Capítulo 88: CAVALO

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YAN

Eu nunca gostei de abraçar nada enquanto dormia. Mas só o simples fato de não ter o ruivo que dormia pesadamente ao meu lado enquanto o envolvia com meus braços, me sentia estranho. Passo meus dedos em sua pele macia. Sua pele pálida, tinha marcas avermelhadas e se misturava com as sardas, a textura dela sempre me atraia, que acabava me cedendo.

Pego o celular para ver que horas era e até que não era tarde. Era um pouco mais das 08:00 de um sábado. Mas já estava na hora de despertar, se realmente queríamos aproveitar o dia hoje. Então novamente passei minha mão em seu corpo, dando beijos em seu rosto, tentando acordá-lo.

— Meu amor, se acorda. Já, já teremos que sair. – Ele resmunga algumas palavras que não dá pra entender, o que me faz sorrir. Mas sabia como fazê-lo despertar. Faço uma trilha com os meus dedos até o encontro da sua bunda, enquanto dava beijos em seu ombro.

— Yan, vamos fazer novamente? – Sua voz saiu rouca e seus olhos ainda estavam fechados. Dou um sorriso e vou para sua orelha e falo.
— Seu safado! – Eu digo e ele geme em resposta. Não demora muito para parecer que ele voltou a dormir.
— Sammy, se acorda, se não a gente vai se atrasar!
— Só mais dez minutos Yan, por favor. – Ele usa aquela voz, em seguida faz bico.
— Pois eu vou tomar banho, acho que é o suficiente para você se despertar. – Ele confirma com a cabeça e deixo ele na cama. Mas antes, dei um tapa em sua bunda.

Quando volto para o quarto ele ainda está deitado e se levanta quando me vê. Ele abre o lindo sorriso ao vim em minha direção. Ele me beija tão profundamente que agarro sua cintura com firmeza. Mas então ele se afasta e vai para o banheiro levando a toalha que estava em volta da minha cintura. Me deixando atordoado e excitado. Ele realmente queria me enlouquecer.

Visto uma calça e uma blusa branca. Não sei quando usei cores tão claras. Foi o tempo que meu namorado saiu do banheiro secando o cabelo ruivo. Sua pele branca estava levemente avermelhada, talvez pelo banho quente! Ele veste roupas com estampas florais. Ele realmente ficava lindo com qualquer roupa.

— Yan, eu não consegui mudar a temperatura do chuveiro! – Isso explicava a pele avermelhada.
— Porque você não me chamou?
— Porque foi um banho rápido, mas na próxima não esqueça de mudar!
— Desculpas, meu anjo lindo. – Falei entregando o vidro que tinha protetor solar. Depois de um tempo, já estávamos protegidos dos raios solares. Mas antes de sair do quarto, pego dois chapéus.

Depois de um café da manhã reforçado, que foi feito por uma senhora. Já estávamos preparados para sair. Mas ele estava conversando com a mulher. Ele era muito fácil de fazer amizade. Nessa hora ouço batidas na porta e vou abrir e era o senhor que ficou encarregado de nos acompanhar.

— Os cavalos estão prontos, se já quiserem ir... – Confirmo com a cabeça chamando meu namorado e quando ele ver os cavalos, ele fica maravilhado.

Depois do senhor apresentar os animais, Sammy foi falar com eles, o senhor disse que era bom pra pegar vínculo. Ele disse que por serem animais sensíveis era bom ter um tipo de intimidade com os cavalos. O que era verdade, então foi passar a mão na pele macia do cavalo que iríamos montar.

— Yan, eu nunca andei em um cavalo!
— Não precisa saber, você vai comigo. – Depois de umas demonstrações do senhor que iria nos acompanhar. Sammy tentou e com dificuldade ele conseguiu montar no animal que se sentiu inseguro por ter alguém com esse sentimento em cima dele. Em um movimento, eu subo no animal, controlando a situação.

Logo o cavalo se sentiu confiante. Não demora muito para ele começar a andar. Em pouco tempo eu consigo acompanhar o senhor que estava mais adiante. Sammy parecia mais relaxado. Eu me encontrava atrás dele, suas costas estavam descansando nos meus peitos, minhas mãos estavam segurando as rédeas para controlar o animal que me obedecia fielmente.

— Você é tão bom nisso Yan – Ele parecia genuinamente impressionado.
— Eu já vim aqui algumas vezes, eu adorava andar de cavalo.
— Podemos vir outras vezes? – Ele pergunta animado. Eu sorrio.
— Quantas vezes você quiser. Mas logo você aprende a montar, é só você continuar praticando em cima de mim! – Foi impossível não provocá-lo, fazendo referência às vezes que ele cavalgou em cima de mim.
— Yan! Para de ser pervertido! – Pude sentir sua pele esquentar. Ele ainda ficava vermelho. O que me fez perguntar se um dia ele realmente iria parar de se sentir tímido.

Depois de um tempo chegamos ao nosso destino. Desço primeiro e depois de umas dicas ele conseguiu também, se jogando em cima de mim de um jeito desajeitado. Logo o senhor pega o cavalo e junta com o outro. Depois eu vou trocar algumas instruções com o senhor para não nos perdemos.

Vi que meu namorado já estava animado por ver uma feira adiante. Ele me agarra pelo braço, me puxando de encontro ao lugar que até estava movimentado.

Depois de um tempo eu já estava abarrotado de sacolas. Ele tinha comprado lembranças para todo mundo. Todo mundo mesmo. Até pro Elliot! Mas ele comprou mais coisas pro seu amigo e sua irmã.

— Não vai comprar nada pra você? – Pergunto por perceber que ele realmente não ter comprado nada pra si mesmo.
— Não vi nada que eu usaria! – Ele respondeu frustrado passando os olhos pelo lugar. Mas de repente seus olhos brilharam. Olho na mesma direção e ele estava olhando uma blusa de malha fina e mangas longas branca. Não demora muito para ele está com o tecido na mão. Depois de pagar, eu perguntei.

— É isso então que você vai comprar pra você? – Pergunto quando começamos a andar novamente.
— Eu realmente só gostei dela!
— Você realmente não é alguém ambicioso, né?
— Como não..? Desde que coloquei meus olhos em você, eu vi o quanto eu era ambicioso. Querer alguém que estava acima de todas as minhas expectativas, realmente é uma ambição muito grande, não acha? – Sorrio pelas suas palavras exageradas.
— Não acho que você seja ambicioso por isso...
— Não mesmo? Você é asiático, rico e bem sucedido. É bonito e tem muitos, muitos atributos! – Ele foi bem dissimulado em sua última palavra e ainda olhou pras minhas partes íntimas. Me controlei para não o agarrar ali mesmo.

Depois de algum tempo o ruivo ao meu lado demonstrou sua falta de paciência ao demonstrar que estava faminto. Como começamos a andar, acabamos nos afastando do restaurante que eu queria levá-lo. Agora tivemos que voltar e isso o deixou frustrado e aborrecido. Fora que ele realmente não se dava bem ao sol. Sua pele já estava vermelha, mesmo estando de chapéu, seu rosto estava corado.

Traumas do passado +18Onde histórias criam vida. Descubra agora