LOYALTY II - O passado fica para trás

💍 Capítulo 71 💍

Nós corremos nossa vida inteira

Agora já podemos descansar

Deita e o vento te leva

Pra onde você deve estar

Tempos de glória

– Jão - Tempos de Glória

N/A: A música desse capítulo é minhas músicas favs do Jão, e fiquei de queixo caído quando me dei conta do quão ela encaixa perfeitamente com esse capítulo. Escutem ela durante a leitura se quiserem! Espero que gostem da att de hoje. <3

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Mingi sorriu de relance quando viu Yunho apoiar o peso do próprio corpo nos braços quando os colocou para trás e fechou os olhos, na intenção de aproveitar o dia ensolarado.

O dia estava quente, mas com um vento fresco assim que se acomodaram no gramado perto do rio Han. Mingi ajeitou os óculos de Sol e tirou um protetor solar da mochila, alcançando o cosmético para Yunho quando viu o rapaz se expor ao Sol com certa inconsequência.

— Hey, pegue. Passe no rosto, braços e pernas. — indicou, vendo o rapaz ajeitar o boné na cabeça e pegar o protetor.

— Ah! Obrigado. — Yunho disse, e Mingi abriu a cesta de piquenique que montaram especialmente para aquele dia.

Desde a noite que se conciliaram, há quase dois meses atrás, estavam levando muito a sério o lance de ficante premium que Mingi havia brincado. Mas quando menos viram, o termo deixou de ser piada quando passaram a se encontrar mais vezes do que o usual, já que nos dias que não estavam fazendo programas bobinhos de casal, se encontravam no apartamento de Yunho para um sexo casual — pelo menos chamavam assim —, como se não se encontrassem quase todos os dias.

Quando não podiam estender para mais um encontro pelas suas agendas apertadas

— pelo menos da parte de Yunho, que às vezes precisava passar horas extras no trabalho para finalizar alguns casos —, se encontraram pelo menos por uma horinha durante o horário de almoço para atualizarem como estava indo a manhã de trabalho e o que ansiavam fazer quando o dia acabasse. Ou às vezes trocavam alguns assuntos de como estava sendo a experiência da terapia, onde claro, os dias das consultas eram inegociáveis. E nos finais de semana, quando era o tempo que mais podiam estar juntos, se permitiam falar sobre um ao outro e sobre o nós que estavam aos poucos construindo.

Mingi continuava respeitando o espaço de Yunho, e estava feliz por vê-lo aos poucos se soltando e se apropriando das próprias decisões e escolhas. Aos poucos o via recorrer e maneira confortável aos seus braços depois de um dia exaustivo, ou o via lembrar de si quando mandava um vídeo tosco na dm do instagram, e mesmo que ele ainda não tocasse no assunto sobre dar algum passo a mais, Mingi não insistia, pois entendia que ainda o rapaz não estava tão à vontade com a ideia de logo voltar a ter uma vida a dois, com toda aquela frescura de dividir apartamento e o guarda-roupas. Para si, a forma que estavam se relacionando naquele momento já bastava, e para Mingi, passou a bastar também quando se permitiu se desprender das amarras do próprio passado que não entendia que o tempo que Yunho desejava não era por raiva ou mágoa, mas sim que ele só ainda não estava pronto pra lidar com tal responsabilidade naquele momento.

— Você já quer comer? — perguntou, pegando o pacote das rosquinhas de chocolate que ele amava.

— Por enquanto não, mas aceito um suco! — ele disse, se sentando na grama com as pernas cruzadas. — O dia está lindo hoje, que bom que você deu essa ideia, se não eu ia ficar enfurnado em casa, dormindo. — Yunho riu baixo e Mingi alcançou a caixinha de suco de laranja pro rapaz.