Loving in hell - Daryl Dixon •TWD•

Capítulo 11

Daryl Dixon

Meus olhos se arregalaram quando vi a garota Grimes, ela usava apenas um top e suas calças, seu rosto estava com alguns hematomas e ela estava coberta de sangue. Quando ela correu para mata Rick ia atrás dela mas Hershel o chamou.

- Precisamos resolver isso primeiro - ele apontou para o carro então só assim reparamos que tinha um garoto lá. - preciso de você aqui, Lillian sabe se cuidar.

- Minha filha...

- Posso ir atrás dela, sei os lugares que ela ia. - a Greene mais velha disse.

- Vou precisar da sua ajuda Maggie. - O velhote disse.

- Eu posso ir - Ryan disse - sei onde é.

- Ela não gostaria de saber quem você saiu sozinho, eu vou. - disse eu tom autoritário. - não se preocupe Rick, vou trazê-la de volta.

- Obrigada - Rick tocou meu ombro e eu assenti.

Antes de ir em direção a floresta passei na barraca de Lilli e peguei uma mochila, coloquei uma troca de roupas, seu kit médico, comida e seu inalador. Sai em direção a cabana que ela morava com Ryan. Caminhei por um tempo e quando cheguei não vi ninguém. Entrei na cabana e chamei pela garota.

- Lilli? Lillian?

Ouvi um barulho de choro vindo do banheiro, quando entrei vi a garota sentada na banheira vazia, ela abraçava suas pernas com força enquanto chorava, toquei seu ombro e ela levantou a cabeça assustada segurando sua faca.

- Calma. Calma, sou eu, sou eu - ela me olhou por alguns segundos e então soltou a faca, ela praticamente pulou no meu colo e me abraçou chorando.

Tirei ela de dentro daquela banheira suja e empoeirada e me sentei no chão de forma que ela ficasse em meu colo e deitei sua cabeça em meu peito. Fiquei um tempo com ela naquela posição a segurando com força e acariciando seus cabelos.

Vê-la sentir medo acabava comigo, ela estava triste e assustada, e eu não queria que ela se sentisse assim, desde a primeira vez que a vi, aquela garota despertou um sentimento em mim, algo estranho e confuso que eu nunca tinha sentido antes. Não sei oque era e tentava lutar para descobrir. Me odiei tanto quando acabei sendo grosso com ela e a chateei, toda aquela babaquice só por que não sei lidar com esse sentimento estranho.

- Que conversar? - perguntei quando ela estava mais calma.

- Eu o matei. - fiquei sem reação ao ouvir aquilo, ela levantou a cabeça e me olhou nos olhos. - eu rasguei o pescoço dele com minha faca... eu o matei, sou uma pessoa horrível.

- Por que? - eu não precisava ser um Einstein para saber que ela provavelmente falava dos parceiros daquele homem que estava na caçamba.

- Ele estava... estava tentando me... - ela abaixou o olhar e eu entendi do que ela falava, cerrei meus punhos de raiva, só de pensar em alguém tentando fazer isso com ela... já me deixa louco. - ele estava me tocando. - ela continuou. - Me batendo e me enforcando... ouvimos um tiro e quando ele se distraiu eu... eu cortei a garganta do desgraçado....

Respirei fundo tentando controlar minha raiva ao ouvir a história.

- Essa não foi minha pergunta. - ela me olhou sem entender. - por que? Por que você seria uma pessoa horrível? Na real... você fez um bem pra esse mundo.