Capítulo 46

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Lillian Grimes

Me aproximei de Abraham, ele concertava o microônibus.

— Precisa de ajuda?

— Sabe sobre mecânica? — ele estava deitado.

— Não. — eu ri. — mas com esse ferimento não posso fazer mais nada.

— Como conseguiu isso?

— um cara, ele me deu uma facada.

— Imagino que ele tenha acabado pior. — ele me encarou. — você é dura na queda, muito forte também.

— Obrigada.

— Sabe, suas habilidades seriam ótimas em Washington.

— Ainda não entendi esse lance. — me encostei no ônibus. — O que tem em Washington?

— A cura. — o encarei sem entender. — Eugene é cientista, ele sabe como resolver isso, como trazer o mundo de volta. Preciso levá-lo até lá. O que me diz? Depois que se recuperasse dos ferimentos, seria uma boa combatente.

— Obrigada, mas estou onde minha família está. — olhei para Carl que encarava a parede. — Não os deixaria por nada.

— A lealdade é algo bonito de se ver.

Sorri para ele e me afastei fui até Carl e olhei para o que ele encarava.

"Vai queimar por isso"

Estava cravado na parede de madeira, passei o dedo da gravura, parecia antiga.

— Que merda...

— Também tem arranhões. — Carl me levou até o outro lado da parede.

— São profundas, de facas provavelmente...

Rick chegou enquanto Carl me mostrava aquilo, mostramos para ele também. Com certeza aquilo era muito suspeito.

[...]

A noite chegou. Para minha infelicidade, nenhum dos grupos que saiu conseguiram achar algo que me ajudasse. O bom é que tinham achado muita comida.

Fizeram uma cozinha improvisada e cozinharam algumas latas, me sentei no chão em silêncio. Eu com certeza não me sentia bem. Meu corpo todo doía e eu me sentia fraca.

Fiquei em silêncio no canto, observando todos animados, Rick comia com Judith, Carl brincava com eles. Os outros conversavam e sorriam, Gabriel havia os deixado beber o vinho que ele tinha guardado. Para mim, só aquilo bastava.

Encostei minha cabeça em um banco e fechei os olhos, senti alguém se aproximar. Abri meus olhos e vi Daryl se sentar ao meu lado. Carol também havia se sentado na minha frente.

— Não parece bem. — ele tocou meu rosto .

— É por que não estou. To morrendo Daryl.

— Não fala bobagem. — ele colocou um prato com comida na minha mão. — está com um pouco de febre, mas logo passa.

— Se não passar...

Loving in hell - Daryl Dixon •TWD•Onde histórias criam vida. Descubra agora