LOYALTY II - O passado fica para trás

💍 Capítulo 15 💍

SONG MINGI

Mingi, já de banho tomado e cabelos secos, beijou os fios castanhos de Yunho antes de sair do banheiro e caminhar para dentro do closet. Desprendeu a toalha úmida da cintura e colocou a mesma no puff para se vestir, optando por usar uma cueca e uma calça de moletom, ambas peças de tecido preto. Enquanto passava um desodorante corporal, viu Yunho entrar no closet de maneira silenciosa, e assim o silêncio permaneceu, pelo menos até se deitar na cama ao lado dele, vendo ele se ajeitar no colchão para se deitar de bruços e colocar a cabeça acima dos braços cruzados.

— Em que tanto pensa, hm? — perguntou de forma calma, estranhando o silêncio do outro. Se deitou de lado no colchão para ter uma melhor visão do mais novo, apoiando o cotovelo no colchão e a cabeça na mão. Com cuidado, com a mão livre, colocou as costas do dedo indicador na bochecha alheia, dando uma leve carícia na pele macia, vendo Yunho suspirar enquanto o via levantar os olhos negros e redondos tais como jabuticabas em direção aos seus, parecendo ponderar entre falar ou não falar.

— Só estou meio ansioso e cansado com algumas coisas, mas não é nada demais. — ouviu ele resmungar após um breve silêncio, e logo o sentiu colocar o rosto em seu peito, como se quisesse de esconder. Imediatamente, segurou o queixo dele, fazendo ele levantar o rosto novamente para olhá-lo.

— Como assim não é nada demais? — perguntou com certa calma, encarando os olhos cabisbaixos do mais novo. — Você ficou quietinho do nada... eu estou aqui pra você, meu amor. O que está acontecendo? — continuou em tom calmo, e então sentiu Yunho se aproximar e se encolher contra seu peito. Não tardou em abraçá-lo, o envolvendo nos braços em um aperto quente, querendo confortá-lo.

— Ah, Min... eu não sei. — ouviu ele dizer em um muxoxo. — Eu me sinto ansioso o tempo todo, como se uma hora tudo isso fosse me engolir e eu nem sei o porquê. — disse de forma tristonha e Mingi segurou o rosto dele, acariciando a bochecha com delicadeza.

— Estamos passando por várias mudanças na nossa vida em um curto período de tempo, meu amor. É normal estar ansioso dessa forma. — disse, carinhoso, dando um suspiro baixo. — Eu sinto muito por estar passando por isso — começou, depois de um silêncio —, mas vamos dar um jeito, hm? Lembre-se que você não está sozinho e, quando estiver ansioso demais, venha falar comigo pra que eu possa te encher de beijinhos assim! — brincou, ouvindo Yunho rir assim que começou a distribuir beijos pelo rosto dele. — Posso fazer isso até sua ansiedade ir embora! — e continuou com o ataque de beijos.

— Amoor! Para! Eu vou te bater! — Mingi riu com Yunho assim que sentiu ele lhe empurrar pelos ombros, sentindo seu coração bater mais forte quando o viu sorrir.

— Pelo menos funcionou a tática? — perguntou brincando, ouvindo Yunho rir.

— Sim! Fiquei irritado ao invés de ansioso! — Mingi riu ao sentir o outro estapear suas costas. — Bobo... — ele resmungou, ajeitando os cabelos e então Song se ajeitou na cama novamente, olhando o rapaz. Deu um respirar fundo, ainda que silencioso enquanto encarava os olhos escuros de Yunho divagarem pelo quarto.

— Meu amor — chamou atenção de Yunho mais mais uma vez —, quando se sentir ansioso dessa forma, lembre-se do que te falei ontem. — pediu, vendo Yunho se ajeitar na cama, se enroscando mais em seus braços. — As coisas já estão decididas, a gente não precisa correr, está tudo bem, hm?! Vamos fazer tudo aos pouquinhos, e quando menos esperarmos já vamos estar com a casa pronta, com a lojinha em ordem e casados! E ai vamos ficar no nosso cantinho, e tranquilos do jeito que a gente sempre quis. Não podemos fazer tudo de uma vez, mas vamos no nosso tempo. As coisas vão acontecendo na hora que precisam acontecer. Pode demorar um pouquinho, então tenha um pouco de paciência também, sim? — disse com calma, passando o indicador pela bochecha de Yunho, descendo ele de forma carinhosa para o pescoço dele assim que ele novamente apoiou a cabeça acima dos braços cruzados e respirou profundamente. — Está pensando nisso por conta das coisas que sua mãe falou mais cedo? — perguntou, passando o dedo indicador pelo ombro nú de Yunho, tomando a região com a mão para iniciar um carinho ali.