histórias criam vida. Descubra agora