Chapter 7: Causas Perdidas

106 19 5
                                    

Hey hung up old Mr. Normal,
Don't try to gain my trust;
'Cause you ain't gonna follow me any of those ways,
Although you think you must;
We're not gonna take it...

- "We're Not Gonna Take It" The Who, 1969

A secretária que havia sido enviada para chamá-lo guiou Remus pelo caminho entre os prédios, seus saltos barulhentos batendo contra os pedregulhos, até que eles chegaram no que devia ser o mais antigo e bonito prédio em todo o campus.

"Este é o Castle Hall," ela disse, indicando a grande estrada circular que passava entre as fachadas dos prédios e conectava à rua abaixo. Era, provavelmente, onde o motorista que o havia pegado na estação de trem deveria tê-lo deixado.

"O Grande Salão é logo atrás," ela adicionou. "Você vai ter todos os seus exames lá."

Subindo os degraus da frente do Castle Hall, ela segurou a porta aberta para Remus. Dentro, o chão era feito de pedra, como em um castelo de verdade, com paredes de madeira escura decorada com fotos em preto e branco, presumidamente dos prédios do campus no início.

"A Diretoria fica no terceiro andar," a secretária disse, "agora vá."

Remus resistiu a vontade de revirar os olhos e simplesmente acenou a cabeça, virando-se para a grande escadaria a sua frente. O segundo e terceiro andar do Castle Hall eram como o resto, corredores vastos, cheios de mobília decorativa que parecia tão delicada que se desintegraria só de alguém sentar em uma das cadeiras. Não tinha ninguém na volta, já que estava no meio do primeiro dia de aula, mas quando ele chegou ao terceiro andar, Remus pode ver o gramado, onde alunos estavam saindo de seus respectivos prédios escolares, indo para sua próxima aula do dia.

Por sorte, era mais fácil de andar pelo corredor do que pelo resto de Hawkings e ele facilmente achou a sala da diretora, graças a placa decorativa que dizia: Diretora Minerva McGonagall, O.M. Primeira Classe . A frente da porta estava cravada com a imagem de um leão dourado em meio a um rugido, com um batedor decorativo sobre a cabeça do leão. Remus segurou o batedor e bateu com força.

"Entre," uma voz chamou e ele virou a maçaneta, entrando. Ele pisou em uma vasta área de lazer, com tetos abobadados e um rico papel de parede vinho. A lareira crepitava, fazendo ele de repente ficar muito quente. A sala continha um sofá de veludo e algumas poltronas esparsas, todas decoradas com o rico padrão marrom das cores de Hawkings. Pinturas luxuosas estavam penduradas em todas as paredes e uma estátua de um gato malhado cinza estava sentada na lareira, o encarando com olhos amarelos, como um guardião vigilante.

Além da área de lazer estava um escritório contendo uma grande escrivaninha de carvalho e paredes forradas de livros e vários outros itens que pareciam ser ou muito velhos, ou muito raros e, no meio do escritório, sentada atrás da escrivaninha, estava uma mulher de aparência severa e com a boca em uma linha tão fina quanto um alfinete. Ela tinha cabelo preto e usava um robe verde que a fazia parecer mais com uma feiticeira do que com uma professora.

"Sr. Lupin," ela disse, olhando da pilha de papéis que tinha em sua frente, "por favor, venha se sentar."

Remus nunca havia gostado de ser chamado de 'Sr. Lupin', era um título reservado para seu pai ou para repreensões, mas como ele suspeitava que a conversa em questão envolveria os dois, ele se aproximou da mesa da diretora e se sentou em uma das cadeiras acolchoadas em frente a ela com sua mochila em seu colo.

A diretora McGonagall abaixou os papéis que estava lendo e voltou a se sentar em sua cadeira, com seus braços sobre o colo. "Olá, Remus," ela começou, "Eu sou a diretora McGonagall. Primeiramente, eu gostaria de lhe dar as boas-vindas a Hawkings School."

The Cadence of Part-time Poets [tradução]Onde histórias criam vida. Descubra agora