Capítulo 25: PUNIÇÃO

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SAMMY

Me encosto na rocha, ao seu lado, tentando controlar minha respiração, e recuperar meu fôlego que foi sugado pelo seu beijos e toques.

O pote de brigadeiro ainda estava na minha mão, não sei como foi que eu não deixei ele cair no chão, mas estava faltando algo.

A colher! – Falo em voz alta, mas falava mais pra mim.
O quê..? – Sua voz estava rouca.
A colher, acho que ele não me entregou... como eu vou comer?
Usa os dedos – Ele fala de um jeito que foi difícil não pensar besteira.

Tento manter minha mente lúcida, e não deixar ela me trair.

Abro e meto o dedo dentro do pote, pegando uma boa quantidade do brigadeiro e levando a minha boca.

Não vou mentir, já comi melhores, até os que eu fazia era mais gostoso, mas era o que tinha para agora.

Deixa eu provar ? – Ele pede e olhando em sua direção e mesmo com meia claridade pude ver seus traços.

Ele realmente não tinha aprendido da primeira vez... agora tenho certeza que vai ficar claro.

Eu não gosto de dividir o que é meu com ninguém. – Respondo sério, porque era verdade, não gostava de dividir nada, muito menos comida.
Mas foi eu que comprei... – Ele parecia passar na cara! Mas também ouvi humor na sua voz, então dou de ombros.

E..?
Você é muito egoísta, sabia? – Ele solta a frase com um sorriso.
Sim, eu sei. – Não neguei.
As coisas que você faz, dá uma vontade tão grande de te punir. – Ele me acusa e me ameaça tentando se manter sério. Uso a expressão mais inocente que consigo e falo.

Eu não sei do que você tá falando! – Usei um tom de ofendido na voz.

Ele fica de frente pra mim novamente, olhando fixo no meu olhos.

Quer que eu faça uma lista agora? – Ele fala erguendo as sobrancelhas.
Por favor, estou louco pra ouvir sua lista. – O provoco me mantendo sério.
A conversa suspeita com aquele cara! – Ele me acusa.
A culpa não é minha se você entendeu errado! – Usei um tom de ofendido novamente.
Já me negou um pedaço de bolo! – Ele lembra.
Verdade... – Não nego.
Deixou um chupão no meu pescoço! - Agora ele jogou baixo!
Eu já me desculpei... – Falo um pouco com vergonha, só de lembrar daquele dia.
Não é o suficiente. - Ele afirma e era impossível não ficar vermelho.

Essa carinha de inocente me mata, sabia? – Ele fala pegando no meu queixo, fazendo eu o encara-lo. O desejo estava em cada traços do seu rosto e isso me afetava em um nível que não conseguia me controlar.

E movido por essa vontade, eu acabo ficando curioso pra saber o que seria minha punição.

Me pune... então! – Eu falo sem pensar! A luz de algum poste refletia no seus olhos, ou será que era desejo?

Não brinca comigo! – Sua voz saiu rouca de sua garganta! Mesmo o tom sendo baixo.
Estou falando sério... – Continuo, dando tchau ao pouco de sanidade que eu tinha! Ele parecia ter perdido o controle também! Pois uma de suas mãos vai para meu pescoço, ele aperta de leve.

Abre a boca! – Sua voz era um sussurro, por conta do desejo. Minha mente não funcionou nesse momento e perguntei o que ele tinha mandado eu fazer.

O quê? – Sua mão aperta um pouco mais meu pescoço e minha mão livre segura seu braço. E por mais que isso tenha me assustado, meu corpo se arrepia inteiro! Eu não acreditava que estava excitado! Meu corpo, respondia muito bem ao que ele estava fazendo..

Abre sua boca... E se você não gostar, é só pedir pra parar.– Ele fala pausadamente e simplesmente o obedeço, completamente hipnotizado.

Dois dos seus dedos escorregam pela minha língua, até o céu da minha boca e ele começa a fazer movimento de vai e vem.

Fecho minha boca em volta dos seus dedos, sua mão que estava no meu pescoço, agarra meus cabelos de leve!
— Solta – Ele ordena e abro minha boca, permitindo que seus dedos saísse da li.

Em seguida, ele coloca os dedos na boca dele! Passa a língua em toda sua extremidade e pede para eu abrir a boca novamente.

Obedeço novamente e ele faz os mesmos movimento da primeira vez. Tento me concentrar na minha respiração, só que não aguento por muito tempo, e fecho minha boca novamente nos seus dedos, os chupando com força.

Ele tira os dedos da minha boca e em seguida me beija. Seu beijo era urgente e ardente, parecendo mais um castigo, uma punição.

Suas mãos passeavam pelas minhas costas, sua língua invade a minha boca com destreza.

Estava me controlando para não gemer, mas era quase impossível.

Uma das suas mãos ainda estavam apertando o meus cabelos com jeito e não demorou muito para que eu ficasse com falta de ar.

O empurro com força para afastá-lo de mim. Tentando recuperar o meu fôlego.

Desculpa, eu acho que exagerei!
Já disse... que você... que não precisa... se desculpar! – Digo tentando controlar minha respiração, mas minha voz sai trêmula e estrangulada.

Você tá bem? – Ele parecia preocupado ao perguntar. Confirmo com a cabeça, tentando não encara-lo, tentando raciocinar o que acabamos de fazer em um lugar público!

Olho ao redor, pra ter certeza que ninguém pudesse ter visto o que acabamos de fazer.

Olho para minha mão e como aquele brigadeiro se encontrava ainda na minha mão, eu não sei! Mas tento me distrair com ele. Mas acabo o provocando sem querer!

Quer um pouco? – Pergunto já com uma poção generosa nos meus dedos, ele confirma com a cabeça e levo o doce até sua boca.

Ele suga meus dedos, fazendo todo meu corpo se arrepiar novamente. Puxo meus dedos fazendo sua boca fazer um som alto.

Mordo os lábios e passo o dedo na borda do pote e como o resto do brigadeiro.

Abro minha bolsa pegando um saquinho, coloco a vasilha lá dentro e o guardo dentro da minha bolsa para me distrair.

Mas sei que ele estava me observando com atenção.

Traumas do passado +18Onde histórias criam vida. Descubra agora