Capítulo 6: BEIJO

313 66 528
                                    

YAN

Estava novamente em suas redes sociais, mass era frustrante, literalmente só tinha coisas relacionadas a tatuagem.

Até que tive a ideia de olhar o Instagram do Daniel, Eu realmente estava desesperado pra saber mais sobre ele. Ali estava..! Tinha poucos vídeos deles juntos fazendo dancinhas.

Então eles eram realmente amigos como eu imaginei... então porquê  nunca vi eles junto? Na verdade, nunca tinha visto ele, tenho certeza.

Vi todos os vídeos que ele se fazia presente. Mas em todos os vídeos, ele estava com uma camisa de capuz, que escondia a metade do seu rosto!

Só o reconheci por causa das sardas e algumas mechas dos seus cabelos ruivos, que escapavam do capuz. Uma batida na porta, me trás de volta pra realidade. Minha secretária entra porta adentro, com pastas na mão.

— O senhor Sartori me mandou trazer esses documentos pra o senhor assinar. – Pego os papéis e a dispenso com um gesto.

Esses dias eu não estou conseguindo me concentrar. Tudo o que eu fazia me levava a ele! Jogo minha cabeça para trás e em seguida olho para meu pulso. Precisava ver ele novamente!

Primeiro precisava de um bom motivo para tal encontro. Mas, em uma coisa ele tinha razão, nada no seu estúdio combinava comigo... a não ser, ele.

Passei a metade da manhã ansioso e o motivo agora era óbvio

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Passei a metade da manhã ansioso e o motivo agora era óbvio. Já fazia mais de uma semana que só o via através dos vídeos do Instagram do Daniel.

Era 10:20 de um sábado. Respiro algumas vezes antes de passar pela porta do estúdio, e ali estava ele de costa para o balcão, pendurando algumas coisas em prateleiras.

— Seja bem vindo... – Ele fala se virando em minha direção. Prendo minha respiração.

Ele parecia surpreso, mas logo essa expressão é substituída por um lindo sorriso. Volto a respirar.

Como sempre, suas roupas era simples e largas de mais para ele.

— Em que posso ajudar? – Olho em volta e algumas caixas estavam espalhadas pelo lugar, fazendo parecer que o local estava bagunçando.

— Queria um presente para um amigo e achei que você poderia me ajudar – Não era mentira, realmente um amigo meu estava perto de completar ano e usei esse motivo para poder vê-lo.

— E como ele é? – Ele pergunta curioso.
— Idiota..? – Frio na barriga, era a palavra certa, que suas risadas me causava!

— Bom... me desculpe pela bagunça – Ele fala saindo de trás do balcão e se abaixa e mete sua mão em uma das caixas que estava espalhada pelo chão.

De lá, ele tira um cordão quadricular, com as cores lgbt, ele vira o objeto pro lado prata e fala.

— Você pode mandar gravar o nome da pessoa atrás. Eu mesmo posso colocar se você quiser. É novo e limitado, acho até que combina com você. – Ele abaixa novamente e pega outro, só que contiam as cores da bandeira gay.

— Já posso até ver você usando. – Ele comenta e eu franzo a testa de imediato.

— É mesmo? – Alguém estava me investigando! Já imaginei Daniel falando tudo o que sabia de mim.

— Sim... – Ele parecia levemente corado, quando percebeu que se denunciou.

— Vou levar... coloque meu nome com a mesma fonte da minha tatuagem do pulso.
— E seu amigo? – Ele parecia confuso.

— Eu compro outra coisa pra ele. – Ele vai para trás do balcão, indo pro fundo do estúdio e posso ouvi um zumbido ao me aproximar do balcão. Me controlo para não olhar para sua bunda redonda... droga! Eu tinha que parar

Não demora muito para ele voltar e entregar o objeto na minha mão, já com o meu nome. Perfeito!

Depois de efetuar o pagamento, eu realmente não sabia o que falar, não me lembro a última vez que flertei com alguém.

Ficamos uns bom segundos em silêncio, se olhando. Aqueles olhos azuis era fascinantes! E essa boca perfeita? Não conseguia parar de olhar pra ela! Mas daí ele falar. E o que saiu da sua boca perfeita me surpreendeu.

— Quer me beijar? – Ele se inclina sobre o balcão e com as duas mãos agarra meu pescoço!

Quando finalmente sua boca estava na minha, pude sentir sua língua no meus lábios. Tento me lembrar a ultima vez que tinha beijado alguém, droga! Adolescência.

Coloco minhas mãos em suas bochechas fechando os olhos, sinto seus lábios abrirem, e lentamente invado sua boca com a minha língua, ele suga meus lábios roubando um gemido meu. Nossas línguas se encontram várias e várias vezes em uma dança lenta.

Perdi a noção do quanto tempo o beijo levou, mas nos separamos para recuperar o fôlego! Que delícia era seus lábios, era realmente de tirar o fôlego.

Abro os meus olhos e ele já estava me avaliando timidamente. Aquele tom vermelho já estava espalhado pela sua bochechas.

— Ok, eu não esperava por essa atitude não! – Falo quando recupero o ar.
— Eu não sou tão inocente como você deve imaginar. – Sua voz soa rouca, e mas um tom rosado se espalhava por seu rosto.

Depois de umedecer seus lábios com a língua, ele morde com força o inferior e era como se ele tivesse feito isso com a minha cabeça de baixo! Novamente tento controlar meus pensamentos, mas já queria sua boca na minha de novo.

Quando vou agarrá-lo para outro beijo o sino do estúdio toca e ele se afasta bruscamente de mim.

Olho na direção da porta e tinha um cara alto e moreno com traços indiano, com uma caixa na mão.

— Desculpas, é porque você esqueceu dentro do carro – Ele mexe a caixa para enfatizar o que dizia.

— Oh, minha nossa! – Ele sai de trás do balcão na direção do cara e pega a caixa.

— Eu não sei o que seria de mim sem você! E no meio dessa bagunça eu não sei quando eu iria sentir falta dessa caixa. – Sua voz mostra o quanto ele estava agradecendo.

— Ainda bem que eu ainda me encontrava na garagem do shopping quando o vi no banco traseiro.
— Não sei como te agradecer. – Sammy fala colocando a caixa na maca.

— É só fazer aquele favorzinho. – O cara responde dando uma piscada e os dois sorrir.
— Ok, pode deixar. – Ele fala sem jeito
— Tá certo, eu já vou indo... – O cara passa pela porta nos deixando as sós novamente.

Esse diálogo me deixou puto, mas não tive tempo para pensar sobre isso. Meu celular toca.

— Alô? - Falo mais grosso do que queria quando atendi a ligação.
— "O senhor não vem? A reunião começará em cinco minutos"! – Droga!
— Já chego aí. – Falo, desligando o aparelho na cara da minha secretária.
— Algum problema? – Ele pergunta.
— Eu tenho que ir. – Respodo de modo frio, passando por ele mais rápido possível, saindo porta fora.

Traumas do passado +18Onde histórias criam vida. Descubra agora