Capítulo 54

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Lillian Grimes

Eu o encarei em silêncio, como responder? Como dizer a ele que talvez eu possa estar grávida? Não, não posso dizer.

— Lillian, me responde. O que tá acontecendo com você? — Daryl insistiu na pergunta.

— Nada, não está acontecendo nada.

— Eu te conheço, sei quando está mentindo.

— Olha...

— Daryl, te achei! — Aquela voz feminina que ultimamente só estava me irritando veio da porta.

Beth estava segurando Judith na porta com um sorriso para nós. Constantemente sinto raiva dessa garota, mas hoje ela me ajudou pelo menos.

— Lilli, pode ficar um pouco com a Judith? — ela questionou.

Apenas me aproximei dela e a bebê já jogou os braços pedindo para vir para meu colo. Assim que peguei a bravinha, Beth foi até Daryl deixando um beijo em sua bochecha que ele ignorou.

— O que quer Beth? — Ele questionou ríspido.

— Eu queria falar com você. — ela disse tocando seu ombro. Então me encarou. — Em particular.

Encarei a garota e revirei os olhos, escutei Daryl me chamar, mas apenas ignorei. Como ele ainda pode dizer que não está rolando algo entre os dois. E muito me admira a Beth, mesmo que não fosse assumidamente, qualquer um poderia notar que tinha algo entre eu e Daryl.

Menos meu pai que parece ser exageradamente lento.

Peguei o carrinho de Judith e a coloquei lá dentro, comecei a caminhar com ela. Me aproximei ao ver uma garota de cabelos castanhos me encarando, Carl já tinha me falado dela.

— Oi, você é a Enid. Certo? — ela apenas assentiu.
— Sou irmã mais velha do Carl, Lillian, ou Lilli. Essa é a mais nova. — apontei para o carrinho.
— Você não é muito de conversar né? — Ela permaneceu em silêncio.

Adolescentes, passei dessa fase tem pouco tempo. Sei como lidar com eles.

— Quando eu entrei no ensino médio, eu também era assim. Não gostava de ninguém, nem de conversar, nem nada. Todos me julgavam por ter um pai policial. Achavam que eu era certinha de mais e deduraria qualquer brincadeira que fizessem. Mas então eu mudei o pensamento deles.

— como? — ela finalmente pareceu interessada.

— Fiz um trote, um enorme trote.

— Qual?

— Um dia toda a escola iria ficar até mais tarde, foi então que coloquei meu plano em ação. Para que os alunos não me odiassem, mandei um SMS para cada um dizendo "não saia da sala". Havia uma caixa d'água separada apenas para os sprinklers de incêndio. Coloquei corante vermelho na água, enquanto todos estavam nas salas espalhei óleo pelo chão e nos corredores. — A cada coisa que eu dizia ela parecia mais impressionada. — coloquei bombinhas nas privadas do banheiro, também deixei um enorme cartaz preso no portão da escola, escrito "primeiro de abril" — sorri vendo a empolgação dela. — fui até a sala onde faziam os anúncios matinais e deixei tocando nos auto falantes repetidamente a música "pumped up kick" , assim que a música chegou no refrão, apertei o controle que fazia às bombinhas  explodirem.

Loving in hell - Daryl Dixon •TWD•Onde histórias criam vida. Descubra agora