YAN
Não me lembro quando foi a última vez que estive em uma situação constrangedora na minha vida! Mas, era tarde demais para voltar atrás.
Só o simples toque de suas mãos que estavam com as luvas, me deixava quente, muito quente!
Fora a dor que eu estava sentido no momento, quando sentia a tatuagem sendo feita. Droga! Eu tinha que me controlar...
— Não se mexa, tente relaxar, com o tempo, você se acostuma com a dor. – Nem precisei olhar em sua direção, para saber que ele estava segurando a risada. Que bom que ele estava se divertindo!
E a vontade de simplesmente pegar ele, coloca-lo no meu colo e dar umas palmadas naquela bunda, não tinha tamanho.
Não sei quando começou a tocar uma música, mas percebi que ele estava cantando junto, bem baixinho.
Porra! A voz dele já era perfeita falando, mas cantando era excepcional, e mesmo não conhecendo a música, deixei que ela me acalmasse.
Ele estava certo, com o tempo fui me acostumando com a dor. Mas claro, que tudo o que era bom, durava pouco.
Sinto uma pancada de leve nas minhas partes íntimas! Mesmo estando coberto, senti uma leve dor.
Mas não foi isso que me emcomodou, e sim o fato de tal sensação fazer meu corpo agir positivamente, ficando levemente excitado. Isso não era possível!
— Desculpas, minha mão escorregou, eu sinto muito! – Sua voz era um sussurro de nervosismo.
Em sobressalto, olho em sua direção, suas mãos estavam tampando a boca, seu rosto estava tão vermelho!
Já tinha perdido as contas de quantas vezes ele tinha ficado corado, mas dessa vez ele estava pegando fogo.
Em forma de esconder minha excitação, coloquei minha mão lá em baixo, para esconder o volume crescente. E para me destrair, tento tranquilizá-lo.
— Está tudo bem, acidentes acontecem... – Tentei relaxar novamente e manter a postura, mesmo sendo difícil. Fecho meus olhos por um momento e olho em sua direção.
Ele ainda estava vermelho, mostrando que realmente estava nervoso, então perguntei se ele queria da um tempo até se acalmar. Ele confirma de um jeito frenético, balançando a cabeça em positivo.
Depois de uns bons minutos, ele finalmente quebra o silêncio. Sua voz doce ainda carregava constrangimento. Era realmente lindo o ver assim.
— Me desculpe, eu realmente não tive a intenção. – Novamente sua voz era baixa. Ele esfregava suas mãos, uma na outra. Parecia sincero em suas palavras, então apenas dei de ombros confirmando com a cabeça e falo.
— Está tudo bem, só vamos acabar logo com isso, tá legal? – Ele acena com a cabeça e respira algumas vezes. A tentativa dele de se alto controlar quase tirava uma gargalhada de mim. Agora quem estava rido de quem?
Hoje realmente estava sendo um dia histórico, não me lembro a última vez que me senti assim. Bem que tenho certeza que nunca me senti assim.
Tento manter o foco de antes, mas era impossível. Essa cueca já estava me incomodando! Acho que era pra ter tirado ela desde o começo, mas o fato de ficar tão exposto a ele, causou um certo desconforto em mim.
Um silêncio ensurdecedor tomou conta do ambiente, e o passar do tempo parecia torturante. Mas sua voz finalmente quebra esse silêncio perturbador.
— Terminei, posso tirar uma foto? – Sinto animação em sua voz. Olho em sua direção e ele já estava com o celular na mão e um sorriso encantador no rosto, piscando para mim.
Parecia que literalmente tinha esquecido, do que tinha acontecido momentos atrás. Como poderia dizer não, para essa expressão tão fofa?
— Só faça... – Observo sua movimentação,
em seguida ouço os cliques e não demora muito para o aparelho estar no meu campo de visão.— E então? – Ele pergunta me entregando o celular.
— Nossa! Você se superou, tá incrível de mais! – Não sou muito fã de elogiar o trabalho dos outros, mas eu tinha que admitir, estava incrível.— Modéstia parte eu me garanto. – Ele fala enquanto termina os últimos retoques, alheio ao quanto ele estava me deixando fascinado.
Ele era realmente convencido, novamente seguro a vontade de sorrir, ele realmente mexia com meu humor, em um bom sentido. Sacudo minha cabeça de leve, para voltar a mim.
Sem querer, saio da foto, abrindo uma nova imagem, onde tinha uma bunda, que tinha uma tatuagem de uma pequena aranha, sabia de quem poderia pertencer essa bunda, por causa das sardas.
Bloqueio a tela quase que imediatamente, por impulso. Porra! A imagem era deslumbrante. Fecho meus olhos com força, tentando manter o pouco de autocontrole que me restava... que já estava por um triz!
Só queria sair dessa situação. Desde quando uma simples foto me deixava excitado? Ou será que eu estava carente?
Tentei lembrar a última vez que tinha feito sexo, e realmente fazia um tempo. Então... realmente deve ser isso.
— Prontinho, completamente finalizado. – Ele fala e sua expressão era de orgulho. Mas não queria saber de mais nada.
De modo brusco, me enrolo com a toalha, levanto e pego minhas roupas e vou direto para o banheiro, trancando a porta atrás de mim.
Não aguentava mais, estava completamente duro! Eu não era a droga de um adolescente pra estar nessa situação!
Tentei respirar algumas vezes, até tentar me controlar. Mas, lápis... lábios... risadas... bunda... e sua voz, não saíam da minha cabeça!
Eu não iria me masturbar em um banheiro de estúdio, e nem sei o porquê desse pensamento está em minha mente.
Então reprimi o que estava sentindo e me vesto com cuidado, para não magoar a tatuagem que já estava queimando minha pele. Mas nem esse emcomodo fazia meu pau parar de pulsar!
Olho para baixo já todo vestido, o volume ainda estava lá! Qual era o meu problema? Meu alto controle tinha me deixado na mão.
Olho pro espelho do pequeno banheiro, e meus lábios estavam pálidos, dou uma mordida para que ganhe um pouco de cor... não funcionou!
Estava em uma situação deplorável, não intendia todos esses sentimentos. Isso veio como uma pequeno pedra no alto de uma montanha e se transformou em uma avalanche.
Passo as mãos pelos meus cabelos, para coloca-los no lugar, mas acaba piorando mais ainda, deixando mais mechas soltas do meu cabelo na testa! respiro mais algumas vezes e saio do banheiro.
E seja o que tiver que ser!!!
VOCÊ ESTÁ LENDO
Traumas do passado +18
Roman d'amourYan e Sammy são pessoas distintas, que carregam traumas horríveis dos seus passados! Sam um tatuador, que sofreu homofobia por parte de sua família, foi expulso de casa com 15 anos! Passou anos em um relacionamento tóxico, até o preço de sair dessa...