Chapter 5: Recepção Calorosa

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Maybe I'll be there to shake your hand,

Maybe I'll be there to share the land;

That they'll be givin' away,

When we all live together, we're talkin' 'bout

together, now...

- "Share the Land" The Guess Who, 1970

Sirius Black, de fato, sabia quem ele era. Ou melhor, Remus teve a sensação de que ele sabia muito mais do que apenas o que poderia ser extraído do 'R. Lupin' do lado de fora da porta. James, aparentemente um cavalheiro, tomou facilmente para si apresentar os dois, mas Sirius apenas olhou Remus de cima a baixo com olhos apertados e acenou com a cabeça. Era o mesmo olhar que você recebia ao andar pelo East End sozinho; dizia, 'eu estou te vendo e, se você tentar qualquer coisa, eu vou te estripar', só que em Sirius, com seu cabelo preto escuro, camisa para fora da calça e sapatos engraxados, Remus viu mais um príncipe vaidoso do que um menino de rua maltrapilho.

"Normalmente, não recebemos novos alunos no 11º ano," Sirius disse, como uma observação. Ele parecia terminar cada frase com um levantar da sobrancelha. Isso fez Remus pensar nos ministros enfadonhos que visitavam a Mansão o tempo todo a negócios com seu pai.

"Foi o que eu ouvi," Remus respondeu. Ele deu um passo para trás e abriu sua postura, puxando os ombros — do jeito que Tomny costumava fazer quando ele e o grupo encaravam problemas. Era uma demonstração de domínio, mas sempre funcionou para Tomny. Para a surpresa de Remus, um canto da boca de Sirius se curvou, embora ele ainda não tivesse dado mais nenhum passo para dentro do quarto. James manteve as sobrancelhas unidas no centro da testa enquanto Peter colocava a colher de volta na boca.

"De onde você é?" Sirius perguntou.

"Ele é de Londres," James forneceu para ele.

"Londres," Sirius disse sem muito entusiasmo. "Campeão. Três de quatro agora. Deve se sentir tão sortudo."

Definitivamente não , Remus pensou. Ele não sentia nenhum pouco, pelo menos. Remus conhecia Sirius Black há menos de dois minutos, e já tinha certeza de que o identificava. Muito provavelmente dinheiro antigo com orgulho familiar, talvez até primo distante de alguém da coroa. Era disso que escolas como o Hawkings estavam cheias, certo?

Você enxerga as pessoas , a voz de Tomny ecoou em sua cabeça. Isso o fez querer ligar para o menino mais velho pelo telefone ou pendurá-lo pelo pescoço; ambas as quais eram igualmente irreais quando Remus considerava o fato de estar a horas de Londres e Tomny não ter telefone.

"E você?" Ele perguntou, tamborilando os dedos no topo de seu malão. "De onde é sua família?"

Sirius baixou o sorriso e Remus viu um tendão em seu pescoço flexionar. James, sentindo a mudança de humor repentina em seu amigo, agarrou Sirius pelo ombro e o cutucou gentilmente. "Venha, Sirius, me diga o que aconteceu com Reg e seu grupinho."

"É..." Sirius começou, ainda encarando Remus.

"Vamos deixar você se instalar, Remus," disse James, prestativo. "Você vem Pete?"

Peter se levantou da cama, deixando de lado a tigela vazia de curry. "Tô indo!"

James virou seu amigo em direção à porta e Sirius enfiou suas mãos nos bolsos da calça, tirando os cachos escuros dos olhos com um movimento de cabeça. "Prazer em conhecê-lo, Remus," James chamou, abrindo a porta e saindo com Sirius em sua frente.

Peter tocou a maçaneta depois dos dois meninos e sorriu. "Sinta-se à vontade para colocar minhas coisas de lado, Remus. Trocamos as cobertas da cama mais tarde. Até mais!"

The Cadence of Part-time Poets [tradução]Onde histórias criam vida. Descubra agora