Capítulo 67

1.2K 107 23
                                    

Lillian Grimes

Meu irmão me contou tudo que havia acontecido. Ele levou um tiro de Ron, eu fiquei possessa, mas Michonne contou que matou ele. Mas o que importava era que Carl estava bem. 

Mesmo eu dizendo que estava bem, me obrigaram a ficar na enfermaria o resto do dia e a parte da noite. Já que minha saturação ainda estava um pouco baixa.

— Carol, sinceramente. Isso já é de mais. — Me referi a ela picando alguns pedaços de carne. — Eu consigo mastigar.

— Eu sei, mas você vomitou todo o café da manhã. Isso pode ser um bom sinal, ou não. De qualquer modo vou cuidar de você.

— Eu também consigo cortar a carne sozinha.

— Para de resmungar e me deixa cuidar de você, como está se sentido hoje?

— Bem, mãe. — Acabei falando sem pensar.

Paralisei por alguns segundos e então reparei no que disse. Chamei a Carol de mãe? Olhei para ela e a mesma me encarava. Ela sorriu e voltou a picar a carne.

— Você me vê como uma figura materna? — Ela disse enquanto colocava aquela bandeja no meu colo. Eu não soube responder. — Olha. — ela tocou meu rosto. — Eu te considero uma filha... fico feliz que me considere uma mãe. — Ela beijou minha testa. — Eu te amo, filha.

— Eu te amo, mãe. — sorri para ela.

Ela sorriu e então ela saiu. Encarei aquele prato pensando no que ela disse. Realmente eu via Carol como uma mãe, conseguia sentir esse amor materno vindo dela.

Comecei a comer aquela refeição, meu estômago estava embrulhando um pouco mas dei umas garfadas. Depois de forçar mais uma garfada, senti tudo voltar. Coloquei a mão na boca.

— Opa, opa. Espera. — Daryl que estava entrando correu até mim, pegou um balde que estava no chão e colocou perto de mim. Vomitei lá. — Sabia que não deveria ter te deixado sozinha.

— Eu to bem. — Disse ao limpar a boca. — Já to acostumada.

— Trouxe roupa pra você tomar banho. — ele mostrou uma calça e uma camisa de manga longa. — Vamos lá, eu te ajudo.

— Não, não. — disse tirando o lençol que me cobria. — Por que vocês tentam me ajudar a fazer tudo?

— Por que você, senhorita. Tem uma enorme tendência a nunca dizer se está se sentindo mal. — Ele me ajudou a descer da maca e calçar os chinelos.

— Mas eu to bem. — ele me encarou. — De verdade, amor. Eu consigo tomar banho sozinha.

— Ta, ok. Mas vou ficar aqui no quarto, qualquer coisa me grita.

— Ok.

Daryl me ajudou a tirar a faixa do cabelo. Peguei a roupa e entrei no banheiro, liguei o chuveiro e entrei lá de baixo. A água quente era ótima pra mim.

Tomei meu banho e escovei os dentes, troquei minhas roupas e saí do quarto. Daryl estava lá, ele tinha arrumado o quarto e minha cama.

— Pode pentear meu cabelo? — Perguntei.

— Achei que iria querer fazer sozinha. — Ele pegou o pente.

Loving in hell - Daryl Dixon •TWD•Onde histórias criam vida. Descubra agora