Capítulo 89: MAR

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SAMMY

Já tínhamos passado por vários restaurantes. Mas não paramos em nenhum, porque não era o restaurante que ele queria me levar! Mas eu comeria em qualquer um.

Quando chegamos ao destino eu me sentei completamente irritado. Ele me fez voltar o trajeto todo. Rapidamente ele chama a garçonete que demora a nos atender pelo o lugar está com grande movimentação.

- Vocês vão querer o cardápio ou fazer o pedido? Eu posso indicar o prato do dia se assim preferirem. - Eu comeria qualquer coisa.
- Não. Vamos querer uma porção de frutos do mar. Lagostas, camarões e Ostras. - Com toda certeza valeria a pena esperar. A minha boca já estava salivando com o pedido que ele fez.
- Tudo bem. Quer que venha acompanhado com um belo e saboroso arroz de maçã, junto de um bom caldo de peixe e champanhe? - Yan faz um gesto com a cabeça.
-Só tire o champanhe, não queremos nada alcoólico.
- Mas eu quero tomar um pouco! - O Interrompo.
-Não sabia que você bebia! - Ele parecia surpreso ao me encarar, levantando as sobrancelhas.
-São raros, mas às vezes acontece. Eu me dou bem com bebida. - Dou de ombros.
- Me desculpe garoto, mas não permitimos que menores de idade tomem bebida alcoólica no nosso restaurante, é contra as regras... sinto muito. - Tanto eu como Yan reviramos os olhos.

Quantos anos eu vou precisar ter para as pessoas pararem de achar que sou de menor? Às vezes isso me aborrecia. E o fato de está faminto só piorava a situação. Mas não tive tempo de responder, porque Yan foi mais rápido que eu!

- Eu te garanto que meu namorado não é de menor! - A mulher arregala os olhos e tenho certeza que era porque éramos um casal homoafetivo. Mas sua reação foi nada do que eu esperava.

- Aí que fofo! Estamos com uma promoção onde se o casal deixar nós tiramos uma foto em polaroide pra colocar no nosso mural, damos a sobremesa de graça.

- Não
- Sim - Eu e meu namorado falamos ao mesmo tempo. Ignoro seu não e falo.
- Nós aceitamos. Mas você tem que tirar duas. Eu vou querer a outra. - A mulher fica contente e faz um sinal. Logo uma mulher mais jovem vem até nós.
- Entregue esse pedido ao chefe e traga a câmera. - Rapidamente a jovem desaparece, tão rápido como apareceu.

Quando a câmera chega ela senta na cadeira de frente para nós. Ela parecia um pouco nervosa e não era pra menos. O asiático ao meu lado não parecia nada feliz. Olho pra ele e dou um sorriso pegando em seu rosto. Logo suas feições relaxam e ele dá um lindo sorriso. Era singelo, porém muito encantador.

Quando vou dizer que ela já podia tirar as fotos, a mesma já estava sacudindo as fotos e logo me entrega uma. Me pego olhando a imagem. Estava perfeito! As covinhas do Yan pareceram bem sutil. Mas elas estavam lá. Logo sorrio como um bobo.

- Vou deixar que vocês aproveitem esse momento e vou pedir pro chefe colocar os pratos de vocês na frente. - Depois de falar, ela saiu nos deixando a sós.

- Você sempre consegue me hipnotizar! - Ele fala e não teve como não rir.
- Deixa eu ver? - Ele pediu em seguida e neguei, a guardando na sacola que estava a minha blusa.
- Porque eu deixaria você ver? Você nem queria tirar uma foto comigo! - Faço bico como sempre. Então ele pega o celular e começa a bater fotos minhas. Tomei o celular dele, tirando dele também, depois tirei de nós dois. O tempo passou tão rápido que logo nosso pedido chegou.

Estava tão faminto que comi de uma forma desesperada! Sempre usando as mãos para alcançar a comida. Tudo estava tão maravilhoso que podia apenas revirar os olhos e gemer.

- Vai com calma, se não você vai acabar se engasgando! - Ele parecia preocupado, mas o ignorei. E quase que eu realmente me engasgava. Ele pega no meu rosto visivelmente preocupado.

Traumas do passado +18Onde histórias criam vida. Descubra agora