YAN
Não sei como eu parei de frente à boate Sex Boys, não sei se foi a frustração que me levou até aqui!
Eu o tinha deixado em seu condomínio e minha intenção era ir para minha casa em seguida. Mas cá eu estava aqui!
Hoje era domingo e por isso as ruas próximos a boate estavam muito movimentadas.
Quando desço o vidro da porta do passageiro do carro, o som abafad de uma música eletrônica saia de lá de dentro.
Não demora muito para um cara colocar a cabeça dentro do carro e perguntar.
— Posso ajudar em alguma coisa querido? – Sua voz era sexy e carregada de más intenções.
Como sempre era fácil encontrar sexo por aqui, mas não sei porque sua voz me causou repulsa.
Nego com a cabeça e levanto o vidro do carro lentamente, pisando no acelerador quando o vidro está completamente fechado.
O que estava acontecendo comigo? Eu já não me conhecia mais! Não era mais dono das minhas vontades. Meu corpo não me obedecia.
Eu poderia ter sexo quando eu quisesse, mas meu corpo só queria ele!
Eu estava completamente enfeitiçado! Não tinha outra explicação.
Estava com uma pilha de documentos em cima da minha mesa! Por acaso, meu pai estava tentando acabar comigo, antes mesmo de eu tomar o seu lugar? Qual era o problema dele?
Elliot adentra em minha sala, como sempre sem bater. Eu realmente não estava com paciência para ele.
Já sentado confortavelmente em umas das cadeiras de frente para mim, ele fala.
— Você tá péssimo! O que foi, não conseguiu dormir novamente?
— O que você quer? Não tô e nem quero gastar meu tempo com você. – falo deixando claro meu mau humor.— Vamos treinar hoje? Você tá precisando levar umas porradas pra relaxar. – Ignoro seu sarcasmo.
— Hoje não posso, tenho um jantar de negócios com alguns empresários, meu pai me obrigou a ir no lugar dele.— Que merda, só de pensar que daqui a algum tempo eu vou está nessa mesma situação... – Os pais de Elliot eram donos de várias filiais de restaurantes espalhados pela cidade.
Ele realmente não era para está trabalhando aqui. Mas com muita insistência do filho, eles concordaram.
Elliot usou argumento de que queria ganhar experiência no mercado, para que futuramente fosse um grande CEO.
Mas acho que só esse argumento, não seria suficiente para que eles deixassem seu filho trabalhar aqui.
Mas meu amigo só queria fugir dos seus pais narcisistas.
No começo estava dando certo. Mas recentemente seus pais estavam o pressionando, a administrar um dos seus restaurantes, não muito longe do Shopping.
Meu amigo não queria ser CEO, e eu não podia julgá-lo. Por que sinceramente, às vezes, tudo que dava, era vontade de simplesmente sumir daqui! Deixando tudo para trás, e eu ainda nem era CEO!
Mas eu não podia! Eu estava tão atarefado assim de documentos, por que meu pai estava se preparando para vender as duas filiais.
Estávamos apenas querendo ficar com esse shopping. Esse lugar era muito importante para mim e meu pai, porque foi dos pais da minha mãe.
Esse lugar era apenas uma simples loja, e ao longo do tempo, essa pequena loja, virou esse Grande shopping, com mais duas filiais pela cidade.
Mas eu e meu pai concordamos em vender todas e manter apenas essa. Em memória da minha mãe.
— E o tatuador? Você nem me fala dele! É sério o que você disse naquele dia? – Ele me trás para o agora.
— Acho que sim! Mas o que você quer que eu fale? — Pergunto de modo frio.
— Tudo... eu te conheço desde o ensino fundamental e eu nuca ouvir você dizer que queria alguém. – ele ainda parecia não acreditar.
— Nós saímos ontem. – Falo de modo neutro e ele parecia chocado.
— Eu tô sem acreditar! – Sabia que ele iria dizer isso.— Eu não sei... talvez deve ser apenas curiosidade... – Falo tentando enganar a mim mesmo e a ele.
— Se você realmente se sente atraído por ele, vá em frente. Se não, o deixe... ele parece ser sensível, pelo poucos minutos que o vi. Ele não parece cara para passar momentos, como você faz com aqueles garotos de programa. - Ele fala e eu me encontrava confuso com meus sentimentos.Estava na cara que Sammy me atraia em um nível surreal, de uma forma que eu jamais pensei que alguém pudesse me atrair. Mas ansiava por informação.
— Como você percebeu que estava apaixonado pela aquela mulher? – Queria desesperadamente intender esse sentimento.
— A gente tinha uma amizade, daí nos beijamos, saímos.... e quando vi, ela já era minha namorada! E tínhamos uma ligação de amizade e deixei que isso virasse outras coisa.– Ele fala distante, parecia ocultar alguma coisa! Ele respira profundamente e continua a falar.— Mas ainda tinha Daniel... com ele foi diferente, pulamos qualquer etapa, mas ele era como uma droga forte! Não sabia como eu estava tão dependente de alguém que só provei uma única vez! Esses tipos de sentimentos, você não tem como controlar e muito menos escolher não senti. – Meu amigo evitou a todo custo esbarrar com Daniel ao longo dos anos, evitando lugares que os dois pudessem se encontrar.
Só não foi tão difícil assim, porque seus pais não gosta da família Leão e nem dá minha, por conta de que eles eram muito homofóbicos!
E como eu e Daniel éramos gays assumidos, eles preferiam se manter distante da nossa família e até hoje não sei como Elliot conseguiu a permissão dos pais pra trabalhar pro meu pai.
— Se você sente esses sentimentos por ele, saiba que você já está completamente apaixonado! – Elliot fala como se esse tipo de sentimento fosse normal.
— Eu tô ferrado... – Falo mais para mim mesmo. Quantas vezes eu zombei dele por se apaixonar dessa forma por alguém?E nesse momento eu sentia a mistura dos dois! Agora mesmo, ele não saía da minha cabeça, podia sentir novamente a abstinência em todo meu corpo! Como se eu precisasse desesperadamente dele! E nem estava pensando no sexo, era ele. Não importava como, eu queria apenas ele.
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Traumas do passado +18
RomanceYan e Sammy são pessoas distintas, que carregam traumas horríveis dos seus passados! Sam um tatuador, que sofreu homofobia por parte de sua família, foi expulso de casa com 15 anos! Passou anos em um relacionamento tóxico, até o preço de sair dessa...