LOYALTY II - O passado fica para trás

💍 Capítulo 57 💍

SONG MINGI

Mingi levantou em um solavanco assim que a porta do escritório fora aberta bruscamente, se esquecendo totalmente do corpo comprido que cobria o seu assim que levantou a cabeça, o que resultou em um nariz dolorido e este no susto de Yunho, que rapidamente se sentou em cima de suas pernas um tanto desajeitado.

— Porra... — Mingi resmungou e se sentou no sofá, colocando a mão no nariz dolorido ao mesmo tempo que com a outra tentava arrumar os seus fios capilares um tanto rebeldes.

— E ai a nova rota seria por aquela rua de Apgujeong-dong, onde eles moravam e... UEPA! — o oficial Han Seungwoo gritou, e com o susto, em reflexo colocou a mão direto no coltro da arma, com Mingi assistindo o oficial lhe encarar com uma expressão assustada, ao mesmo tempo que confusa, e o outro oficial que o acompanhava não ficou diferente. De relance, Mingi desviou os olhos para Yunho, vendo ele esconder o rosto envergonhado e as bochechas vermelhas atrás das próprias mãos. — Me desculpe, eu não sabia que vocês estariam aqui, Mingi. — o oficial disse rapidamente, um tanto envergonhado, já relaxando a postura. Mingi rapidamente negou com a cabeça, acariciando as costas de Yunho, pedindo indiretamente pra que ele se levantasse pra poder levantar em seguida, e assim o fizeram.

— Tudo bem...ahm... nós... viemos aqui ontem a noite pra eu poder explicar algumas coisas do caso pro Yunho, e ai sentamos pra conversar e acabamos pegando no sono. — Mingi explicou, se abaixando pra pegar as folhas soltas do dossiê que estavam espalhadas pelo tapete, e logo viu Yunho lhe ajudar de forma desajeitada. Ele estava tão envergonhado.

— Nos desculpe pela bagunça, Seungwoo. Eu pedi para o Mingi me trazer aqui pra me mostrar as fotos e coisas que já tinham da investigação. Eu só queria entender mais um pouco do caso e pra onde ele está indo, mas acabamos pegando no sono no sofá mesmo. — Mingi ouviu Yunho explicar, o que não era de todo mentira, já que estavam justamente ali a pedido de Yunho.

Na madrugada, quando finalizaram a conversa na cozinha, Yunho admitiu que ainda estava tentando assimilar algumas coisas que haviam acontecido após Mingi se entregar pra Hongjoong. Mingi não queria revisitar aquela história tantas vezes, mas sabia que falar dela seria necessário quantas vezes precisasse, porque sabia que se falasse dela mais vezes do que pudesse contar, um dia passaria a falar de forma automática, sem que seus sentimentos ou até mesmo seu próprio corpo não reagisse mais ao pesadelo que havia vivido com Kim.

No começo, não conseguia falar da história sem parar de chorar pois tinha medo e, hoje, dias depois do ocorrido, apenas passou a sentir nojo da figura de Kim e raiva por tudo o que ele havia feito com todos e com sua vida.

— Está tudo bem, rapazes! Só fiquei surpreso por estarem aqui, e ainda dormindo no sofá. — disse o oficial Seungwoo. — Obrigado, Yunho. — agradeceu, segurando o dossiê de Hongjoong assim que Yunho terminou de organizar as folhas e o alcançou nas mãos do rapaz. — Vocês ainda ficaram com alguma dúvida sobre o caso ou se lembraram de algo? — ele perguntou e Mingi negou com a cabeça, virando os olhos para Yunho, vendo ele cruzar os braços rente ao peito e negar com a cabeça também.

— Não também, oficial. Tudo o que Mingi me contou vocês já sabem, então não há nada de novo. — Yunho explicou, enfiando as mãos nos bolsos canguru do moletom.

— E você, oficial. Tem alguma novidade? — Mingi perguntou ao ver o oficial colocar o dossiê na mesa e pegar o notebook, este que estava fechado sobre a mesa de madeira escura.

— Como já fazem três dias que estamos aqui no casarão, estamos tentando tomar medidas mais incisivas. Agora a pouco acabamos de abrir um canal de denúncia com recompensa. Vamos oferecer 5 milhões de wons** Inicialmente, e se demorar mais dias pra encontrá-lo, vamos aumentando a recompensa. O mesmo serve pro irmão dele. Precisamos encontrar os dois logo, já se passaram quatro dias que estamos aqui e nem sinal deles.