Capítulo 41

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Daryl Dixon

Droga Lilli.

Eu não queria ter a deixado, eu queria ter voltado lá. Quando ela me disse que ia atrás da família, eu devia ter a impedido ou ido com ela. Mas eu não fui.

Acabei encontrando com a Beth, todos estavam fugindo e o ônibus que ela iria acabou partindo sem ela. Acabei tendo que levá-la comigo, minha esperança era encontrar Lilli. Assim que tudo se acalmou, avisei a Beth que iria voltar para perto da prisão, tentar encontrar Lilli com o assovio.

Mas infelizmente não a encontrei, acabei colocando a mim e aquela loirinha em perigo. Vários zumbis nos viram e vieram para cima de nós, por um triz conseguimos escapar.

Já era noite, eu acendi uma fogueira e me sentei no chão, Beth se sentou ali perto em silêncio, o que não durou por muito tempo.

— A gente devia fazer alguma coisa. A gente tem que fazer alguma coisa. — ela disse. — não somos os únicos sobreviventes, não podemos ser. Rick e a Michonne devem estar por perto, Maggie e Glenn podem ter saído do bloco A. Podem sim. A Lilli sabe se proteger, ela passava noites fora da prisão.

Sinceramente o que eu mais esperava era que minha garota estivesse bem, tudo aquilo aconteceu e depois eu não a vi mais, parece que falta um pedaço de mim e que não vou conseguir ficar em paz até ver que ela está bem e segura.

Quando ela disse que era apaixonada por mim, não soube reagir. Sou um idiota. Ela é uma garota incrível, é claro que eu sinto o mesmo, não tenho dúvidas. Eu não consigo tirá-la da minha cabeça, só de imaginar o sorriso dela, seu rosto, cabelo e seu cheiro. Tudo isso já me faz sentir um aperto no peito por não poder estar vendo e sentindo agora.

— Você é rastreador. — Beth continuou. — sabe rastrear. Vamos lá, o sol já vai nascer, se sairmos agora dá... — permaneci em silêncio. — beleza. Se não vai rastrear, eu vou.

Ela pegou uma faca e saiu andando em direção a mata, respirei fundo e apaguei a fogueira. Peguei minha besta e fui atrás dela.

[...]

Achamos algumas pegadas não dava para saber de quem era, provavelmente as coisas haviam ficado feias para quem quer que seja. Mas a garota ficou irritada e insistiu que estavam vivos.

Continuamos seguindo as pegadas, a garota quase foi pega por um dos mortos mas consegui tirá-la de lá. Perto do trilho de trem, alguns zumbis comiam alguns corpos, paralisei ao ver uma zumbi de costas. O seu cabelo era exatamente como o de Lilli.

— Não... não...

Me aproximei, dois deles se levantaram e eu os matei. Respirei aliviado ao parar na frente da zumbi e ver que com certeza não era a Lillian.

Recolhi minha flecha e comecei a andar, parei quando ouvi aquela garota chorar. Não sabia exatamente o que fazer, se fosse a Lilli eu teria a abraçado e beijado sua testa, mas aquela não era a Lillian e eu não faria isso.

Esperei a garota se recompor e então voltamos a caminhar. Não estávamos na melhor, eu ainda tentava assoviar com o sinal que a Lilli disse mas nunca havia retorno.

Passamos o dia fugindo e se escondendo de mortos, e a noite chegou novamente. Acabamos tendo que nos trancar no porta-malas de um carro para que os mortos não nos achassem.

Loving in hell - Daryl Dixon •TWD•Onde histórias criam vida. Descubra agora