Capítulo 72: PARTIDA

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YAN

Estávamos na banheira, o modo hidromassagem estava ligado, fazendo seu trabalho que era relaxar nossos corpos, depois da sequência de sexo que tivemos.

O fato dele ser insaciável era maravilhoso, nunca tive que me esforçar tanto pra deixar alguém satisfeito na minha vida! Na verdade eu nunca tive que me esforçar. Sempre era ao contrário.

— Que horas será? – Ele pergunta sonolento
— Talvez umas 15:00 horas... – Respondo me arrepiando por conta dá água gelada na minha pele.
— Vamos sair? – Sugiro, realmente querendo sair da água, meus dedos estavam até enrugados pelo tempo que já estamos ali. Ele se vira, ficando de frente para mim.

— Você pode fechar os olhos? – Foi impossível não rir da sua pergunta descabida, ele só podia estar brincando comigo.

— Você não tem porque ficar com vergonha. Eu já te vi de todo jeito e posições. – Foi impossível não debochar da cara dele. Mas ao mesmo tempo, usei malícia na voz, lembrando dele de quatro pra mim mais cedo. Ele fica vermelho por talvez ter imaginado também.
— Eu não quero saber! Eu quero que você feche os olhos! – Ele fala ainda com as  bochechas vermelhas, comprovando que ele estava falando sério! A gente fica se encarando até eu ceder e tampar a minha visão.

— Eu estou falando sério, só abra quando eu mandar... nada de gracinha de querer contar até dez! – Ele me adverte. Abro um sorriso, adorava sentir que ele estava coagido.
— Você é inacreditável, sabia? – Falo rindo enquanto sinto sua movimentação. Não demora muito para ele me dar sinal verde e saio nu. Pegando o roupão que ele estende para mim, que aceito de bom agrado por conta do frio.

Ele começa a arrumar suas coisas na mochila e vai para o quarto com ela e coloca na cama, dando uma vasculhada ao redor pra ver se tinha mais alguma coisa sua. A agitação dele aperta meu coração!

— Você pode me emprestar uma cueca? – Ele pergunta separando uma roupa na cama.
— Sim... mas o que você está fazendo? – A pergunta era estúpida, eu sei.
— Eu tenho que ir pra casa cedo. – Ele fala distraídos, sem olhar para mim, enquanto digitava alguma coisa no celular.

Vou no closet, me visto o mais rápido possível, pegando uma cueca que nunca tinha usado, porque não coube em mim, volto para o quarto e entrego a ele. Ele veste de imediato a cueca e a roupa em seguida.

Não queria que ele fosse embora e só o simples pensamento já fazia meu coração bater forte na droga do meu peito, me fazendo questionar ele.

— Porque você tem que ir hoje? Não vai... eu te deixo no shopping amanhã. – Falo com uma certa melancolia. Ele finalmente presta atenção em mim.

— Eu não posso ficar e amanhã eu não vou trabalhar... prometi a família Leão que iria hoje. Eu tenho que ajudar Daniel em uma coisa. – Eu era egoísta e nenhuma das suas justificativa parecia plausível para mim.

— Eu ligo pra eles explicando que você vai depois… – Falo decidido a realmente ligar, se for necessário. 
— Você não está entendendo, eu já me decidi, eu vou hoje, eu preciso... você pode entender? – Eu tinha outras opções? Confirmo com a cabeça, não tendo o que falar.
— Eu posso chamar um carro se você preferir... – Ele ousa falar.
— Eu vou te levar! – Jamais deixaria ele ir sozinho, por mais que seja realmente perto.

Ele anda em minha direção e me abraça, o que me deixa mais triste. O envolvi com meus braços, deixando seu cheiro me invadir. Porra! Porque eu já estava com saudades?

— Eu posso vim na próxima semana novamente? – Sério que ele ainda pergunta? Confirmo com a cabeça o apertando mais forte.

— Quer comer alguma coisa? Acho que Mary deixou algo feito pra gente na geladeira. – Pergunto pra me distrair da despedida do meu anjo.

— Que delícia... eu quero sim. – Ele fala olhando no meu rosto e abre aquele sorriso que quebraria qualquer muralha que tivesse em volta do meu coração.

Consegui convencê-lo a ficar mais umas horas comigo, mas o tempo se passou tão rápido, que cá estava eu aqui, estacionado em frente a casa Leão.

O puxo para um beijo e ele corresponde daquele jeito que me deixa louco, acabo me empolgando. Coloco minha mão debaixo de sua blusa cravando minhas unhas em sua pele. No fundo eu só fiz isso porque queria puni-lo por estar me deixando.

Mas ele geme em resposta e é um gemido de puro prazer. Ele gostava disso, eu sei que ele se dava muito bem com a dor! Mordo seus lábios, e vou para seu pescoço para deixar a marca dos meus dentes também lá.

Ele passa a mão do meu ombro até encontrar o meu pau, que já estava pulsando em resposta a ele. Sinto que sua mão aperta ali com força e em seguida, ele faz aquele movimento de vai e vem por cima do tecido, me deixando mais excitado!

— Vamos pra casa e eu prometo que só descansarei depois que você estiver completamente satisfeito. – Falo indo para sua orelha. Mas minha mão direita vai para um dos seus seios, para continuar minha punição.

— Yan... – Ele fala manhoso, tentando se afastar. Mas chupo a ponta da sua orelha e a mordo em seguida. Mas ele se afasta de modo brusco tentando se recompor.

Depois de um momento ele tenta abrir a porta, só que está trancada! Só eu quem poderia abrir.

— destranca a porta! – Ele fala tão sério que apenas o obedeci, como a droga de um cachorro querendo agradar seu dono... só faltei latir.

Ele abre a porta e em seguida dá um beijo rápido em mim. Pede pra eu mandar uma mensagem quando eu chegar em casa, saindo do carro, ele batendo a porta, dando tchau para mim, entrando na casa sem olhar para trás. Fico um tempo ali, mas faço o que tenho que fazer e vou para casa.

Estaciono o carro na garagem e vou de encontro a sala e só senti essa casa tão grande quando minha mãe morreu! Tudo parecia tão vazio e sem vida, como quando ela se foi. Subo as escadas entrando no meu quarto e me deito na cama.
Pego o travesseiro e o abraço, pude sentir seu cheiro ali, mas uma sensação negativa invade meu corpo. Eu realmente não queria que ele tivesse ido. É como se ele tivesse levado uma parte de mim junto com ele!

Será que se eu pedisse ele em casamento, ele viria morar comigo? Queria dormir e acordar com ele ao meu lado pelo resto da minha vida. Só que eu sabia que não podia ser tão imprudente assim. Uma relação tem que ser lapidada primeiro e sei que isso levará tempo. Eu precisava esperar!

Traumas do passado +18Onde histórias criam vida. Descubra agora