Capítulo 42

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Lillian Grimes

Quando acordei dei a sorte de não ter nenhum zumbi no pé da árvore. Desci e continuei andando, minha garganta estava seca, mas nada de encontrar um rio, lago ou qualquer coisa assim.

Tudo estava cada vez mais difícil, não sabia onde estava, para onde estava indo ou qualquer coisa assim, antes quando eu saia, sempre tinha um mapa e bússola e isso ajudava, mas agora estava perdida, talvez devesse ter continuado com Mich. No almoço abri a lata de legumes que achei no dia anterior e comi.

Eu estava exausta, o único líquido que bebi foi a água de conserva que vinha na lata de legumes, mas aquilo com certeza não matou minha cede. Assoviava sempre que podia na floresta, na esperança de ouvir o assovio de novo.

Já estava escurecendo quando encontrei uma velha cabana, lá dentro tinha algumas garrafas e galões de água, sorri feliz. Acendi uma pequena fogueira e usei a lata dos legumes para ferver a água. Enchi quatro garrafinhas de água e bebi a quinta. Verifiquei se o lugar estava bem trancado e dormi ali.

No meio da madrugada acordei sentindo cheiro de fumaça. Sai da cabana e pude ver uma luz clara vindo da floresta. Peguei minhas coisas e corri para lá. O fogo parecia estar queimando a algumas horas, pude reconhecer o lugar, uma velha cabana com um barracão de bebidas ilegais. Encontrei a um mês com Daryl.

Vi algumas marcas de pegada e tentei rastrea-las, passei a noite nisso. Mas as pegadas se misturaram com pegadas de zumbis. De manhã consegui caçar um guaxinim, aquilo foi meu almoço.

Depois de caminhar muito, me sentei para descansar. Senti uma falta de ar, imediatamente tirei minha bombinha do bolso, depois de inalar o remédio vi que havia derrubado o jaspe no chão, o peguei e passei a mão na pedra a limpando. Quando notei já estava chorando, Daryl... sinto sua falta.

Limpei as lágrimas e peguei minha foice, em seu cabo havia um trançado com cordas. Desfiz o trançado e amarrei a jaspe na ponta, firme para que não caísse.

De tarde, continuei andando até achar o que parecia um cemitério e uma funerária, pensei em me aproximar mas não sabia quem estaria lá, e se haviam tantas marcas de zumbis por perto, não era uma boa ideia.

Continuei caminhando por uma estrada, caminhei por horas e quando já estava escurecendo vi luzes de farol, me escondi atrás de um carro capotado e observei. Parecia um carro de polícia, no passado isso seria muito bom, hoje em dia... nem tanto.

Voltei para a floresta e fiz o mesmo que a duas noites atrás, subi em uma árvore e prendi minhas pernas. Pretendia continuar tentando achar rastros no outro dia.

De manhã desci da árvore, minhas costas estavam um pouco doloridas mas precisava continuar. Vi alguns pássaros voando de galho em galho. Assoviei e ele repetiram, continuei caminhando pela floresta assoviando várias vezes, quando ia fazer isso de novo, ou um barulho de galho se quebrando.

Me virei e um zumbi veio em minha direção, puxei uma faca mas ele já estava na minha cola. Cravei minha faca em sua cabeça e ele caiu morto. Peguei minha foice e olhei em volta, nada. Antes que eu pudesse me abaixar para recuperar a faca, ouvi outro grunhido.

Um zumbi, dos grandes. Vinha em minha direção, arremessei minha foice o prendendo em uma árvore. Respirei fundo falhando miseravelmente, peguei meu inalador, mas acabei o derrubando quando outro zumbi veio para cima. Atrás dele vinham mais três.

Loving in hell - Daryl Dixon •TWD•Onde histórias criam vida. Descubra agora