Capítulo 44: DESCULPAS

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YAN

Cheguei bem na hora que eles já tinham fechado o estúdio, por pouco eu não tinha chegado a tempo! Coloco minhas mãos nos bolsos da calça, quando eles dão de cara comigo.

Queria acabar logo com isso, minha atenção vai para Daniel e falo tudo de uma vez.

— Me desculpa... por te ofender! – Ele abre um sorriso sarcástico e anda em minha direção com uma confiança absurda e vem pra trás de mim e fala.

— Até porque, quem é você pra falar de mim né? A propósito, quando foi a última vez que você pagou alguém pra fuder? – Então ele realmente sabia! Ele não me deixa pensar muito sobre o assunto e continua a falar.

— Mas eu vou te desculpar... você tá vendo esse cara na sua frente? – encontro os olhos do Sammy.

— Ele é o oposto de mim, então pense muito bem, antes de magoá-lo, porque não hesitarei em ir até o inferno por ele. Se precisar de mim, é só ligar. – Ele muda o tom da voz e a última frase foi pro ruivo a minha frente que confirma com á cabeça.

Sinto Daniel se afastar da gente e finalmente pude prestar atenção a perfeição que estava na minha frente.

Ele estava com tênis preto, calção preto que iam até acima do joelho, blusa vermelha que cobria a metade do calção e as mangas da blusa iam até o tornozelo, revelando pela primeira vez seus braços pálidos que carrega sardas linda por ali.

Os cabelos estavam soltos e definidos. Ele estava levemente maquiado, o que o deixou mais delicado. Até suas unhas chamaram minha atenção, pois elas estavam pintadas de preto.
No pulso esquerdo tinha várias pulseiras de diferentes cores. Ele estava lindo.

Ele diminui a distância entre nós. Mas percebo que ele vai passar por mim, então barro sua passagem.

Tento pegar seu rosto, mas ele se afasta muito nervoso.

— Por favor.... estamos em público! – Ele realmente parecia se importar com que os outros iriam falar dele, não intendia esse seu medo.

— Eu posso pelo menos te dar uma carona? – Eu pergunto chateado.
— Tudo bem... – Ele aceita, mas não sei se foi só por educação. Passando por mim, eu sigo ele em silêncio até o elevador como um cachorro seguindo seu dono!

Quando eu acompanho ele, já tinha apertado o botão do elevador e a porta em seguida abre, então apenas entramos dentro em silêncio.

Mas já havia um cara lá dentro e ele não tirava os olhos do Sammy. Então uso o meu corpo para tampar a visão do cara, pois vi que o seu olhar o estava incomodando e me irritando também! Ainda bem que logo o cara sai do elevador.

Mas logo em seguida entra um casal, mas não era qualquer casal, era Elliot e sua ex!

Levanto as sobrancelhas pra ele, ele me dá um sorriso forçado, pois ele sabia que o estava julgando. Mas seu olhar cai em cima do Sammy!

— Anjo tatuador... – Ele fala oferecendo a mão para o mesmo apertar. Mas Sam hesita por um momento, mas acaba apertando sua mão.

— Você pode me chamar de Sam... – Ele fala soltando a mão do Elliot.
— Então, quem é a criança que você tá sendo babá? – A loira ao lado do meu amigo pergunta, olhando para mim e em seguida pro ruivo ao meu lado.

As portas do elevador abrem e pego a mão do Sammy, saindo do lugar, com eles atrás da gente.

— Os dois então ficando! – Elliot responde no meu lugar com humor na voz.
— Estão você realmente gosta de caras e é de novinhos? – Nunca neguei minha sexualidade pra ninguém!

Eu não ia responder ela, nunca gostei de tá na mesma presença dessa mulher desagradável. Até hoje não sabia o que Elliot tinha visto nela, para passar quase três anos em uma relação que era óbvio que ele não era feliz.

Iria apenas me despedir com educação, mas Sammy é mais rápido que eu ao falar.

— Primeiro: não sou tão novo assim, tenho 21 anos! Segundo: qual é o problema em gostar de outro cara?. – Sam se manteve neutro enquanto a mulher o encarava com desdém.

Eu dou um meio sorriso e Elliot parecia está se divertindo com a situação também.

— Querido, você vai me dá uma carona né? – Ela pergunta manhosa finalmente quebrando o olhar com Sammy, percebendo que ele não iria desviar o primeiro.

A pouco tempo que conheci esse seu lado determinado e ainda não consegui me acostumar.

Quando ele se sentia acuado, ele conseguia atacar pra se defender.

— Sim, vamos, o meu carro tá por ali. Te vejo por aí anjo tatuador... Sam. Cuide direitinho do seu nenê Yan. – Elliot fala e se despede me provocando como sempre.

Eles vão para caminho oposto do nosso, ainda bem.

Conduzo Sammy até meu carro e quando chegamos, ele sobe em cima do capuz, ficando sentado e me pede para tirar fotos dele ali.

Ele cruza as pernas e apoia seus cotovelos em cima do capuz, jogando a cabeça para trás! Porra, quando ele queria ele era muito sexy.

Pego meu celular e procuro um ângulo que saia seu rosto. Depois de alguns cliques ele muda de posição, ficando completamente deitado, suas mãos foram para os cabelos, mas suas pernas ainda estavam cruzadas.

— Prontinho... – falo depois de ter batido mais três fotos.
— Depois você manda pra mim... – Ele fala já de pé, em seguida entrando no carro, não dando tempo de abrir a porta pra ele.

Não sei porque, mas me senti frustrado, ele estava muito frio comigo, não sabia o que fazer pra ele voltar ao normal. E novamente me amaldiçoei por ter irritado ele.

Não demora muito para eu entrar no carro, ele já estava com o cinto de segurança e já tinha uma música tocando.

Traumas do passado +18Onde histórias criam vida. Descubra agora