YAN
Cheguei bem na hora que eles já tinham fechado o estúdio, por pouco eu não tinha chegado a tempo! Coloco minhas mãos nos bolsos da calça, quando eles dão de cara comigo.
Queria acabar logo com isso, minha atenção vai para Daniel e falo tudo de uma vez.
— Me desculpa... por te ofender! – Ele abre um sorriso sarcástico e anda em minha direção com uma confiança absurda e vem pra trás de mim e fala.
— Até porque, quem é você pra falar de mim né? A propósito, quando foi a última vez que você pagou alguém pra fuder? – Então ele realmente sabia! Ele não me deixa pensar muito sobre o assunto e continua a falar.
— Mas eu vou te desculpar... você tá vendo esse cara na sua frente? – encontro os olhos do Sammy.
— Ele é o oposto de mim, então pense muito bem, antes de magoá-lo, porque não hesitarei em ir até o inferno por ele. Se precisar de mim, é só ligar. – Ele muda o tom da voz e a última frase foi pro ruivo a minha frente que confirma com á cabeça.
Sinto Daniel se afastar da gente e finalmente pude prestar atenção a perfeição que estava na minha frente.
Ele estava com tênis preto, calção preto que iam até acima do joelho, blusa vermelha que cobria a metade do calção e as mangas da blusa iam até o tornozelo, revelando pela primeira vez seus braços pálidos que carrega sardas linda por ali.
Os cabelos estavam soltos e definidos. Ele estava levemente maquiado, o que o deixou mais delicado. Até suas unhas chamaram minha atenção, pois elas estavam pintadas de preto.
No pulso esquerdo tinha várias pulseiras de diferentes cores. Ele estava lindo.Ele diminui a distância entre nós. Mas percebo que ele vai passar por mim, então barro sua passagem.
Tento pegar seu rosto, mas ele se afasta muito nervoso.
— Por favor.... estamos em público! – Ele realmente parecia se importar com que os outros iriam falar dele, não intendia esse seu medo.
— Eu posso pelo menos te dar uma carona? – Eu pergunto chateado.
— Tudo bem... – Ele aceita, mas não sei se foi só por educação. Passando por mim, eu sigo ele em silêncio até o elevador como um cachorro seguindo seu dono!Quando eu acompanho ele, já tinha apertado o botão do elevador e a porta em seguida abre, então apenas entramos dentro em silêncio.
Mas já havia um cara lá dentro e ele não tirava os olhos do Sammy. Então uso o meu corpo para tampar a visão do cara, pois vi que o seu olhar o estava incomodando e me irritando também! Ainda bem que logo o cara sai do elevador.
Mas logo em seguida entra um casal, mas não era qualquer casal, era Elliot e sua ex!
Levanto as sobrancelhas pra ele, ele me dá um sorriso forçado, pois ele sabia que o estava julgando. Mas seu olhar cai em cima do Sammy!
— Anjo tatuador... – Ele fala oferecendo a mão para o mesmo apertar. Mas Sam hesita por um momento, mas acaba apertando sua mão.
— Você pode me chamar de Sam... – Ele fala soltando a mão do Elliot.
— Então, quem é a criança que você tá sendo babá? – A loira ao lado do meu amigo pergunta, olhando para mim e em seguida pro ruivo ao meu lado.As portas do elevador abrem e pego a mão do Sammy, saindo do lugar, com eles atrás da gente.
— Os dois então ficando! – Elliot responde no meu lugar com humor na voz.
— Estão você realmente gosta de caras e é de novinhos? – Nunca neguei minha sexualidade pra ninguém!Eu não ia responder ela, nunca gostei de tá na mesma presença dessa mulher desagradável. Até hoje não sabia o que Elliot tinha visto nela, para passar quase três anos em uma relação que era óbvio que ele não era feliz.
Iria apenas me despedir com educação, mas Sammy é mais rápido que eu ao falar.
— Primeiro: não sou tão novo assim, tenho 21 anos! Segundo: qual é o problema em gostar de outro cara?. – Sam se manteve neutro enquanto a mulher o encarava com desdém.
Eu dou um meio sorriso e Elliot parecia está se divertindo com a situação também.
— Querido, você vai me dá uma carona né? – Ela pergunta manhosa finalmente quebrando o olhar com Sammy, percebendo que ele não iria desviar o primeiro.
A pouco tempo que conheci esse seu lado determinado e ainda não consegui me acostumar.
Quando ele se sentia acuado, ele conseguia atacar pra se defender.
— Sim, vamos, o meu carro tá por ali. Te vejo por aí anjo tatuador... Sam. Cuide direitinho do seu nenê Yan. – Elliot fala e se despede me provocando como sempre.
Eles vão para caminho oposto do nosso, ainda bem.
Conduzo Sammy até meu carro e quando chegamos, ele sobe em cima do capuz, ficando sentado e me pede para tirar fotos dele ali.
Ele cruza as pernas e apoia seus cotovelos em cima do capuz, jogando a cabeça para trás! Porra, quando ele queria ele era muito sexy.
Pego meu celular e procuro um ângulo que saia seu rosto. Depois de alguns cliques ele muda de posição, ficando completamente deitado, suas mãos foram para os cabelos, mas suas pernas ainda estavam cruzadas.
— Prontinho... – falo depois de ter batido mais três fotos.
— Depois você manda pra mim... – Ele fala já de pé, em seguida entrando no carro, não dando tempo de abrir a porta pra ele.Não sei porque, mas me senti frustrado, ele estava muito frio comigo, não sabia o que fazer pra ele voltar ao normal. E novamente me amaldiçoei por ter irritado ele.
Não demora muito para eu entrar no carro, ele já estava com o cinto de segurança e já tinha uma música tocando.
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Traumas do passado +18
RomanceYan e Sammy são pessoas distintas, que carregam traumas horríveis dos seus passados! Sam um tatuador, que sofreu homofobia por parte de sua família, foi expulso de casa com 15 anos! Passou anos em um relacionamento tóxico, até o preço de sair dessa...