Capítulo 59

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Daryl Dixon

Aaron e eu saímos, eu tinha acabado de me resolver com a Lilli e isso tinha me feito acordar de bom humor. Eu dirigia a moto e Aaron foi com o carro.

Depois de um tempo estacionamos os veículos em algum lugar, começamos a caminhar. Não era só recrutamento, se encontrássemos outras coisas, coisas úteis. Isso já ajudava.

— Vocês dois estão juntos a quanto tempo? — Aaron perguntou de repente.

— Que?

— Você e a Lilli, parecem se conhecer a muito tempo.

— Quase dois anos, não tenho certeza.

— Namoram a quase dois anos?

— Não, nos conhecemos a quase dois anos. — comentei. — Lilli e eu tínhamos um... rolo, não sei bem o que era. Paramos e voltamos algumas vezes...

— Ela acha que você gosta da loirinha.

— É eu sei...

— E você gosta?

Eu o encarei como se fosse óbvio a resposta, mas ele ainda esperava que eu respondesse.

— Gosto da Lilli. Apenas dela.

Continuamos caminhando até o escurecer, haviam alguns rastros de pegadas em alguns lugares. Matamos alguns zumbis, haviam um pouco mais que o normal.

— Talvez tenha gente por perto, tem bastantes deles por aqui, talvez...

— Shh — interrompi Aaron. — Tem alguém ali.

Havia fumaça, como se alguém tivesse feito uma fogueira, nos mantemos longes mas atentos. Jantamos e acampamos na floresta.

De manhã voltamos a caçar seja lá quem estivesse ali. Caminhando pela floresta achamos algo muito estranho, havia partes de zumbi. Braços, pernas... todos decepados.

— Quem fez isso levou o resto junto. — passei por eles. — Foi recente.

Um pouco mais à frente, outra coisa bizarra. Uma morta amarrada em um árvore. Provavelmente foi amarrada ainda viva.

— Amarrada... — Aaron encarou aquilo. — Se alimentaram dela. Rasgaram ao meio. É fresco?

— Sim...

— Como isso aconteceu...

Ergui a cabeça da mulher, havia a letra W escrita em sua cabeça, a mulher acordou zumbificada e eu a finalizei com minha faca.

Algo estranho estava acontecendo, precisávamos descobrir. Aquele não era o primeiro nem o último zumbi que achamos com a letra W na testa.

[...]

Estava dirigindo minha moto, agora indo um pouco mais distante. Paramos perto da floresta. O esquema sempre era esse, dirigir um pouco, parar um pouco, caminhar um pouco... repetindo sempre.

Enquanto esperava Aaron se aliviar, tateei meu bolso e tirei um pequeno saquinho plástico. Encarei aquela foto minha e da Lilli, eu tinha a colocado em um saquinho plástico para que não corresse o perigo de estragar.

Loving in hell - Daryl Dixon •TWD•Onde histórias criam vida. Descubra agora