Traumas do passado +18

Capítulo 49: ABUSO

SAMMY

— Seu pai quase me fudeu hoje sabia? E agora vou fuder você! – O que aconteceu? O que meu pai fez? Porque ele está agindo assim?

Fazia duas semanas que eu estava morando com ele e ele estava me tratando bem. Só estava esperando o pedido de namoro.

Mas ele estava sendo fofo, dando espaço e se mantendo no seu lugar, me deixando processar tudo que tinha acontecido desde a expulsão que me levou até ali.

Depois que meu pai me expulsou de casa, a única pessoa que me aceitou foi ele, a gente estava se conhecendo, quando fui descoberto pelo meus pais. Só tinha ele pra ligar.

Mas a verdade era que eu não o conhecia de verdade e agora vejo que foi um erro horrível que eu tomei em vim para cá. E descobri da pior maneira! Mas pra onde eu iria?

Mas agora eu estava nu, de barriga pra baixo em cima da cama e seu corpo estava sobre mim! Me forçando, com sua mãos em volta do meu pescoço. Meu rosto estava forçado na cama.

— Eu não... quero... fazer isso... por favor... – Minha garganta estava fechada e as lágrimas estavam fazendo isso ficar pior! Cada palavra dita por mim foi agoniantes.

Ele quer ter relação comigo, mesmo eu dizendo que não. Mesmo eu não estando pronto! Mas pra mim, não era uma escolha.

— Já faz tempo que a gente anda ficando e agora você até já mora comigo... acho que mereço um agrado por tudo que já fiz por você. Não acha? Então só relaxa e curte o momento, tenho certeza que você vai gostar! – Ele fala abrindo minhas pernas de modo brusco.

— Eu quero a minha mãe... papai... – Chamando meus pais eu choro enquanto tento lutar, para tentar escapar, mas isso pareceu apenas divertir ele, que segura meus dois braços e sinto seu membro me invadir, se estalando dentro de mim, me causando uma dor avassaladora...

Sou arrastado lentamente do pesadelo, o sonho e a realidade se misturava, ainda podia senti a dor me rasgando de fora pra dentro.

Meus olhos estavam fechados, mas as lágrimas queimava meu rosto, só queria abri meus olhos e acordar desse pesadelo. Mas eu sabia o que vinha em seguida, quando finalmente abrisse meus olhos.

Quando os abrisse, aconteceu a seguinte etapa, que era o pânico por não conseguir respirar, meu coração batia tão rápido, que parece que ia explodir!

O que vem em seguida era eu juntar todas as minhas forças e me arrastar pra fora da cama, só que esse processo era mais difícil, pois o quarto era maior que o anterior, e a cama ficava afastada do banheiro!

Mas saio cambaleando até o meu destino final, que era na pia, a onde tinha uma prateleira que estava a lâmina que eu tinha prometido nunca mais usar!

Mas só agora vi que essa promessa foi vazia, se não eu não teria guardado em um lugar de fácil acesso.

Era como um ritual, olhando no espelho tento contar até dez, controlando a respiração, deixo a lâmina cair na pia depois de cortar meu pulso e em seguida deixo meu corpo escorregar até o chão gelado.

Rapidamente a dor emocional vai sendo substituída pela dor física, me trazendo totalmente pro presente. Com lágrimas descendo no meu rosto, me prometo que tudo iria ficar bem.

Já tinha tomado banho e feito um curativo e vestido uma camiseta de mangas longas como de costume.

Mando uma mensagem para o Paolo, me sinto mal por pedir a ele pra ficar essa semana toda no estúdio no meu lugar.

Ele disse que não preciso me preocupar, mas era impossível não se sentir mal, por já está explorando ele.

Estava sem fome e não queria descer, sabia em que situação eu estava agora e não queria causar pena em ninguém.

Mas não demora muito para Daniel entrar no meu quarto.

— Teve um pesadelo? – Ele pergunta ao dá de cara comigo, afirmo com a cabeça tentando me manter tranquilo.

Mas ele vem ao meu encontro me abraçar. Deixo seu abraço me envolver, era muito bom ter ele pra me ajudar.

Mas não queria focar nisso, só quero que o resto do meu dia fosse normal e queria tira essa sensação ruim de dentro de mim.

— Hoje vamos focar em análise de dados – Falo enquanto nos afastamos. Eu estava ajudando Dan a focar em determinadas questões sobre a função do seu cargo.

Ele sabia que pra se manter em uma empresa, ele teria que saber executar seu papel bem e o mundo da administração era complexo.

Claro que ele entrará como um estagiário e ele vai ter alguém que ficará encarregado em auxilia-lo em tudo que era necessário.

Mas ele queria chegar já sendo o destaque, então concordei em ajudá-lo, adorava quando ele decidia fazer uma coisa, ele sempre dava a cara pra bater. Fora que ele era muito determinado e muito inteligente... o que sempre faltava nele era interesse.

— Tudo bem, mas quero que você se alimente direitinho primeiro. – Ele fala já mandando uma mensagem pra Vina trazer meu café da manhã no quarto.

— Eu podia descer depois, sabia? – falo sentando na cama.
— Você vai ligar pra ele? – Ele se senta na cama também e essa mudança de assunto meche comigo.

Já fazia três dias que não falava com ele, tinha visto que Yan me ligou várias vezes, fora as mensagens que ainda não tive coragem de visualizar.

— Eu não sei... tô tão confuso... – Falo entre suspiro.
— Você precisa dar sinal de vida pro cara, ele até me mandou uma mensagem hoje! Queria saber se você está bem. – Meu coração aperta com essa informação.
— O que você respondeu? – Pergunto distante.
— Eu respondi com um S. – Pude sentir humor em sua voz.

— Depois decido o que vou fazer, mas em uma coisa eu tô decidido... eu vou ter relação com ele... claro, se ele quiser ainda. – Dan revira os olhos segurando a risada se deitando na cama.
— Tenho certeza que se você mandar ele latir, ele não pensaria duas vezes... – Que absurdo, Daniel era um exagero em pessoa.

Mas eu também estava decidido a pedir ele em namoro primeiro! Quero saber quais são suas intenções comigo. Mas antes precisava colocar minha cabeça e coração no lugar.