A turnê Lost and Found

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Turnê Lost and Found (1975-1976)

Nosso empresário, o senhor Park, era muito organizado. Quando chegou a hora de sairmos para a estrada com a Lost and Found Tour, ele tratou de dividir tudo da forma mais eficiente possível. Dois ônibus, um azul e um preto. Chan, Changbin, Jisung e Minho iam no azul. Eu, Felix, Jeongin e Seungmin ficávamos no preto. Não vou mentir, eu preferia o nosso ônibus. Era maior, mais espaçoso, e tinha divisões perfeitas para que cada um tivesse seu próprio espaço.

Claro que o que eu mais gostava era o fato de que, com as divisões, eu e Felix podíamos ficar juntos sem incomodar Jeongin e Seungmin. E quando eu digo ficar juntos, bom... você sabe o que quero dizer.

A estrada sempre teve um efeito louco em nós dois. Não sei se era o ar de liberdade, o fato de estarmos longe de qualquer responsabilidade imediata, ou simplesmente a adrenalina de estarmos em turnê. Mas o fato é que... nós transávamos. Muito. Tipo, toda vez que o ônibus começava a se mover, era como se algo em mim acendesse, e Felix sabia exatamente como aproveitar isso.

Estávamos deitados na pequena cama que dividíamos, a cortina fechada para garantir que Jeongin e Seungmin tivessem um pouco de paz. Eu estava olhando para o teto, respirando fundo, tentando me acalmar depois do show que tínhamos acabado de fazer. Mas então, eu senti os dedos de Felix traçando uma linha leve pelo meu peito, descendo devagar.

— Você não vai me deixar descansar, vai? — Eu disse, minha voz baixa, sem conseguir esconder o sorriso.

Felix apenas sorriu, aquele sorriso meio inocente que ele sempre usava antes de fazer alguma coisa... nada inocente. Ele se inclinou sobre mim, e antes que eu pudesse protestar (não que eu fosse), ele passou a língua pelo meu piercing no lábio inferior, chupando devagar. Eu gemi baixinho, sentindo aquela onda de calor subir pelas minhas veias.

— Você sabe o que isso faz comigo, não sabe? — Murmurei, minha mão já indo direto para a cintura dele, puxando-o para mais perto.

— Sei. — Ele respondeu, com a voz rouca e provocativa. — E adoro.

Isso era o suficiente para me fazer perder o controle. Eu sempre tentava me segurar, mas com Felix, era impossível. Ele sabia como me deixar louco. E naquele ônibus, no meio da estrada, era como se o mundo inteiro desaparecesse. Eu o puxei para cima de mim, nossas bocas se encontrando em um beijo urgente, enquanto minhas mãos exploravam cada centímetro do corpo dele. O jeito que Felix se movia sobre mim, o jeito que ele gemia no meu ouvido... eu perdia qualquer senso de realidade.

— Droga, Felix... — Eu gemi, sentindo cada músculo do meu corpo tenso de desejo.

Ele riu, aquele riso suave e satisfeito. Ele adorava me ver assim, adorava saber o efeito que tinha sobre mim. E a verdade é que eu adorava isso também.

Eu o virei rapidamente, ficando por cima, meus lábios encontrando os dele com ainda mais intensidade. O ônibus continuava a sacolejar na estrada, mas para nós, nada mais importava. Era só o calor, o desejo, e a forma como nossos corpos se moviam juntos.

— Hyunjin... — Ele sussurrou, com aquela voz rouca que fazia meu corpo inteiro se incendiar.

Eu sorri, meu rosto próximo ao dele, nossos lábios praticamente se tocando enquanto eu sussurrava de volta:

— Você me deixa louco, sabia?

Felix riu baixinho, puxando meu rosto para mais perto e mordendo de leve meu lábio inferior, como ele sempre fazia. Eu senti o calor subir novamente, minhas mãos apertando suas coxas, enquanto nos perdíamos um no outro mais uma vez.

E assim era na estrada. Todas as noites. Como se não houvesse amanhã. Transávamos como se cada vez fosse a última, com uma intensidade que eu nunca tinha sentido antes. Eu e Felix sempre fomos assim — fogo e gasolina, prontos para explodir a qualquer momento.

Depois de um tempo, exaustos, ficávamos deitados um ao lado do outro, nossos corpos suados, nossos corações batendo acelerados.

— Não sei como vamos sobreviver a essa turnê, — disse Felix, rindo baixinho, ainda ofegante.

— Sobreviver? — Eu ri, puxando-o para mais perto. — Eu não sobreviveria se não fosse assim.

Ele riu, deitando a cabeça no meu peito, e naquele momento, com o som suave da estrada e o corpo quente de Felix junto ao meu, eu soube que não havia outro lugar no mundo onde eu preferiria estar.

A estrada era nossa casa. E, de certa forma, Felix era também.

You're my morning sun Onde histórias criam vida. Descubra agora